09| resposta

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P.o.v Ricelly:

Até onde o amor por uma pessoa pode nos levar? Essa é uma boa pergunta e faz um tempo que eu tenho alguns palpites como resposta.

Eu só não sabia se o que fiz foi induzido pelo amor, pelo ciúmes, pela raiva ou por falta de sanidade mesmo.

Já tinha feito novamente alguns dias que eu e a Marília não nos falávamos e parecia que tudo que foi conversado entre a gente não serviu de nada.– na verdade, serviu, serviu pra mim saber que eu e ela ainda era um caso impossível de acontecer mesmo a gente querendo fazer isso dar certo.–  talvez eu possa estar errado e a gente que seja complicados demais pra conseguir fazer isso tudo da forma certa. -- mas além disso, qual outra justificativa tem pra ela simplesmente fugir de mim no dia seguinte em que dormir lá?

Eu não conseguia entender.

Sei que tem o fato de eu ainda estar com a Amanda e o fato dela estar com o Huff mas caramba, eu pensei, por um instante eu juro que pensei que quando acordássemos íamos voltar novamente aquela conversa e íamos decidir fazer dar certo.– mesmo sabendo o quão complicado era eu estava disposto a vim pra casa e conversar com a Amanda, estava disposto a pedir o divórcio e queria mesmo que ela estivesse disposta a terminar com o pai do Léo.– isso pode parecer uma atitude egoísta depois que paramos pra pensarmos com calma em todas as consequências, mas no momento em que eu estava com ela eu não estava me importando com muita coisa além disto.– eu realmente criei novamente uma esperança depois do nosso beijo e Isso tudo foi por água abaixo quando ela decidiu fugir de mim e nem sequer me deu um tchau.– naquele momento talvez eu tenha entendido que ela tinha escolhido mesmo seguir a vida sem mim e fiquei com raiva, na verdade, fiquei destruído ao chegar à conclusão de que o amor da minha vida não era mais o amor para minha vida e tudo isso de certa forma foi por culpa minha.

Por esses dias que passou eu estava "disposto" a desistir da Marília mas não dava.– mesmo se eu não tivesse ela do meu lado do jeito que gostaria de ter ainda sim preferia ter ela em minha vida pois só eu sei a falta que ela faz na minha vida.– e talvez tenha sido por isso que eu decidi dar uma trégua entre mim e o Murilo, na minha cabeça, se eu fosse amigo dele talvez assim conseguiria entender melhor o motivo dela querer estar com ele.

É doloroso pra mim e sei que pra ela também, se fecho os olhos ainda consigo lembrar da primeira vez que a beijei.– parecia que tudo havia acontecido ontem, parecia que ainda estávamos naquele Hotel após ela terminar com o ex empresário que ela namorava, por minha causa, parecia que tinha sido ontem a primeira vez que vi nos olhos da Mendonça os meus sentimentos sendo correspondidos, e ainda lembro que tinha sido a loira quem tinha tomado a iniciativa e desde então eu não consegui mais largar dela.

Estou vivendo num verdadeiro inferno ao tentar fazer meu casamento dar certo enquanto tento de forma em vão superar ela.

Me pergunto o que eu poderia fazer? A resposta era a mesma, não muito. -- Talvez eu já tenha tentado de tudo e mesmo assim ainda não foi o suficiente.– odeio lembrar que quem errou foi eu e quem dormiu com a Amanda enquanto ainda fazia pouco tempo do meu término com a Marília foi eu, sei que foi eu quem escolheu dar uma família unida para os meus filhos e sei que foi eu que concordou com o fato de ser apenas amigos dá Mendonça e por isso está sendo eu quem estava pagando por tudo isso e talvez eu até mereça…

Me baseava em talvez's pois não dava pra ignorar tudo, eu não conseguia fazer isso e de certa forma a culpa sempre me consumia.

Ainda não sabia se tinha tomado a decisão certa em chamar o Murilo pra gravar uma música juntos, um lado meu pode até ter feito isso por pirraça mas o outro só estava procurando um motivo pra falar com ela.– era louco.

DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora