CAPÍTULO 2

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Lilyana

Corro pelos corredores até o quarto da minha irmã da maneira mais civilizada possível, o que é um pouco difícil, já que não se pode correr e ainda ser uma dama.

Bato cinco vezes, o código para ela abrir, e saber que não sou uma das damas dela.

Quando ela abre a porta, parece impecável. Os cabelos estão penteados em um rabo de cavalo, enfeitado com grampos em formato de borboleta, e um vestido violeta que a deixa fofa como uma garotinha.

Adorável eu diria.

Rea me dá um sorriso doce, com intenção de me dizer para esquecer o fato dela ter me deixado lá sozinha.

— Você sabe que eu odeio ir. Por favor, não fique brava.

Ela não tem culpa, esse é o fato, ela é uma vítima tanto quanto eu, como minha irmã mais nova, é meu dever protegê-la, no entanto. Alguém bate na porta, e pela cara de Rea, não é ninguém que ela esperava.

Ela vai até a porta, tentando saber quem é sem ter que abrir a porta.
Essa é a coisa sobre ela, um ratinho sorrateiro, ela sabe de tudo que acontece no castelo, mesmo que para alguns, pareça que ela passe todo o tempo no quarto.

Ela me olha antes de abaixar a cabeça e abrir a porta.

A estrutura de Lucien aparece, e ele acena com a cabeça.

— Pronuncie palavras, Lucien, pelos deuses, você nos conhece desde que éramos pequenas, não haja como se não.

— Peço perdão, Alteza. O Rei solicitou à presença de ambas na sala do trono.

Outro aceno.
Eu reprimo a vontade de dizer para meu pai ir a merda, mas isso seria uma afronta ao Rei, uma pena.

Eu acabei de sair de um café da manhã esgotante, passar tanto tempo assim na presença dele é cansativo, quase mortal.

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