Divinity

EPÍLOGO

O CASAMENTO

IVARSEN

Vinte dois anos de idade


Se alguém tivesse me dito há alguns anos que eu estaria aqui hoje, não teria acreditado.
Eu, parado no corredor quando estou na casa dos vinte anos? Eu, esperando a mulher mais linda do mundo vir e completar minha vida?"

   Lembro da primeira vez vendo Finn, alegre e correndo para todos os lugares, dançando balé no estúdio da minha mãe e cada dia mais querendo ser algo bom, algo bom pra ela.

Com as exigências de Damon Torrance, William Grayson ou Ex senador Grayson, Seu pai will III, Porra, Tantos William. O salão em que nosso casamento está acontecendo é enorme. Eles não queriam que o casamento de seus filhos e netos fosse pequeno e aconchegante, porque eles acham que os maiores tem que sempre ter as maiores coisas.
Se dependesse de mim, eu a teria sequestrado e casado com ela na noite que voltamos para casa após meu sequestro, irônico, não?

No entanto, sei o quanto precisa de seus amigos com ela e o quanto ela tem se preparado para isso nos últimos meses.

Minha impaciência está levando o melhor de mim, e a cada segundo que passa, me arrependo de não ter pego a mão de Finn e fugido com ela.

Todo mundo diz que somos muito jovens para nos casar, mas nem todos ficaram surpresos com a conexão que eu e ela temos desde o início. O tipo de relacionamento que temos não é apenas curativo, mas também pacífico. Quando o mundo fica muito barulhento, é o abraço de Finn que o silencia. Quando minha cabeça escurece, é a voz de Finn que a acalma. Somos conectados, ligados um ao outro, talvez amores de outra vida.

   Olho para frente vendo Indie, Tavi, Jett, annie, nossa prima filha do Tio Misha e Ryen. E ao meu lado todos os idiotas possíveis, meus quatros irmãos, Madden e Dean.

   Finjo não estar vendo os olhares entre minha irmã e Dean porque não quero sujar isso aqui de sangue, não hoje. Finn me mataria em seguida.

"As alianças?" Falo com Gunnar. "Estão aí, certo?"

"Sim, estão." O alívio me domina, "Se alguém falar que não concorda com o casamento o que acontece?" Ele pergunta e eu o encaro.

"Ele é anulado." Fane diz com tédio.

"Interessante..." Ele diz me olhando com aquela de cara de idiota.

"Você não ouse fazer uma gracinha hoje." Falo estreitando meus olhos.

"Eu sou uma gracinha, corrigindo você, irmão!" Ele diz dando um soco em meu ombro.

Meu castigo e meu karma foi ter ele como irmão, eu tenho certeza.

   Meu último suspiro sai quando a muda música muda e todos se levantam para olhar para a porta, Finn está com seu pai em seu braço esquerdo e um buquê na mão direita.

  Seu vestido branco cheio, delineia suas curvas suaves e a bainha atinge o chão. Ela não puxou o cabelo como eu esperava. Em vez disso, os fios castanhos estão em um tipo de trança que caem para os lados de seu rosto. Ela não tem véu e sua expressão é brilhante, suave e tão viva que quero correr até lá e sair com ela daqui direto para lua de mel.

Quando seus olhos verdes alegres encontram os meus, o mundo para de se mover por um segundo.

Somos apenas nós dois, como quando tínhamos oito e onze anos e ela me disse que confiava em mim para subir naquele palco após ter sido humilhada pelas meninas da sua equipe de balé.

Quando ela está quase chegando consigo ver os flocos de neve em seu cabelo igual de quando éramos crianças.

Ela sempre foi destinada a ser minha, quando éramos crianças e quando me reuni com ela novamente aos dezessete e quando finalmente a consegui aos dezenove.

     Tive a sorte de encontrá-la e vou passar o resto da minha vida fazendo-a se sentir a minha estrela guia que sempre foi.

  FIM