CAPÍTULO 14

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Arktis

Eu não me importo em caçar.
Não importo em fazer uma, ou até cinco oferendas à Mãe dos Deuses.
Mas isso não é sobre oferendas, nem a caçada. Minha mãe apenas me queria longe, e sabe-se lá o motivo.
Não é como se eu fosse ameaçar a humana, ou comê-la viva.

Irina aparece no meu campo de visão, indicando um servo com os dedos esbeltos. Ela é uma das melhores caçadoras de Asderf, e foi a melhor companhia para a caçada.

Os olhos grandes e castanhos do cervo se viram em nossa direção.
E por uma fração de segundos, o mundo ao meu redor para.
Olhos tão profundos que podem ver a alma, mas então, algo mais, não são apenas olhos de cervo.

Uma imagem de um sorriso que eu nunca tinha visto passa pela minha cabeça, junto com a rápida visão de cabelos castanhos escuros e cacheados.

O que acabou de acontecer não faz o menor sentido, mas quando tudo volta ao normal, o cervo já está caído aos meus pés, e a figura de Irina correndo atrás de mim, com uma expressão assustada.

Aqui está a oferenda. É a hora de retornar, e oferecê-la.

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