CAPÍTULO 18

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Lilyana

As horas passaram mais rápido do que eu percebi, e antes que eu possa me dar conta, já estou caminhando em direção à uma sala de jantar.

Todo o castelo é construído por pedras, dando a impressão de que é simples, mas se pode notar a riqueza em outros detalhes. Nada parecido com Miliest.

O caminho do quarto até a sala é breve, mas não breve o suficiente para me impedir de notar alguns olhares.
Era de se esperar, mas ainda me deixam constrangida de alguma forma, como se o julgamento deles fosse pior que o dos humanos.

Denethor catarola alguma canção que eu não conheço, como uma criança animada.
A presença dele tem sido um conforto, mandando embora alguns dos meus medos. Talvez seja estúpido da minha parte, mas o acolhimento que eu tive, foi mais do que eu esperava.

As portas se abrem para uma sala. uma mesa posta para cinco pessoas, mas há apenas duas sentadas nela.

Elbereth está sentada na cabeceira da mesa, sua cadeira dando a visão para as portas. Olhando para ela sentada ali, é fácil perceber que é uma rainha. Não é apenas sentada em um trono que ela impõe respeito.

Ao lado dela, uma mulher que não aparenta ser tão mais velha que eu está sentada. As poucas diferenças são os cabelos brancos, e olhos violeta.

Realmente, cabelos muito diferentes, onde o meu é cacheado e de um tom escuro, seus fios são brancos e longos o suficiente para chegarem perto de um prateado lunar.

Ela me fita com um olhar curioso,
mas não diz nada.

Denethor se apressa em beijar as bochechas das duas mulheres com familiaridade, o que me faz perceber que que estou tempo demais parada, mas é impossível me mover.

— Sente-se, Lilyana. Ninguém aqui vai arrancar um pedaço seu.

— Mas poderíamos, - a garota se apressa em dizer — não que eu esteja querendo assustar você.

— Cale-se, Aerin. Pelos Deuses, vai acabar fazendo a garota correr castelo à fora.

A garota ergue os braços em rendição, me dando um sorriso com belas presas a mostra.

Eu me apresso em corresponder o sorriso, por mais que o meu provavelmente tenha saído mais estranho.

Eu me sento ao lado de Denethor, e eu percebo tarde demais que fiquei em frente a menina. Aerin.
Algumas Elfas trazem pratos cobertos, e o cheiro de comida logo preenche o espaço.

Carnes e pães são postos na mesa, e uma sopa com um cheiro muito bom.

— Nossas comidas não são diferentes das humanas, então não se preocupe.
Apenas informe as cozinheiras se tiver algo que você não possa comer. - Elbereth diz enquanto comeca a comer sua sopa.

— É você que vai se casar com Arktis? - Aerin se apressa em perguntar.

— É você quem tem a missão de fazer da minha vida um inferno por não se casar com ele?

A pergunta sai mais rápido do que eu posso controlar, e um silêncio ainda maior aparece na sala, coloco meus dentes no lábio inferior.

Uma repreensão para a língua grande.

Uma risada alta sai da garota enquanto Elbereth balança a cabeça, e Denethor tenta de todas as formas possíveis conter a risada.

— Eu perdi alguma coisa?

— Eu não aguentaria me casar com ele.
Então para sua felicidade, eu serei sua cunhada, não a amante do seu marido.

— Ah, céus! Você é a irmã, por um segundo eu esqueci desse detalhe.
Eu sinto muito.
— Não sinta, eu gostei de você. Isso vai ser muito divertido.

— Não zombe da situação, Aerin. Nós vamos ser incomodados pelas reclamações de Arktis. - Elbereth diz com pequenas risadas.

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