Capítulo 13

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Não estava claro o que havia acordado Chay: a dor agonizante por todo o corpo ou Porsche gritando para o quarto que suas pálpebras estavam começando a tremer. Nenhuma dessas coisas era agradável de acordar, mas então o rosto preocupado de Porsche apareceu e o alívio inundou o peito de Chay. Houve um momento no armazém em que ele se convenceu de que iria sangrar no chão frio e sujo e que nunca mais veria o sorriso gentil e provocador de Porsche.

"Como você está se sentindo?" Porsche sussurrou.

"Como uma merda," Chay resmungou. Sua garganta estava seca e doía falar.

Porsche riu, mas instantaneamente se transformou em um soluço. — Você vai ficar bem, Chay. Você vai ficar bem.

"Posso beber um pouco de água?"

Porsche surgiu imediatamente. Ele apertou um botão ao lado da cama e a parte superior do corpo de Chay avançou lentamente para cima, colocando-o na posição sentada. Porsche encheu um copo com água e colocou um canudo dentro dele, segurando-o perto da boca de Chay. Os lábios de Chay se fecharam em torno dele, e ele chupou suavemente, deixando a água fria refrescar sua garganta. Depois de engolir o copo inteiro, sua garganta parecia menos áspera.

"Quanto tempo fiquei fora?"

"Cerca de vinte horas," Kinn disse do outro lado da sala. Ele parecia exausto, mas ainda sorriu quando seus olhos encontraram os de Chay. "Estamos felizes que você esteja bem." Ele parou ao lado de Porsche e colocou a mão em seu ombro.

"Obrigado por vir me buscar."

Uma emoção triste passou pelos olhos de Kinn. "Eu deveria ter vindo antes. Minha hesitação em concordar com as exigências de Sakda o fez fazer isso com você. Sinto muito, Chay, a culpa é minha.

Antes que Chay pudesse dizer uma palavra de desacordo, Porsche balançou a cabeça freneticamente. "Se a culpa é de alguém, é minha. Quando pedi para você morar conosco, pensei que estava protegendo você. Eu deveria ter levado você para um local seguro longe de Bangkok e ter certeza de que ninguém poderia encontrá-lo.

"Isso não teria garantido minha proteção. Além disso, teria me deixado infeliz, estando tão longe de você.

"Você não se sente miserável agora?" Porsche perguntou, seus olhos vagando pelo corpo de Chay.

" Não é sua culpa," Chay disse lentamente. "E nem é seu," ele se dirigiu a Kinn. Ele entendia seus sentimentos de responsabilidade quando se tratava dele, mas não adiantava apontar o dedo para si mesmos. Chay não os culpava, então por que eles deveriam se culpar?

Porsche ficou tenso, preparando-se para oferecer outro pedido de desculpas, mas a porta se abriu antes que ele pudesse falar alguma coisa. Chay ficou imensamente grato pela interrupção. Ele não poderia lidar com a culpa de Porsche agora.

Kim invadiu a sala com duas sacolas transparentes, cheias de embalagens para viagem. Seus olhos deslizaram para a cama de Chay e se arregalaram quando o viu se sentando.

"Você está acordado!" Ele largou a comida na mesinha de centro e correu para a cabeceira de Chay. "Que diabos, Kinn? Você disse que me mandaria uma mensagem quando ele acordasse!

"Só estou acordado há alguns minutos," Chay disse, sua voz embargada. Outra pessoa que ele pensou que nunca mais veria. Seu corpo doía, mas ele descobriu que era fácil se distrair concentrando-se na sensação de alívio que se expandia em seu peito por estar cercado por seus entes queridos.

Kim relaxou o rosto e olhou para Chay com um pequeno sorriso. "Finalmente, você acordou." Ele estendeu a mão e gentilmente acariciou o cabelo de Chay. "Dorminhoca."

Meet Me Where The Light Meets The Dark - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora