𝙎𝙊𝙈𝙀𝙊𝙉𝙀 𝙇𝙄𝙆𝙀 𝙔𝙊𝙐 - 𝘎𝘢𝘣𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘔𝘢𝘳𝘵𝘪𝘯𝘦𝘭𝘭𝘪

013

O tempo em Doha estava indeciso, na parte da manhã tinha feito um lindo sol e com nuvens branquinhas. Mas isso foi substituído logo após o almoço por nuvens escuras e um céu raivoso mostrando seus trovões. O que consequentemente fez com que o clima abaixasse e fizesse os turistas e moradores vestissem algo mais quente.

Carina que não queria esconder a camisa de time que estava usando hoje, então colocou uma segunda pele da cor vermelha pro baixo e uma calça wide leg preta, que tinha como acessório uma corrente na lateral e os pés continha em um all Star vermelho de cano alto.

A Tolentino estava trabalhada no preto e vermelho.

Como o relógio tanto do celular quanto qualquer um de parede ou pulso marcavam 13:20 da tarde e a mulher estava no maior tédio possível, Carina resolveu dar uma volta pelo hotel sozinha. Já que sua cunhada estava dormindo com os sobrinhos e o seu irmão e melhor amigo não tinham dado sinal de vida depois do almoço.

A jogadora de handebol estava no segundo andar, um andar que não tinha quartos, o corredor era composto por lindas poltronas de couro e uma sala grande onde tinha instrumentos clássicos como, violino, harpa e um lindo piano branco e dourado no fim do cômodo.

Os olhinhos de Carina brilharam ao ver o instrumento. Não sabendo se podia entrar ali, Carina certificou se nenhum dos funcionários estava por perto e entrou na grande sala dos instrumentos. A Tolentino se aproximou do piano e deu uma boa olhada nele.

- Caraca !! - Carina diz para si mesma, enquanto dava um volta completa por trás do piano branco -

Quando a mulher chegou na frente do banquinho do piano, ela sentou-se e passou as mãos pelas teclas do lindo piano. Após ela se ajustar e ajustar o equipamento, ela começou a tocar algumas notas que fazia parte da música que ela tinha acabado de escolher.

Apertando tecla por tecla, Carina começou a melodia de "Imagines - Jonh Lennon". Seus dedos finos e com as unhas pintadas de branco deslizavam pelo instrumento com a maior leveza e suavidade. Ela realmente tinha um dom para aquilo.

Martinelli que passava pelo corredor da grande sala, escutou a melodia e parou onde estava para ouvir o doce som daquele piano. Não sabendo quem era, Gabriel resolveu se aproximar da porta de onde vinha o som e ver quem era a talentosa pessoa. Quando ele chega na porta da gigantesca sala e se depara com Carina tocando no piano, seu queixo cai. Ele zoou tanto ela por tocar piano, que não sabia realmente do dom que ela tinha para isso.

A Tolentino não sabendo que tinha plateia, apenas continuou a tocar enquanto se aproximava do fim da melodia, e quando a música acabou, ela retirou suas mãos de cima do instrumento e suspirou fundo.

- Você realmente tem o dom !! - Gabriel diz, se permitindo a entrar na mesma sala que Carina -

A mulher não sabendo que tinha alguém ali, apenas dá um gritinho de susto.

Quando ela percebeu que Martinelli se aproximava de onde ela estava, seu coração começou a acelerar, já deduzindo que o homem falaria alguma coisa sobre o que ela estava fazendo.

- Você escutou o som e veio me zoar ? - Carina desvia o olhar dele e da uma risada seca e sem graça -

Martinelli puxa um banquinho que estava próximo de um equipamento e senta ao lado dela.

- Não - ele responde olhando para ela, mas ela se nega a olhar para ele - Eu estava á procura de você, e quando eu escutei a melodia saindo da sala deduzi que você estaria aqui. Vim pedir desculpas pelo modo que eu sempre te tratei - Gabriel diz e Carina finalmente olha para o moreno ao seu lado -

O rosto da mulher tinha um enorme ponto de interrogação e as suas sobrancelhas estavam arqueadas para cima. Ela balança suavemente sua cabeça para o lado e inclina ela. Sem saber no que falar.