DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance

05| lado racional

Oiê gente, eu de novo aqui. Mas é apenas pra reforçar a ideia de que nesse capítulo vamos ter a mesma narração do outro. Presente e lembranças do passado, sendo as lembranças em itálico. Aproveitem meus amores. 😘

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Pov Ricelly:

Já ouvir por várias vezes a famosa frase: "A pessoa certa no momento errado" e sinceramente, como não acreditar nisso? Canto músicas sertanejas e vivo nesse mundo por muitos anos ao lado do meu irmão, eu mais do que ninguém poderia e posso dizer que essa definição é mais do que real. Contudo, com o passar do tempo aprendemos muitas coisas nessa vida, evoluímos e amadurecemos as nossas ideias e uma delas é que eu estou começando a redefinir o significado que essa frase carrega.

Ok, se formos pensar pelo o lado racional das coisas, vamos perceber que a frase a qual está ecoando em minha mente pode não ser 100% verdadeira mas também não é uma completa mentira, eu, Ricelly Henrique, percebi que tudo na vida tem um motivo, e compreendê-los é fundamental para uma escolha de como vamos ver a vida. Acho que se uma pessoa apareceu naquele determinado momento em nossa vida, ela tinha que aparecer, e se ela se foi e for de voltar, ela vai voltar. E as pessoas que amaram verdadeiramente e não deram certo, se o amor foi verdadeiro, tenho a certeza de que lá no fundo sempre existirá um certo carinho, só que comigo é diferente. O que sinto e sempre senti pela Marília vai muito além do que carinho e eu a amo incondicionalmente.

Isso começou com uma simples amizade e acabou se tornando algo muito além do que eu imaginaria. E mesmo que nós dois estejamos agora andando em caminhos diferentes, oro a Deus todos os dias para que ele me dê uma segunda chance. Eu não sei se isso é errado pois agora eu tenho esposa e dois filhos, e ela, bom, ela tem o Murilo e também tem o leozin. Mas caramba, a vontade que tenho de estar perto dela é bem mais forte do que o meu lado racional.

– ei nim, o que cê tá fazendo aqui sozinho num frio desse? Aqui tá -16° doido.– escuto a voz do meu irmão, e de fato, eu estava distraindo a bastante tempo.

Tinha saido pra tomar um pouco de ar mesmo sabendo que realmente aqui na fazenda tava frio pra cacete. Queria fumar um cigarro mas eu não conseguia por ele na boca por lembrar da minha última conversa com a Mendonça sobre isso, o que me fez rir e voltar a pensar Novamente nela.

– eu sei Ju, já tô entrando, vim só fumar um cigarro…

– cê poderia fazer isso muito bem na varanda de casa onde está completamente aquecido mas preferiu vim pra beira da piscina. Ok, desembucha logo Henrique…– Juliano fala e eu acabo negando.– quer morrer congelado?

Dessa vez eu acabo rindo e olho pra ele

– ou, cê é chato hein?!.– digo e é a sua vez de rir.– eu só queria tomar um pouco de ar fresco não é nada demais, cê sabe que quando tô sozinho gosto de pensar em literalmente tudo.

– tá, e esse tudo tem nome e sobrenome né?.– assim que o moreno diz, acabo o olhando mas não conseguir dizer absolutamente nada, apenas consigo desviar o olhar e abaixar a cabeça, ele sabia claramente, ele sempre soube.– cê deveria ligar pra ela.

– não sei se é o certo.

– é só uma ligação, o que isso tem demais?

Acabo rindo novamente por recordar de ontem, sim, eu queria muito ver a lila, mas não sabia como chegar e simplesmente ligar pra ela dizendo que estava com saudade. Tínhamos voltado a se ver pessoalmente recentemente depois de tanto tempo longe um do outro e tudo tava tão novo, tão recente, que parecia que eu tinha desaprendido a chegar junto dela, a falar com ela de forma aberta mas, isso não significava que eu não gostaria de voltar a ser como antes, por Deus, gostaria de voltar a ser muito mais do que antes.