Finn

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"Por mais amável que seja o seu gênio, seu coração não é dos mais fáceis de atingir."Orgulho e Preconceito


      "Tenho minha primeira apresentação no estúdio de balé da minha tia e madrinha, Winter e estou nervosa, não consegui dormir e nem comer hoje, minha mãe fez panquecas mas dei todas para Diablo e rezo para que ele não passe mal. Vejo um grupo de branco, vejo minhas amigas, todas vestidas da mesma maneira, já que havíamos nos apresentado em nosso ensaio hoje, correndo atrás uma da outra. Elas estão amontoadas e rindo. Eu só hesito um momento antes de dar um passo, seguindo-as mas ao perceberem minha presença todas riem e correm para fora da sala me deixando sozinha e parada como uma estátua."
"Nunca fui muito boa em fazer amizade fora da minha família mas meus irmãos tinham seus amigos que não fossem resumidos em pessoas que a gente sempre vê nas festas de família, eu não consigo sair da sala o pânico se instala no meu corpo e eu fica ali de joelhos tentando controlar minha respiração, eu tenho apenas 8 anos, por que está acontecendo isso comigo?
Deus, por que elas estavam fazendo isso? Minha cabeça está doendo e choro mais forte. Eu não faço nada de ruim, eu não sou uma pessoa ruim. papai diz que sou uma pessoa boa. Ele mentiu?."

— "Finn?" — ouço uma voz me chamar e seco meus olhos rapidamente.

"Corro para trás das araras de roupas e fico escondida, não quero que ninguém me veja. Eu... não quero que mais pessoas vá embora ou corram de mim."

"Por que você está aí, estrelinha?", Ivarsen se junta a mim debaixo das roupas penduradas.

"Você quer que eu vá?" Ivarsen inclina a cabeça para o lado, tentando ver meus olhos. "Eu irei se você quiser. Eu simplesmente não gosto muito daqui.  Tem muita coisa de vidro e sou meio desastrado, sempre quebro algo de vidro lá em casa." ele ri.

"Ele se levanta para ir embora mas seguro sua mão fazendo ele voltar a se sentar do meu lado novamente. Não posso evitar o sorriso quando estendo a mão e agarro seus dedos gelados, Por que estão tão gelados assim?"

"Fique" eu digo olhando nos seus olhos que são idênticos ao do seu pai tirando a cor que são iguais de sua mãe.

"Por que está aqui e não com as outras meninas?" ele me pergunta com as suas mãos ainda na minha.

"Elas..." gaguejo. "Elas não gostam de mim, Sempre correm de mim ou me ignoram como se eu não existisse" Viro meu rosto para não encarar seu rosto que demonstra pena.

"Foda - se elas" ivarsen cospe o xingamento e fico surpresa.

"Mamãe colocaria pimenta na minha boca se eu falasse isso." minha mãe faltou bater no meu pai com um cabo de vassoura quando papai ensinou will a falar cocô.

"E então eu te levaria um copo de leite com biscoitos igual a vovó faz com a gente antes de dormir" Ivarsen sorri e seu sorriso é tão bonito e puro, como do meu pai quando minha mãe fala algo que as vezes nem tem graça mas por ser apenas ela falando ele vira uma criança.

"Eu tenho que dançar mas não quero ir sozinha" falo baixo mas alto o suficiente para ele ouvir.

"E quem disse que você está sozinha?" ele sussurrou de volta. "Eu nunca vou te deixar sozinha, Finn. Nunca." Ele levanta me puxando com ele e me abraça, ele é mais alto que eu. Ivar tem 11 anos e eu 8 mas ele tem altura quase de um menino de 14 anos.
"Finn, você irá entrar naquele palco e vai fazer tudo o que a minha mãe te ensinou, vai mostrar para todos o porque de ser a aluna favorita dela"
Eu não consegui não sorrir, eu era favorita da tia Winter? Ivar também era o favorito do meu pai mas eu sou a favorita de uma pessoa como Winter Ashby, a melhor bailarina do mundo.

"Você vai estar lá? me vendo?" o questionei.

"Eu sempre irei estar te observando, estrelinha." ele pega minha mão puxando para fora da sala na direção do palco. "Eu sempre estarei lá por você, Sempre."

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