JANTAR (+18)

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ATENÇÃO BEBES: ESTE CAPÍTULO POSSUI HOT (CENA DE SEXO EXPLÍCITA). SE NÃO GOSTA, PODE PULAR QUE FICA TRANQUILO DE ENTENDER!

Boa leitura!

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Neteyam pov

Após termos sido flagrados pelo meu pai em um momento meio embaraçoso e o Ao'nung ter brincado com a morte, o metkayina e eu nos dirigimos para seu marui afim de alertar Olo'yektan e Tsahik que ele jantaria conosco esta noite. Sei que foi um plano improvisado por parte de meu companheiro para fugir de uma potencial surra, mas quem sabe não aproveito esta oportunidade para pedir a permissão dos chefes para cortejar o filho deles? Ou ele deveria me cortejar? Como funciona em uma relação entre dois machos? Falando nisso, uma dúvida começa a pairar em minha mente.

-Nung, seus pais sabem sobre nós? -A pergunta parece ter chocado o garoto, visto que ele parou seus passos e me lançou um olhar arregalado. -Eles não sabem? Acha que iriam contra?

-É meio complicado, Teyam. -Ele disse, entrelaçando seus dedos aos meus e tornando a caminhar rumo à sua casa. -Veja, meu pai com certeza seria bem tranquilo quanto ao...Ao que temos, mas minha mãe é uma situação totalmente diferente. Como herdeiro do Olo'yektan e prestes a completar a maioridade, eu naturalmente teria uma pretendente, mas ela diz que precisa ter a confirmação de Eywa para abençoar qualquer tipo de relacionamento que eu ou minha irmã desejemos ter, então não importa se é com macho ou fêmea, precisaria ser aprovado pela Grande Mãe.

-E....Você acha que ela abençoaria "o que temos"? -Pergunto, parando meus passos e me colocando de frente para o esverdeado, soltando sua mão e fazendo aspas com os dedos, dando ênfase na frase dita por ele momentos atrás. Admito que nutro uma expectativa com sua resposta, afinal já dissemos que desejamos e vemos um ao outro. Certo?

-Ma'teyam...-Ele inicia sua explicação, pegando em minha outra palma fazendo meu coração se acelerar levemente, me preparando para o que ele possa responder. -Eu tenho certeza que somos abençoados, Ela o trouxe de volta para mim. Mas quero fazer tudo certo e à seu tempo, ok? Quero contar à meus pais, pedir a permissão dos seus e quando Eywa nos abençoar, e Ela vai, antes mesmo que perceba estaremos nos unindo. Ok?

Sua última frase me faz corar absurdamente e minha cauda se balançar em animação. Mas logo a excitação e alegria dão lugar à um questionamento que começa a ecoar em minha cabeça como um tambor. Ao'nung realmente teria uma pretendente, e pior ainda, mesmo que pudéssemos nos relacionar, a Tsahik teria que ver em Eywa que teriamos algo positivo, se não já era. Já era. Já era. Essa frase continuou martelando em meus ouvidos de forma ensurdecedora. Sinto meu coração começar a acelerar e minha audição se abafar, me permitindo ouvir apenas meus batimentos. Minhas pernas começam a falhar e experiencio o peso de meu corpo triplicar como se toda pandora estivesse em meus ombros, me levando a cair sentado na areia. Quais as chances de Ronal ou a Grande mãe verem algo especial justo em mim? Não é como se não houvessem milhares de outros Na'vi por ai.

-Neteyam...Neteyam...-Ouço a voz de Ao'nung de forma abafada e distante, ainda mais baixa que meus batimentos. Meu único instinto neste momento é abraçar minhas pernas e cobrir meu rosto entre elas, talvez assim consiga um pouco mais de clareza para me acalmar. -Está me ouvindo? TEYAM!

Mesmo com o conforto da escuridão promovido pela posição que me encontrava, sinto a falta de ar tomar conta de meu ser, me levando a hiperventilar. Mesmo sem enxergá-lo posso perceber que Ao'nung está preocupado, já que sinto sua palma chacoalhar meus ombros e pernas em uma tentativa falha de me ajudar a me recuperar. A culpa é minha, não avisei ele desses meus episódios. A sensação de tê-lo angustiado é ainda pior para minha situação, me fazendo respirar ainda mais profundamente e fincar meus pés na areia com tudo o que tinha. Cerro minhas orbes com força em uma última tentativa de recobrar a razão, até que percebo uma mão em minhas costas fazendo movimentos circulares e contínuos. A pele era gelada, e posso ver claramente que não pertencia ao metkayina, já que era mais fina e a palma mais áspera, fora a clara ausência da nadadeira estendida de seu dedo mínimo, mas ainda sim aquecia minha pele, criando um conforto e calmaria. Aos poucos sinto minha respiração se normalizar e minha audição se voltar o suficiente para que eu ouça uma voz próxima à minha orelha fazendo um som de chiado, fazendo com que eu volte meu foco para o ruído. Após alguns minutos nisso, me sinto seguro o suficiente para erguer meu olhar para a pessoa que me amparava, dando de cara com duas orbes vermelhas e grandes, com cílios brancos como as nuvens. Era aquela garota de mais cedo, Lewey-Leywe...Acho que era Leyewla. A garota me olhava de forma preocupada porém calma, ainda com os lábios curvados enquanto reverberava o chiado. Agora com total controle de meus movimentos, viro minha cabeça para Ao'nung. O metkayina se encontrava ajoelhado ao meu lado com uma expressão aflita e uma de suas mãos em meu ombro, fazendo um leve carinho com o polegar. Ficamos todos nesta posição até que me senti bem o bastante para esticar as pernas e, ainda cambaleando um pouco, ficar de pé na areia, sendo seguido pelas duas figuras que acudiram.

second chance (Neteyam x Ao'nung)Onde histórias criam vida. Descubra agora