03| terapia

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Ricelly:

Ao chegar próximo da sala onde todos estavam, já pude ouvir perfeitamente o barulho das vozes de todos que estavam aqui, o som da risada da tia Ruth e da Lila me fizeram rir instantaneamente.

No momento que cheguei definitivamente onde elas estavam, como sempre, a nossa conexão parecia como um ímã, e os olhos castanhos da Mendonça foram diretamente de encontro ao meu. Acho que passou frações de segundos, mas sinto como se fosse minutos, que nossos olhos ficaram grudados um no outro. Eu estava admirando cada detalhe dela, vendo cada mudança do seu corpo e ela estava ainda mais fantástica. Os cabelos ainda loiros porém um pouco mais curtos agora, particularmente eu amava o seu cabelo grande mas ela não deixava de ser linda mesmo com eles acima dos ombros e cortados em camadas. Percebo que ela também tentava capturar cada detalhe meu, e o sorriso que ela tinha de canto só me comprova isso, acabo abrindo um também ao imaginar o comentário que ela faria sobre minha aparência quando tivesse a oportunidade.– me aproximo primeiramente da tia Ruth e finalmente desvio os meus olhos dela.

– Oii tia, que bom que cês chegaram, eu tava com tantas saudades. Tá boa?.– pergunto indo abraçar a mulher e ela me recebe como sempre me recebeu, com um abraço caloroso, um sorriso enorme e vários beijos no rosto.

– oi meu filho, como cê tá gato menino. Tô bem graças a Deus meu amor, e ocê? Mais nunca entrou em contato comigo, me esqueceu Ricelly?.– a mãe da Lila diz e eu acabo rindo por vários motivos, o primeiro é o constrangimento ao ser elogiado, o segundo é o nervosismo por medo de uma broca e o terceiro é por simplesmente não saber como reagir direito

– é claro que eu não esqueci da senhora tia. Impossível esquecer…me desculpe, tá? Prometo te ligar mais.– digo e beijo sua cabeça, vendo ela acabar sorrindo ao alisar minha barba de forma carinhosa

– ligue mesmo, estava com saudades de você e do seu irmão!.– afirma e olha pra o Nim que estava ao lado da Marília segurando o Léo em seus braços, acabo prestando atenção no menino, ele era a cópia fiel da Lila e era tão lindo. Meu coração sempre ficava Alegre quando via ele 

– ou tia, eu prometo fazer diferente…em vez de ligar eu vou é passar uns dia lá na sua casa pra arretar a senhora e a mana.– Juliano diz  com seu bom humor e Marília acaba rindo ao rolar os olhos divertido

– ihh, nem vem…se for pra tirar minha paz é melhor nem ir Edson júnior!.– a loira fala e eu acabo sorrindo de e canto com o seu comentário e me aproximo finalmente dela

– oi Marília Mendonça…– digo de forma um pouco baixa, meia sem jeito porém tentando soar "divertido", eu estava tão nervoso por está perto dela novamente que não sabia outro jeito de começar a falar 

– Ricelly…cê tá diferente hein.– brinca a Mendonça, assim que chego perto dela e eu acabo rindo por fim

– espero que isso não seja uma crítica…– digo ainda sorrindo e ela nega, também mantendo o seu sorriso porém franzi um pouco o cenho

– jamais você irá saber.– afirma piscando um dos seus olhos e eu Finalmente a puxo para um abraço, a apertando enquanto abafava-mos a nossa risada um no outro 

– cê tá bem?.– murmuro perto do seu ouvido e ela assentir

– estou fazendo o que tem que ser feito.– afirma e acaba se afastando, porém, mantendo um pequeno sorriso simples

Sabia o que aquilo podia significar.

Me afasto e acabo me pegando novamente com vontade de agarrar e não soltar mais porém, é claro que eu não poderia fazer isso, sendo assim, olho para o canto e vejo a Amanda nos olhando com um olhar meio indecifrável com um ar triste. Ao ver que eu olhei, ela tenta disfarçar e se aproxima com a Helena nos braços, acabo sorrindo ao ver o rostinho da minha filha…

DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora