Chinen Miya. (Sábado)
Sim, eu esperei a aula toda com grande esperança de que aquela menina aparecesse justificando seu atraso com um "dormi demais" ou coisa assim, mas isso não aconteceu, e minha angústia se formou quando o diretor entrou na sala e disse:
— A colega de classe de vocês teve um mal estar repentino ontem a noite e está internada, alguém se dispõe a uma visita?
Acabou que todos nós fomos até o hospital depois de breves ligações para pedir as permissões dos pais, entramos em um hospital enorme e bem chique, fomos avisados que ela tinha acordado e subimos pro quarto, quando abrimos a porta, ela estava na janela encarando o céu com a cabeça pra fora. Ela teve um sobressalto e bateu a cabeça antes de encarar todo mundo com a mão na cabeça.
— É~... oi?
— Srta, está tudo bem? – o professor tomou a frente.
Ela riu.
— Foi por um descuido meu, eu já estou medicada.
— O que aconteceu? – uma garota da nossa sala pergunta aflita.
— Eu passei o dia sem o oxigênio portátil, por isso machuquei meus pulmões fazendo esforço pra respirar.
Vi ela passar os olhos por toda a classe, seu sorriso não existia mais, quando seus olhos me encontraram, ela abriu um sorriso e disse.
— Oi!
— Oi... – sussurrei.
Ela sorriu mais.
O resto do horário que deveríamos ficar em aula, ficamos no quarto com ela, o professor parecia um amigo de longa data da garota, eles conversavam como se fossem conhecidos de anos e anos.
Depois, tivemos de ir pra escola, nos despedimos da menina e infelizmente eu fui me encontrar com os Slimes no trabalho deles.
— Seja bem vin... Miya! – Reki me atendeu.
— Oi, slime. – me sentei ao seu lado. — Você e o Langa não tem aula hoje, tem? A gente podia ir na praça, ou visitar o Shadow no trabalho dele. Ah! Seria legal se eu pudesse comprar flores!
— Flores? Pra que?! – exclama Langa.
— É... nada. – desvio o olhar.
Os casal se entreolha.
— Você... O que fez com aqueles doces?
Sinto um calor subir até minha orelha.
— Ei, Slimes, me ajudem a pegar doces. – reclamei.
— Pra que todo esse doce?!
— Pra mim, Ué. – menti.
— Tudo isso de doce só pra você?!
— Eu quero experimentar, não vou comer tudo isso hoje.
— Eu comi.
— Acredito.
— Aham. – Langa reclama.
— Aliás – começa Reki. —, eu e o Langa conhecemos uma menina ontem, ela estava tarde da noite andando, parecia que estava com medo da gente...
Reki continuou a contar tudo o que aconteceu, mas isso não me interessava, eu não queria saber de uma garota qualquer que eles tivessem conhecido.
Acabou que realmente fomos na floricultura, o Hiromi começou a me ajudar a escolher um buquê de flores que desse pra pagar e levar, mas foi bem difícil.
— Que tal Rosas brancas? – Langa sugeriu.
— É... branco significa pureza e paz, mas eu acho que os espinhos nao sao muito bons.
— Girassóis? – tentou Reki.
— Muito elétricos, prefiro algum que transfira calma.
— Petunias?
— Não.
— Lírios?
— Não...
Demorou até demais pra eu conseguir me convencer de que rosas vermelhas eram a melhor escolha, mas o buquê ficou misto, em vermelho e branco.
Orgulhoso, levei o buquê até em casa com a maior delicadeza, além do mais, flores são caras e delicadas, só a sua beleza compensa o risco e o preço.
— Pra quem são essas flores? – Meu pai perguntou assim que entrei.
— Ele não quer falar, tio. – Reki reclamou.
— São pra alguém... – resmungo colocando o buquê no vaso, eu os levaria amanhã para o hospital.
— Alguém... quem? É um interesse amoroso? – sinto minhas orelhas quentes.
— N-não, claro que não – balanço as mãos.
Infelizmente, fui obrigado a ir no treino de hoje, por isso fiquei cansado pra ir a pista com os Slimes, eles nem se importaram tanto, só pediram pra eu descansar bem e que iríamos sair amanhã.
Estava pensando no que eu poderia fazer pra menina agora, tomei a decisão de levar a matéria pra ela já que ela não poderia acompanhar, e gravar as aulas ou tentar explicar tudo pra ela.
Bom, não custava tentar, não é?
Começaria amanhã mesmo, e continuaria até o dia em que ela voltasse pra escola e saísse do hospital ou do atestado.
Tomei um banho longo e demorado, comecei a escolher minha roupa, não que isso normalmente importasse, eu ficava maravilhoso de qualquer jeito e com qualquer roupa, mas hoje eu sentia uma certa necessidade em me esforçar um pouco mais.
Peguei uma blusa preta e um short da mesma cor, não gostei, mudei a blusa pra uma verde com desenhos em branco; então me senti satisfeito e peguei o buquê que eu protegi tanto.
— Onde vai? – minha mãe me perguntou assim que pus os pés na sala.
— Ao hospital. – digo.
— Com flores?
— É, vou dar a alguém que esta lá.
— Que alguém?
— Alguém...
— Miya.
— Uma menina.
Ela sorriu.
— Nao volte tarde.
Fiz o caminho de casa até o lugar que eu bem me lembrava onde ficava, não que minha memória fosse das melhores, mas eu sentia necessidade em decorar o lugar, por isso, me esforcei pra chegar lá.
Torci pra que eu estivesse no lugar certo, não queria entrar no hospital errado, mas tinha que arriscar, só tive a certeza de que estava no lugar certo quando eu reconheci a recepcionista.
Entrei no hospital e fui falar com a recepcionista, mas eu não faço a mínima ideia de qual é o nome dela.
— Oi... Eu vim visitar uma amiga.
— Você não é da turma daquela menina que tem Azgakiban?
— Sou...
— Ah! Você veio ver a garota da ala dois de novo?! Aí, fofo. Ela é sua namoradinha?
— N-não, ela é minha a-amiga.
— Muito bem, ela está dormindo, mas caso queira só ver ela, aqui está. – recebi o cartao de acesso e subi as escadas até o lugar.
Entro no quarto com o buquê em mãos, mas a menina dormia, o que me fez ficar apreensivo. Então eu coloquei as flores no vaso ao seu lado e me retirei da sala indo pra casa.
Dormi, um sono preocupado e aflito, porém, pelo cansaço que acumulei hoje, foi bem que merecido, vamos concordar.
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Your Name
RomanceNo decorrer dos quarenta e cinco dias, dois jovens se apaixonam, Naomi Lee, que tem 15/16 anos, tem uma doença respiratória (Fictícia) chamada Azgakiban, e isso faz o Intocável e arrogante Miya Chinen se interessar por ela. Quando ele entende o que...