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Cobra narrando

Após a Sol sair eu subi pra boca, hoje o dia não era tão bom pra minha família, hoje foi o dia que eu realmente decidi que queria entrar no tráfico.

Começo a fumar um e logo lembro das cenas e coloco uma fileira de e enrolo uma nota de sem pra cheirar.

- Cobra. - Luiza entra chorando e eu abraço ela.

- passou, eu sei que é difícil e que você sofreu muito. - Falo em lágrimas e ela também.

- se passaram anos e eu ainda não consigo esquecer. - ela diz chorando.

Eu comecei a lembrar a cena é todo aquele ódio que eu senti ao completar 15 anos voltou.

Eu tinha 8 anos, tava jogando bola na rua e decidi ir embora. Cheguei munha mãe e minha irmã estavam amarradas, meu pai tava fora do morro e não podia ajudar. Eu era uma criança inocente não tinha maldade, mais vi minha irmã chorando e aqueles caras estrupando ela,ela gritava chorava e um deles me segurava me fazia ver aquela cena. Ela era mas nova que eu, e ela gritava desperada pedindo pra eles pararem e minha mãe tava desmaiada.

Eles gravaram tudo e deixando pro meu pai ver, ele ficou cego de ódio e foi atrás de um por um, o único que ele não achou foi o que realmente estuprou ela.

- Foi muita crueldade o que fizeram com ela. - uma senhora falou enquanto conversava. Eu entendia que crueldade era coisa do mal então falei pra senhora.

- Um dia eu mato aquele animal.

Sai dali em direção a boca, avisei meu pai que tinha tomado uma decisão, que eu era uma criança.

O tempo foi passando e ela tentou se recuperar, mais toda vez que a data se repete, ela chora e lembra de tudo que aconteceu.

Completei 15 anos e trabalhava na boca,mesmo minha mãe não apoiando eu tinha feito minha escolha! Na minha festa de 15 curti com meus amigos, bebida e puta era o que mais tinha. Eu me diverti sabendo que a cobrança ia chegar.

Eu nem tava ligando pra consciência eu ia matar o cara que fez minha família chorar. Com 15 eu tava envolvidão.

Segunda de ressaca eu me levantei, tava no puro ódio pois o dia tinha chegado.
Eu queria cobrar aquele duzentão eu tava com sede de justiça com as próprias mãos. Então logo ouvi várias rajadas no céu, era aviso da invasão. Saí pelos becos e dei de cara com o desgraçado, mirei minha arma e dei 3 tiros na sua cabeça,o primeiro cara que eu tinha matado. Arranquei sua cabeça e joguei no morro principal, seus vapores pararam de atirar a vitória era nossa.

- Filho o que você fez? - Meu pai perguntou

- Eu matei o cara que fez nossa família chorar. - eu respondi friamente.

Vermelho FerrariOnde histórias criam vida. Descubra agora