Doente.

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Desculpem os erros.

Boa leitura ♡

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- Bom dia, como eu posso ajudar no caso?

- Bom dia, Yagami. Acredito que por enquanto não haverá nada.

- Bom dia. Chegou bem cedo, hein, Yagami.

- Me desculpem, eu saí da escola e já peguei o metrô pra cá.

- Tudo bem. Olhe esses dados, por favor. Minha visão tá um pouco embaçada.

Entrego um punhado de papel pra ele, a maioria são serviços meus. Comendo alguns doces, L se surpreende com alguns brigadeiros enrolados.

- Isso aqui é aquele doce de ontem?

- Sim. Percebi que você gostou e fiz mais.

- Caraca, esses são os melhores doces que eu comi na vida. - Disse de boca cheia. - Aí, Light, já comeu esse doce?

- Ah não, o que é?

- É um doce... A não sei, mas ela veio do Brasil e sabe fazer. É a melhor coisa que provei até agora.

- Posso provar?

- Claro, pega aí.

Light se levantou e pegou uma bolinha do prato de L, seu semblante curioso mudou na hora que colocou o doce na boca.

- Caraca isso é muito bom. Ele derrete na boca e tem uma consistência...

- Eu tive essa mesma reação.

- Ah parem, nem é pra tanto.

- Isso é incrível.

Batuco na mesa, observando o tedioso jornal em minha frente. A caneta cai com os tremores.

- Droga.

Me abaixo pra pegar o objeto e sinto minhas articulações doerem, meu estômago dói e minha cabeça roda. Merda.

- Você está bem?

- Estou sim, não se preocupe.

Meus dedos alcançam a caneta esferográfica preta e me levanto, a tontura invade minha mente e minha visão se turva. Porra. Apoio o cotovelo na mesa em minha frente e minha mão a cabeça, na intenção de firmar minha cabeça no lugar e parar com a tontura.

- Você está bem mesmo? - L reforça.

- Estou, eu só preciso de água.

- Eu pego pra você. Onde fica a cozinha?

- A cozinha fica em outro andar, mas tem um bebedouro ali no canto.

- Não... precisa. Eu me viro.

Me levanto e tento andar apoiada nas paredes.

- Não devia fazer tanto esforço.

- Eu estou bem, ok?

Mentira, não estava tão bem quanto digo. Estava me sentindo tonta e quente. Mas de nada adiantaria eu colocar a mão em minha própria testa para checar minha temperatura.

- Você é bem teimosa.

Ouço um suspirar e uma mão pálida em minha testa.

- Você está com febre. Light, pegue um pouco de água em temperatura ambiente pra ela.

NARRADORA

- Ei...docinho, você é de extrema importância nisso aqui. Não ouse ficar doente!

Hyuzaky segurou seus ombros, mantendo você estabilizada e segura de qualquer outro impacto do seu cérebro que possa te levar ao chão.

Ao perceber sua fala, você sente suas bochechas um pouco mais quente do que já estão e seu coração bater um pouco mais forte na sua caixa torácica.

- Sabe, quando você me chamou e eu fui pra aquele edifício. E aí o Matsuda e um outro cara ficaram esperando o elevador e enfim. Você já sabia que Kira usava o nome e o sobrenome para matar, porque ainda teimou em fazer testes com isso?

- Você precisa de cuidados médicos, mas eu posso responder isso com uma forma que dê pra você entender, acredito.

- Então me diz. Porque eu me sinto um idiota aqui, te ajudando com coisas que você já sabe.

- Você não é uma idiota, tem me ajudado muito ultimamente. E fiz dois testes pra ter certeza, Kira não mata usando somente o nome ou o sobrenome, ele precisa dos dois. E ainda consegue matar a distância com uma parada cardíaca. Kira é perigoso, e se minhas suspeitas estiverem certas, Light é perigoso.

O sussurrava aquelas palavras como se fossem um segredo que tinha que ser contido em sete chaves, e com Light alí era.

Fazia algum tempo desde que Hyuzaky te contatou e a cada dia você vem se esforçando cads dia mais.
L reconhecia esse esforço, e como alguém que veio de Wammy's House e era testado diariamente, ele não pensava na hipótese de fazer o mesmo com qualquer pessoa que fosse.
Ele já tinha seus próprios traumas.

Você amoleceu nos braços dele que te pegou.
Mesmo parecendo um sedentário que não faz nada além de resolver casos e comer doces, L ainda conseguia ser forte o suficiente para te pegar no colo e te levar até o sofá.

Seus olhos se esforçava pra se manter aberto, mas mesmo assim o sono te chamava. Não durma direito já tinha alguns dias, depois que Matt chegou, foi sua primeira noite bem dormida.
Você seria chamada de emocionada se dissesse que o moleque que conheceu e passou dois ou três dias com ele já tinha ganhado seu coração, Matt precisava de uma família por perto, e você decidiu que seria a dele.

Talvez essa separação repentina te fez ficar assim, talvez sua mente não parava de pensar em formas que seria útil e eficaz em ajudar L.
Talvez sua alimentação nem esteja tão boa quanto pensa, ou seus corpo não descansa como precisa na noite.

Você precisava de um descanso, todos precisam de um descanso. Mas poxa, tantos momentos e agora que Light estava aqui e que você iria ficar de olho nele seu corpo decide te trair.

- Ei, [Nome], toma água.

L ainda se lembra de sua frase quando você chegou à breve e improvisada reunião. Você não se importava que Kira soubesse seu nome, ao menos que ele soubesse seu sobrenome, você estaria segura. Ele também pensava assim.

Com extrema dificuldade, você tomou o líquido no copo com um comprimido que L pegou rapidamente no caixinha de primeiro socorro mais perto.

- Tome, ele vai te ajudar com a febre. Isso, agora descanse e lembre o menino está seguro, não há com o que se preocupar.

Essas foram as últimas palavras que você ouviu quando seus olhos teimosos se afundou em um estado parecido como o coma, a diferença era que você iria acordar mais cedo.

Você nem sentiu quando L se sentou e colocou sua cabeça em seu colo com a mão na sua testa, verificando a todo momento sua temperatura.

- Light, por favor me passa essa bandeja de brigadeiro. Eu vou ficar aqui por um tempo.

𝙼𝚒𝚗𝚑𝚊 𝙳𝚎𝚝𝚎𝚝𝚒𝚟𝚎 ― Imagine LOnde histórias criam vida. Descubra agora