Dança das Almas

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(2009) - Acima dos Porcos

   Por conta da pandemia que acontecia em Moru-Moru Sul, medidas de isolação social foram adotadas por seus vizinhos. Moru-Moru Leste, sabendo do mais novo perigo, utilizariam da retaliação à qualquer novo visitante ao seu país, ou seja, quem não fosse da gangue do Pilha de Esqueletos, fosse forasteiro ou até seus escravos estivessem com algum sintoma, morreriam por suas mãos rapidamente.

   Um garoto que não reconheciam como um de seus escravos, era perseguido por toda a extensão do continente, muitas famílias se dispuseram a cuidar dela, mas assim que achavam-no, acabavam com todos, não importando a baixa em escravos.

   Havia se tornado um fugitivo do país e o povo passou a não se comunicar mais com forasteiros, afim de proteger suas próprias famílias.

   Pessoas machucavam pessoas, era da natureza humana fazer esse tipo de coisa; causar dor. Um dia ele já se preocupou com alguém e tiraram essa pessoa de sua vida, deixando-o sozinho. O sumiço de qualquer que seja o amor de dentro de uma pessoa, altera a forma com que vê o mundo; autodesenvolvimento, ou amadurecimento, a desolação ou a ira são algumas das respostas dentre diversas outras. Ele jurou para si mesmo nunca mais amar, ou acreditar naquela raça sanguinária que eram os humanos. Escolheu revoltar-se contra sua própria raça.

   A Apatia com o tempo, se tornou o seu Sentimento Predominante, um estado da alma no qual não conseguia mais se importar com nenhum ser. Por repulsa, retirava os sentimentos daqueles que via como obstáculo e abria caminho para sua própria liberdade.

   Apesar de muito poderoso e inutilizar os seus inimigos, quando o assunto era quantidade de pessoas, não conseguia derrubar tantos de uma vez. Certo dia se via cercado pelos capangas da Gangue do Pilha de Esqueletos e juraram matá-lo por ter mexido com os membros que denominavam de "família". Não teve outra escolha a não ser correr.

   Com a correria, entravam na cidade de Gantal, por sorte, uma cidade bem apertada e cheia de becos, por ser pequeno, conseguia passar por lugares que aqueles homens adultos não conseguiam, isso deu bastante tempo ao garoto, no entanto, foi questão de tempo para alcançarem-no, tiros eram disparados incessantemente até que um acertava o ombro do garoto que escalava a entrada de um duto em meio sua fuga que fez com que caísse em meio o lixo de um pequeno restaurante dali, alguns homens cercavam o garoto e certificariam de eliminá-lo.

   Esforçando-se conseguiu acender sua chama mais uma vez e tornar os tiros que matariam sua pessoa, voltar contra aqueles que eram antes aliados do agora possuído mental, matando todos à sua volta; incluindo habitantes da cidade. Por fim, dava a ordem suicida para seu possuído para que finalmente só sobrasse o garoto.

   Rapidamente, após tantos tiros, homens com ternos escuros saíam do restaurante e tomavam cobertura em alguns carros que haviam na rua, pensando ser algum tipo de ataque. O garoto que estava nos fundos rastejava com o ferimento aberto pela parede, pensando que aquele cheiro podre seria o tema de sua morte. Com a vista embaçada, entrava pela porta dos fundos. Os funcionários não notavam sua chegada já que a atenção estava voltada para a barulheira na frente do restaurante.

   Na pura intenção de se defender, aquele garoto utilizava a sua Aura para mandar cada pessoa daquele restaurante sair e defender o local dos invasores de Moru-Moru Leste. Um motim logo se formava nas ruas, enquanto o garoto utilizava a água da pia para seu ferimento não infeccionar, ouvia o guerrear lá fora.

   CRIANÇA FUGITIVA:Nilla... você não mentiu quando disse que isso doía pra caralho. — Gemia de dor aponto de chorar, Maru aos poucos perdia a consciência. — Eu não posso desmaiar... eu não sei se vão continuar sob o efeito do meu poder quando eu apagar.

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