Capítulo 18

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02/05/2023 - Terça-feira

Corri vários km pela manhã e voltei para casa só depois de colocar todos os meus pensamentos no lugar.

Não sei como, mas em algum momento da madrugada eu abracei a Juliette dormindo, quando acordei estávamos colados de conchinha, ela se ajustava em meus braços roçando a bunda no meu pau ereto. Levantei rapidamente ao perceber que estava a ponto de ejacular e corri para o banheiro.

Tentei me masturbar para parar com a ereção, mas assim que fechei meus olhos a imagem da Juliette apareceu em minha mente. Parei na hora e me joguei debaixo da água fria do chuveiro.

Consegui controlar minha ereção, mas ainda sentia o desejo por ela crescendo dentro de mim, decidi sair para correr até os pensamentos indesejados sumirem da minha cabeça e quando voltei para casa dei graças a Deus por ela ter saído com minha mãe e a Bella.

Passei a tarde resolvendo questões da Matthaus e quando dei por mim já passava das 19h00m, parei de trabalhar e fui para o meu quarto tomar um banho e me vestir para o jantar que teríamos hoje.

Juliette chegou apenas depois de eu já estar vestido entrando desesperada no quarto.

— Rodolffo, a gente precisa conversar! – fechou a porta, colocou umas bolsas em cima da cama e começou a andar de um lado para o outro – A sua querida pretendente e a mãe dela me odeiam, pensei que ia desmaiar hoje com a olhada raivosa que ela me deu, visse?

— Pretendente? – perguntei.

— Sim! Emily e a mãe dela, Eloísa, desconfiam da gente. Bella acha que ela te quer, eu também acho!

— Problema delas, uai! Quero enrosco nenhum pro meu lado. – olhei para ela percebendo que estava nervosa – Por que 'cê tá nervosa?

— Tu não ouviu, homi?! Elas desconfiam de nós dois!

— Deixa desconfiarem, o que importa é minha família acreditar e eles estão muito felizes com 'ocê.

— Gostam de mim, mas sua mãe gosta das duas, se a gente não tomar cuidado elas podem fazer sua mãe desconfiar também!

— 'Ocê tá certa, Ju! – disse concordando – Vamos ficar bem juntinhos hoje, 'ocê não desgruda de mim pra nada, tá bão?

— Tá! Vou me arrumar!

A deixei no quarto para que ela tivesse privacidade e desci para acompanhar meu pai no Whisky que ele costumava beber antes do jantar, Marcos, o pretendente da Bella, chegou cedo e nos acompanhou na bebida, foi bom para conhecê-lo um pouco, depois de quase uma hora de conversa ele estava aprovado para ser meu cunhado.

Infelizmente Emily e a mãe chegaram antes da Juliette descer, Bella desceu e foi fazer companhia ao Marcos e meu pai, minha mãe começou a conversar com Eloísa e Emily tentou puxar assunto comigo.

— Juliette não vai jantar com a gente? – perguntou ela.

— Claro que sim, está se arrumando já já ela desce.

— Ela precisa desse tempo todo pra se arrumar? Eu fico pronta rapidinho, não preciso de muita coisa. – eu a olhei reparando nela pela primeira vez, era uma menina muito bonita, mas alguma coisa nela me irritava.

— Veja só, Vera! – chamou Eloísa – Nossos filhos dariam um belo par!

— Mamãe! – disse Emily com um sorriso de falsa modéstia.

— 'Cê precisa ver ele com minha nora! É a coisa mais linda do mundo.

— Tinha me esquecido dela... em falar nisso cadê ela?

— Tô aqui! – respondeu Juliette do alto da escada fazendo todos olharem em sua direção.

MEU DEUS! NOSSA SENHORA!

Ela estava uma verdadeira deusa em um vestido vermelho, cabelos soltos ondulados e um batom vermelho ressaltando os lábios carnudos.

— Com licença! – falei para Emily sem tirar os olhos da Juliette enquanto ia buscá-la no pé da escada estendendo a mão para ela – 'Cê tá maravilhosa! – dei um beijo em sua mão assim que ela segurou a minha sorrindo – Esse batom mancha? – ela negou com a cabeça e eu a puxei para um beijo.

Não era o beijo que eu queria dar, porque eu jamais a beijaria assim na frente de alguém, a gente poderia ser preso, mas um selinho demorado enquanto eu a abraçava pela cintura também tinha seu valor.

Me afastei um pouco dela sem soltá-la e acariciei sua bochecha com a ponta dos dedos.

— Quer beber alguma coisa, amor?

— Quero sim, mas algo fraquinho, tá?

A levei até o balde de gelo que tinha uma champagne e servi uma taça para ela.

— Falei que eles são lindos juntos! Nasceram um pro outro! – ouvi minha mãe comentar.

Sono la coppia del momento! – reiterou Bella.

— Bem, como estamos todos aqui vou pedir que sirvam o jantar. – disse minha mãe indo em direção a cozinha.

Vi de soslaio Emily ir para o lado da mãe e as duas fecharem a cara sem comentar nada.

— Acho que as queridas ficaram chateadas. – comentou Juliette baixinho em uma posição que não dava para elas verem.

— 'Cê foi perfeita, Ju! Entrou na hora certa e tá linda, só não me deixa mais de 1 minuto sozinho com ela não que... é estranho, sei lá.

— Desculpa, eu demorei porque combinei com a Bella, ela fez questão de me dar esse vestido! Fiquei tão sem graça.

— Relaxa, ela deu porque gosta de 'ocê. – a Izabella deu e eu pensava em várias maneiras diferentes de tirar aquele vestido.

— Vamos todos, o jantar será servido. – avisou minha mãe.

Juliette e eu fomos abraçados até a mesa de jantar, puxei a cadeira para ela sentar e sentei na minha ao lado dela, Emily sentou do outro lado da Juliette.

Ju dizia coisas engraçadas durante o jantar e todos, com exceção da Emily e da Eloísa, estavam se divertindo.

Tudo passou bem, as duas inventaram uma desculpa sobre alguém estar passando mal e logo após o jantar foram embora.

Acho que minha mãe chegou a falar sobre mim para as duas antes de eu inventar que namorava, elas pareciam chateadas e provavelmente acharam que eu me envolveria com a Emily.

Ju, Bella e minha mãe subiram para descansar, dei mais um rápido beijo na Juliette antes dela subir e resolvi ir fumar charuto e beber Whisky com meu pai e Marcos.

Conversar só com homens me faria bem e eu queria retardar o momento de chegar no quarto, preferia que Juliette já estivesse dormindo quando eu subisse.

O arrependimento de tê-la escolhido crescia toda vez que eu tinha pensamentos ardentes com ela.

Essa noite eu sinceramente flertava com a ideia de dormir no chão de novo, não sei se suportaria acordar mais uma manhã agarrado nela com meu corpo em brasa.

— Não é, Rodolffo? – perguntou meu pai me tirando dos meus devaneios.

— É sim! – concordei sem ao menos saber sobre o qual era o assunto resolvendo dar atenção a conversa e esquecer Juliette e o desejo que eu tinha por ela.

Meu perfeito parOnde histórias criam vida. Descubra agora