Sentindo a morte na pele

51 6 3
                                    

Era interessante conversar com Lurdes, ela falava tudo que eu tinha vontade de falar, ela era muito sábia, o tipo de pessoa que eu gostaria de ser quando ficasse mais velha, infelizmente o dia de sair do cubo havia chegado e eu teria que enfrentar Ollicy. Lurdes me contou que estava ali porque tinha tentado sair, era um plano inteligente e teria dado certo se sua amiga não fosse uma traidora, disse para não confiar Em ninguém, mas não levei muito a sério.
- Saia, senhorita Telaiav, está livre.
- Nossa nunca estive mais livre - soei irônica, mas ele ficou com a cabeca baixa e o chapéu lhe cobria o rosto, não Intendi bem o porquê, mas sua voz me era familiar.
- Vamos!- ele me puxou pelo braço e eu o empurrei então outros guardas surgiram para me segurar e ele fugiu.
******
-Não cansa de arranjar encrencas não é Ynnah?
- Até que cansa as vezes, mas nada demais, logo me recomponho.
- Eu odeio suas irônias, eu odeio a sua voz e eu te odeio demais, por que você tinha que vir logo pra cá, você nem é tão bonita assim.
- Digo o mesmo Armstrong, mas porque você tinha que que ser o líder não consegue mandar nem na própria filha.
- Não ouse falar da minha família Ynnah, se você não tem família ai já é um problema seu!
- Eu tenho uma família e pelo menos não são ridículos como a sua!- Ele ergueu a mão para me dar um tapa novamente, mas a abaixou.- parece que aprendeu usar mais o punho do que a língua.
- melhor assim não? E onde está a sua força, presa a estas correntes ou perdida em algum lugar sujo de Runland?
- Talvez esteja esperando o momento certo e é mais interessante usar palavras para denegrir uma pessoa, porque quando você bate em alguém perde a razão e a autoridade, continue assim, vamos me de um soco bem no meio da cara, perca o seu trono aos poucos, você sabe o poder de um população infeliz? Deixa só eles descobrirem quem é você por trás dessa crosta de sorrisos falsos grudados em seu rosto.- Ele se aproximou do meu rosto e sussurrou
- Eles nunca descobrirão, assim como não descobrirão para onde você foi parar, a não ser que descobram seu corpo enterrado no gelo.
- Tente a sorte. Ele levantou o olhar sobre minha cabeça e assentiu, olhei para trás e era um cientista com uma agulha enorme, e o rosto todo coberto e testou a agulha
- Adeus Hanny, não merece nem que eu te chame de Ynnah, o nome que te dei como filha.-
Cuspi em seu rosto, nunca sinto tanto prazer,então o cientista enfiou a agulha em minha pele, demorou um pouco mas tudo começou a girar, e finalmente tudo ficou escuro.


Ollicy, a prisão de geloOnde histórias criam vida. Descubra agora