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não revisado.

LOUIS POV

   Eu e a S/N ensaiamos muito, do começo ao fim, porém ela sempre travava no final do papel, onde a personagem dela devia dizer o quanto ela ama o meu personagem. Mas tipo, são só palavras, certo?

   - Não são só palavras, Louis! Você tem que entender isso.

   - Mas é apenas um papel! É tão fácil quanto voar. - brinco com ela.

   - Eu não vou conseguir.

   - Olha, sem pressão, mas você tem que conseguir, precisa de nota. - digo.

   - Eu sei disso. - ela coloca as mãos na cintura e olha fixamente pro chão, depois para o teto.

   - Nós não temos mais ninguém para substituirmos. Vós nos ajudar por favor. Eu e você precisamos disso, eu preciso pra poder ser igual a minha mãe e você pra ganhar nota. Como eu disse mais cedo, não estou contente com a situação.

   - Eu sei disso também.

   De repente, uma chavinha na minha cabeça se vira.

   - E se, a gente só manter toda essa coisa fora dos palcos e das câmeras?

   - Você fala como se fosse fácil demais.

   - Podemos tentar. - dou de ombros. - Todo mundo consegue.

   - Sua mãe já disse que você não é todo mundo?

   - Isso não importa, ok? Vamos, de novo, só o final.

   Solto o escrito no chão e me aproximo da S/N, que não olha nos meus olhos. Direciono seu olhar a mim, pegando em seu queixo e trazendo para perto de mim. Seu hálito cheirava a bala de melancia que tirava toda hora do bolso, acho que ela devorou todas em uns 10 minutos.

   - A senhorita ficaria comigo para todo o sempre? Prometo te proteger, te cuidar e acima de tudo, te amar. - dirijo a minha fala colocando minhas mãos no seu pescoço. Consigo sentir que meu toque deixa a pele dela arrepiada e não consigo conter o sorriso.

   - Sim, até que a morte nos separe... - ela fala, porém não consegue dizer o "meu amor" que estava no papel. Ela não consegue fazer isso, ela está com os braços pendendo ao lado do corpo. - Eu...

   - Você me ama, querida? - encosto minha testa na dela.

   - Eu não consigo, Louis. - ela se afasta, de costas pra mim.

   - Garota, é só falar! - olho cada passo que ela dá.

   - Não é tão simples para mim! - ela ergue o tom de voz.

   - Então por que raios você quer ser atriz se não consegue fazer um papel direito? - fico com raiva.

   - O que foi que você me disse? - ela se vira pra mim, agora finalmente olhando nos meus olhos.

   - Isso que você ouviu. - Cerro minha mandíbula e olho para a porta sendo aberta, minha mãe.

   - Filho? Está tudo bem?

   - Sim, mãe, só estou treinando aqui com a S/N. Pro teste de sexta.

   - Precisam de ajuda?

   - Seria bom. - digo. Ela sorri e se aproxima da gente.

   - Olá, senhora Partridge. - S/N diz, sorrindo. - É um prazer conhecer você, vi a maioria dos seus filmes.

   - Todos os amigos do Louis me dizem isso. - ela olha para mim. - O que precisam, queridos?

   - S/N não consegue dizer um simples "eu te amo" que está no escrito.

   - Tenho coisas pessoais envolvidas nisso, ok? - ela se justifica para mim.

   - Eu te entendo, querida. - minha mãe diz. - Eu sempre tinha que encenar com caras que não estava a fim, mas era meu papel. Estava apaixonada pelo pai do Louis na época que eu tava estourando. Minha dica é: pense no seu amado, finja que ele está na sua frente e dirija todo o seu amor ao parceiro de cena. - Vejo minha mãe sorrir para nós dois. - Espero ter ajudado, querem alguma coisa para comer?

   - Se não for um incômodo, eu quero. - S/N diz.

   - Ok, vou lá e já volto. Quebrem a perna. - ela da uma piscadinha e sai.

   - Sua mãe é um anjo. - S/N me diz e reviro os olhos, o que faz ela rir. - Vamos continuar?

   Finalmente conseguimos nosso resultado, ela apenas se recusou a me beijar. Quem perderia de me beijar? Essa garota é doida. Depois de tomarmos o café da tarde, fiz um tour pela minha casa e depois fomos lá para fora esperar o táxi dela.

   - Então a senhorita está apaixonada? - ela entra em choque com a pergunta. - Para, foi óbvio o que aconteceu antes.

   - É uma coisa complicada, na verdade. Não quero te falar sobre a minha vida.

   - Você vai ter que pensar nele para me beijar, não se esqueça. - dou risada.

   - Vai ser horrível, tenho certeza. - O táxi chega. - Até amanhã, Louis.

   - Até amanhã. - Vejo o carro sumir do meu campo de visão.

   - Agora ela te deve um beijo, não é? - levo um susto até perceber minha mãe logo atrás de mim.

   - Mãe, não fala besteira, é só um papel. - saio dali enquanto ela me segue.

   - Tudo bem, filho. - ela ergue as mãos em rendição.

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behind the scenes 🎥 Louis Partridge fanficOnde histórias criam vida. Descubra agora