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1982...

- Por favor, parem. - O garoto implorava com todas a forças que podia, jogado no chão ao redor de seus agressores sendo ridicularizado, recebendo chutes, socos no estômago, cuspes em seu rosto.

- Escutou isso Lamont? - O agressor comenta com um de seus amigos e se abaixa agarrando o pequeno Riven pela gola de sua camisa. - Só vai acabar quando eu dizer que acabou, me entendeu bem?

- S..sim. - Foi jogado no chão novamente.

- Se ainda consegue falar é porque está bem, o Riven me fala aí, tá gostando do tratamento de herói? - Diz Nicholas um dos agressores distribuindo um chute no estômago do garoto que acaba cuspindo sangue.

Pobre Riven, que estava tão cansado daquilo tudo, já acabava se acostumando com as suras e piadas, sendo motivo de riso para todos. Ele sabia que aquilo era errado e não deveria abaixar a cabeça e se acostumar com tudo isso, mas o que podia fazer?

Mas aquela era a pior surra que ele já tinha tomado na vida, ele sabia que ir para aquele baile não era uma boa ideia, mas sua mãe insistiu tanto que até comprou um terno branco para ele, por azar do destino tinha encontrado a gangue de riquinhos da cidade que sempre lhe batia e roubava seu dinheiro, ele se esconderá a noite inteira atrás da mesa de assinaturas de presença, onde ele sabia que nunca lhe encontrariam ali, infelizmente ele abusou de mais da sorte indo buscar um pouco de ponche. Riven sabia o que tinha feito, ele os dedurou para a diretora, teria ficado de boca calada se soubesse que a diretora iria parabenizá-lo no meio de todos do baile pela boa ação de lhe contar quem estava levando drogas para a escola. E então sendo arrastado até a salinha de limpeza e sendo espancado ali mesmo.

Tudo o que Riven fazia era fechar os olhos e aceitar que uma hora aquela sessão de tortura iria acabar, ele iria pra casa tomar um banho e se esconder no seu quarto o resto do final de semana se isolando e se perguntando o que tinha feito pra merecer tudo aquilo? Afinal ele era apenas "Riven, o garoto franzino e inteligente da classe" ele não tinha culpa se gostava de estudar e tinha uma expressão de bobalhão.

- Michael, Steve, vamos encontrar as garotas, deixa esse merda aí.

- Qual é Thomas? Tá com pressa? - Diz Steve limpando o suor de seu rosto.

- O Thomas tá doido pra pegar a Lizy de jeito hoje - Diz Nicholas.

- Nao se preocupe, Thomas, vc vai transar com sua vadiazinha hoje, mas primeiro o trabalho sujo. - Diz Michael pegando sua mochila e tirando uma corda dali. - Vamos brincar um pouco.

- O que você vai fazer? - Pergunta o ruivo Nicholas.

- Relaxa aí irmão. - Steve pega o pobre Riven e amarra seus braços e pernas com a corda que Michel tinha lhe dado.

- O que vocês estão fazendo? - Pergunta o Riven se dando conta da situação e saindo de seu pequeno transe, me soltem por favor, eu juro que não contei nada pra ninguém.

- Tarde demais, Riven, você não merece o ar que respira - Diz Michael.

- Não é satisfatório ver um animal em seu devido lugar? - Fala Steve acendendo um cigarro e todos riem.

- Os únicos animais que eu vejo são vocês, seus merdas, ME SOLTEM!

- Para de gritar filho da puta! - Nicholas acerta um soco no rosto de Riven e Michael rasga sua camisa por baixo do terno vermelho de sangue.

- Tá cheio de gracinhas né, seu bosta! - Steve encosta a ponta do cigarro na pele do garoto e o mesmo grita de dor, repetindo o ato diversas vezes.

- Já falei pra parar de gritar! - Nicholas amarra o pedaço do pano da camisa rasgada na boca do garoto para abafar os gritos de dor e desespero, e Thomas surge com uma garrafa de vodka.

The DelinquentsOnde histórias criam vida. Descubra agora