Abri os olhos e vi que ainda estava vazio o cômodo, mas eu e sentia melhor então me levantei para procurar por Luy, olhei pela janela e o vi sentado em um banquinho do lado de fora da guarita, parecia pensativo, olhei se não vinha ninguém então me aproximei.
- oi?- me sentei do lado dele.
- olá Nina, durmiu bem?
- sim, quero tomar o choque, hoje
- mas é muito perigoso querida.- que estranho ele me chamando de querida...
- mas eu tenho que tentar, hoje, entendeu?
- ta bem, agora volta pra dentro a tes que alguém te veja.
- eu já não aguento mais isso, cedo ou tarde vão me descobrir, é u.a jaula, sabem que eu estou em algum lugar aqui dentro.
- não por muito tempo, ana invadiu o laboratório e está criando alguma coisa para facilitar nossa saída.
- não saio daqui antes re matar Armstrong.
- Nina...
- você me escutou, eu tenho que mata-lo.- entrei novamente na guarita, coloquei um casaco de Garro e saí pela porta de trás, sem o consentimento de luy, ele jamais me deixaria sair dali, mas eu já não estava aguentando, além de ficar presa em Ollicy ainda tinha que ficar presa em um comodo apertado, então fui para a floresta arejar a cabeça, era provável que não tivesse nenhum guarda lá, me sentei escostada em uma árvore grossa, tentando me esconder caso alguém aparecesse e fechei os olhos pra sentir com mais facilidade a brisa gelada que batia em meu rosto, depois de um tempo ali esqueci totalmente do tempo, fiquei pensando em estratégias para figir e de repente senti uma mão em meu ombro, abri os olhos assustada, mas não tive tempo nem para levantar, o guarda me deu uma calonhada na cabeça e apaguei na hora.
Acordei para variar tonta, quantas vezes eu ia acordar tonta?
Logo percebi que estava na sala de Armstrong, aquela sala branca com poucos objetos dourados sobre a mesa de marfim e cadeiras estofadas de um tecido vermelho sangue, era aterrorizante.
- bem vinda de volta a minha sala- uma voz rancorosa e velha, porém imponente soou de trás da cadeira que eu estava sentada, tentei movimentar as mãos, mas percebi que estavam amarradas na cadeira e Armstrong se posicionou a sua frente com um sorriso vitorioso estampado no rosto.- sabe em todos esses anos nessa cidade, organizando as leis, revendo novos métodos de organização e fazendo aquilo que é melhor para o povo eu nunca pensei que teria tanto problema com alguém, afinal eu vejo aquilo que é melhor para o todo, não apenas para mim...
- se visse apenas aquilo que é melhor para o povo, daria liberdade de escolha para nós, mas você só vê aquilo que lhe convém.- eu esperava qualquer coisa dele, menos um gargalhada, nem sabia que ele tinha a capacidade de sorrir, muito menos de gargalhar.
- você é uma piada, é como qualquer piada você é ridícula e mesmo assim da vontade de rir.
- E você é um imbecil- susurrei
- desculpe não ouvi, pode repetir- ele soou sarcástico e eu tive que revidar.
- talvez seja a idade...
- como ousa me insultar?- fiquei em silêncio, só uma tola ousaria falar.
A dor de cabeça retornou, me senti fraca e zonza, Fechei os olhos e os opertei com força, tentando fazer a dor sumir, mas não adiandou, ouvi a voz de Armstrong longínqua, abri os olhos e tudo girava, tentei fixar os olhos num ponto e então as coisas começaram a diminuir no ritmo de giros até se normalizar.
- ynnah? O que está acontecendo?- ainda estava um pouco atordoada para responder, mas de alguma forma minha boca se abriu uma uma palavra foi solta ao vento.
- chip- minha voz estava fraca e trêmula, nem parecia a minha.
- chip?- ele bateu o dedo indicador no rosto como se tivesse pensando, como se nem estivesse ali.
- como ele conseguiu? Você já esteve lá?- ele tirou o dedo do rosto e indicou para cima, eu não estava conseguindo raciocinar, fiquei um bom tempo olhando para o teto até que ele ficou impaciente- na cúpula! Já esteve lá?
- não. Não que eu lembre.- ele se virou para um guarda que eu nem tinha visto antes e disse:
- abram o laboratório, temos uma convidada especial.
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Ollicy, a prisão de gelo
Teen FictionMeu nome era Hanny antes de me jogarem no inferno de gelo chamado Ollicy, um lugar onde as pessoas seguem as regras do governo cegamente, é uma prisão onde só sai quem for ''bonzinho'', o que eu chamo de robôs do estado, e é claro que eu não sou ass...