acordei zonza estava em uma sala branca rodeada de soldados, Armstrong estava sentado na poltrona mais aconchegante que eu já havia visto me encarando sério, um silêncio tomava conta do espaço.
- Você não se dá muito bem com as regras, não é?- ele finalmente falou algo.
- Não é o meu forte- soei irônica.
- Mas se quiser permanecer aqui...
- Ingraçado não me lembro de ter pedido pra ficar aqui, será um grande favor se me tirar daqui.
- Você não escolhe, é uma simples garota de Runland, que não tinha um teto para se abrigar da chuva.
- Olha lá tinha muitos vermes, mas nojento, fedorento e repulgnate como você eu só encontrei aqui, por tanto acho que não está muito diferente.- Ela se levantou da cadeira e me deu o tava mais forte que eu já tinha recebido e o pior é que tinha sido na minha cara.
- aaaaaaaaaaa- gritei o mais alto que pude então os guardas me amarraram uma mordaça na boca.
- Levem-na para o cubo de gelo, ficará lá durante uma semana e depois decidiremos um lugar para ela trabalhar, pior que a cozinha, minha filha tinha sido muito bondosa em coloca-la lá.- então era verdade, a Alixe era filha de Armstrong, não podiam ser diferentes.
Fui levada até a floresta, onde tinha conhecido Lu, um dos guardas mexeu en uma árvore e um enorme cubo de gelo brotou do chão, era só um elevador, pensei que ia ter que ficar ali, então começamos a descer o que fez pensar como um lugar subterrâneo podia ter um outro lugar mais subterrâneo.Chegamos em varias goiolas cheias de pessoas que haviam perdido a tempos sua liberdade, era possível ver o que eles sentia através de suas expressões, desespero, era diferente das prisões de Runland, sim eu já havia sido presa antes, não pagaram minha fiança porque não tínhamos dinheiro, mas me tiraram na noite seguinte, eu só tinha roubado uma farmácia, existiam criminosos piores nas ruas e a prisão estava superlotada já que lá eles davam comida e lugar para dormir.Me jogaram dentro de uma gaiola onde se encontravam duas mulheres e um garoto de uns 13 anos sentados no chão.
-olá?- e tudo que recebi em troca foi meu eco, fiquei um pouco sem graça.
- Sinto falta de ver a luz do sol, ouvir os pássaros cantarolando, sentir o perfume das flores, ver as folhas caírem no outono, ver o sorriso desenhado no rosto do meu marido quando chegava do serviço e ouvir ele dizer que me amava, não sente falta de pequenas coisas que significavam muito para você?
-Uau, é tudo aqui é tão bonito, mas não me agrada, não me importa, não me faz sentir bem como essas pequenas coisas.
- Tudo aqui é falso, tudo que els querem é um lugar bonito, mas para isso precisam de pessoas bonitas, podem substituir as as flores por outras mais belas de plástico,porém nós não somos substituíveis podem até nos dar essas pílulas que retarda o envelhecimento, mas um dia envelhecemos, murchamos e morremos.- Eu me imprecionava a cada palavra dela.
- Sabe eles podem fazer o que quiserem, mas uma coisa não podem tiram de nós, imagina o que seja?
- Bem a única coisa que eu pensava que não podiam tirar de nós é a liberdade, mas já tiraram, pois aqui estamos.
- Você é esperta gosto de conversar com pessoas que compreendem o que digo, eles não podem nos tirar de nós mesmos, não podem simplesmente retirar nosso interior, por mais que algumas vezes ocultados os nossos sentimentos eles sempre existirão, e este talvez seja o pior problema deles.
- Fizeram pílulas para envelhecimento?
- Fezeram tudo que estava ao alcance deles para que sejamos belas, apagaram as linhas de espressão dos vários sorrisos que um dia demos, mudaram nosso nome, mas não conseguem apagar nossas lembranças. Podem até tirar a garota de Runland e colocar em um enorme globo de gelo, mas não podem tirar Runland de dentro da garota. A propósito meu nome é Lurdes.
- E meu nome é Hanny. Não deixarei que roubem minha identidade, ou minhas cicatrizes, eu sou o que sou!
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Ollicy, a prisão de gelo
Novela JuvenilMeu nome era Hanny antes de me jogarem no inferno de gelo chamado Ollicy, um lugar onde as pessoas seguem as regras do governo cegamente, é uma prisão onde só sai quem for ''bonzinho'', o que eu chamo de robôs do estado, e é claro que eu não sou ass...