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Coriane Narrando...
Acordo sentindo minha cabeça latejar, me sento na cama macia vendo o fogo da lareira crepitar. Olho para a grande parede de vidro que mostrava que a neve caia mais forte lá fora.
Estico meu braço e sinto uma pontada de dor, passo meus dedos no lugar que avia sido ferido hoje no hospital. Me arrasto para fora da cama e percebo que não estou mais com a roupa do hospital, estava vestida com uma camisa branca.
Caminho até a porta do quarto abrindo a mesma e caminhando pelo corredor da casa que me era tão familiar. A casa na montanha dos pais do Damon, antes costumávamos vir muito aqui no natal, era mágico, estar com eles ali.
Desci as escadas todas revestidas em carpete bege, a parede até o térreo era repleta de quadros com pinturas espetaculares, e uma delas era minha com Damon.
Ouvi as vozes dos meninos vindo da cozinha e caminha vagarosamente até lá. Chegando do corredor pude ver todos os quatro sorrindo e brincando.
Feliz, como se não tivesse um tormento nos perseguindo. Paz, é isso que eles me transmitem, pode até parecer idiota, porque é, mas esses meninos são meu ponto de consolo, minha casa.
- Ei Coriane! Tá fazendo o que aí parada? - Sawyer pergunta sorrindo e todos param para me encarar.
- Estava observando como vocês se comportam como crianças - Falo rindo e me sento na mesa que havia ali.
- O Lewis fez um macarrão ótimo! - Sawyer fala se sentando de frente para mim.
- O cheiro está maravilhoso - Digo quando ele põem o prato com macarrão ao molho branco na mesa - Espero que o gosto esteja convidativo também.
- Claro que está, sou ótimo em cozinhar - Lewis se gaba e todos damos risada.
Pego uma garfada do macarrão e levo a minha boca, mastigo sentindo o gosto maravilhoso. Lewis me encara com espectativa e eu bato palmas.
- O melhor macarrão que eu já comi em toda a minha vida - Falo aos suspiros.
- Não encha o ego dele - Ambrose resmunga ao meu lado.
- Está com ciúme porque você é um desastre na cozinha Ambrose? - Pergunto sorrindo.
- Ele é um desastre em tudo o que faz - Damon diz rindo e leva um tapa do mesmo.
- Larga de ser cuzão - Damon fala massageado a cabeça.
Os meninos começam a brigar entre si e eu como o macarrão observando eles, meus olhos fogem para debaixo da bancada de mármore branco com tons rose.
Três metralhadoras, cinco revólver de calibre 38 e dois fuzis, junto com várias munições que estavam no chão em sacolas.
- Puta merda - Murmuro soltando o garfo e indo em direção as armas - Isso é demais! - Falo me abaixando e observando as armas.
- Sawyer serviu para alguma coisa - Ambrose resmungou e o ruivo sorrio de canto.
- Amigos traficantes sawyer, sério? - Murmuro me virando para eles.
- Ele é o orgulho da família - Damon debocha.
- Me inspirei em você - Sawyer disse após piscar para Damon.
Gargalhei vendo os dois se encararem mortalmente.
- Chega, vamos falar do que realmente importa - Digo e todos concordam.
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Nós reunimos na sala onde os meninos acenderam a lareira e se jogaram nos sofás e poltronas que tinham ali, me sentei no chão de carpete sentindo a quentura do fogo aquecer minha pele.
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The Delinquents
JugendliteraturVocê já se perguntou quantos segredos escondidos á em uma cidade pequena? Eu também não ligava muito pra essas coisas, mas depois daquele dia eu tive certeza, tive certeza de que minha vida não era perfeita e que tudo era apenas uma ilusão. Mais po...