“Não, é isso, obrigado.” Você sorriu antes de pagar pelo seu café e pelo de seu irmão, Neymar, e voltou para onde ele estava sentado. Pelo que parecia, Neymae estava tentando mostrar algo a Coutinho em seu telefone, mas este não estava conseguindo. Eram 4h19 e seu namorado estava mais dormindo do que acordado e um tanto mal-humorado, enquanto Neymar estava sendo o raio de sol que sempre foi.
Você também não era uma pessoa matutina. Na verdade, abraços intermináveis com Coutinho durante as primeiras horas do dia eram sua maneira favorita de passar o tempo, mas a perspectiva de finalmente tirar uma folga no Brasil levantou seu ânimo. Mesmo nesta hora ímpia.
"Aqui." Você passou a xícara para Neymar antes de se sentar ao lado de Coutinho. A mão dele encontrou a sua automaticamente quando ele deslizou os dedos entre os seus.
"Como você pode conseguir um café para ele, (S/n)?" Ele lamentou, sua cabeça caindo para trás contra o encosto do pequeno sofá. "Ele é irritante o suficiente como está agora."
Neymar revirou os olhos e estendeu a mão para espetar o amigo nas costelas, mas você foi rápida em detê-lo. Sabendo muito bem que não deveria ir muito longe com Coutinho neste momento.
E a única coisa que você queria evitar a todo custo era um Philippe seriamente irritado e estressado. Ele já havia sofrido o suficiente no Aston Villa e merecia um tempo de paz longe de todos os aborrecimentos que o mundo tinha a oferecer.
"Apenas ignore-o, Phil." Você sussurrou antes de dar um beijo em sua mandíbula barbada. "Quer um gole?" Coutinho torceu o nariz com sua oferta, não sendo um grande fã de café e especialmente não tão cedo pela manhã. “Não.” Ele murmurou quando encostou a cabeça na sua com cuidado. "Obrigado mesmo assim."
Alguns minutos depois, os outros apareceram. Rafaella descansou no quadril de seu pai, um tanto sonolenta também, mas no segundo em que ela notou você, ela se contorceu para fora dos braços de seu pao e correu para você. “Bem, se essa não é minha pessoa favorita no mundo.” Você sorriu quando a abraçou, fazendo-a rir alto. “Você está animada, Rafaella? Vamos de férias!”
Você a manteve no abraço por um tempinho, brincando com as mãos dela e tentando distraí-la da chatice de esperar o embarque.
Voltando-se para Coutinho para perguntar se ele queria algo para comer, agora que algum tempo havia se passado, você encontrou seus grandes olhos castanhos já pousados em você.
“Achei que eu era o seu favorito.” Ele fez beicinho com uma pequena ruga entre as sobrancelhas. Ele parecia adorável demais para o seu próprio bem. "Oh, meu bebê grande." Você murmurou, apertando levemente o rosto carnudo dele entre as mãos. “Está com ciúmes da minha irmã?”
Coutinho afastou o rosto, a vergonha brilhando em seus olhos. "Não, eu só quis dizer que-" Ele se interrompeu, percebendo o quão estúpido ele soava. "Deixa para lá."Você observou um rubor subindo em suas bochechas e cobrindo a ponte de seu nariz, destacando ainda mais suas lindas sardas. Ele desviou os olhos para os sapatos, não se atrevendo a olhar para você, porque apesar de estar com você por um tempo, ele ainda se envergonhava facilmente com medo de assustá-la. Coutinho puxou as mangas de seu moletom para baixo para cobrir as mãos, mas você fez um trabalho rápido para pegar uma, não querendo ficar sem o contato físico que tanto prezava.
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“Quer segurar minha mão?” Você perguntou baixinho depois que o piloto anunciou que vocês decolariam em breve. Você sabia que voar era a maneira menos favorita de viajar dele, já que ele não estava no controle de tudo no ar, então você esperava que segurar a mão dele o fizesse se sentir um pouco melhor.
Coutinho abriu os olhos com isso, surpreso por você se lembrar da conversa que vocês dois tiveram algumas semanas atrás, quando você pediu para ele se juntar a você e sua família nas férias de verão e ele não pôde evitar que seu coração tropeçasse.
Ele mencionou isso em tom de brincadeira, dizendo que você provavelmente teria que segurar a mão dele.