DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance

20| vamos ficar bem

Ricelly;

O dia tinha amanhecido e era incrível sentir novamente o calor aconchegante que emanava dos braços da loira que estava ao meu lado, a cada vez que eu me abraçava a ela mais confortável tudo isso ficava.– nossos corpos enrolados nos lençois apenas sentindo nossa temperatura e a sensação de estar em casa nos invadindo.– já estivemos nessa mesma situação a algumas semanas atrás mas agora era tudo diferente pois ambos estávamos desimpedidos e podíamos fazer o que quiser, como quiser e sem ter um peso na nossa consciência.– o que tornava tudo duas vezes melhor.

Sentia a conexão que tínhamos cada vez mais forte a cada medida que Marília chegava mais perto de mim, encurtando a distância que quase não tinha.– o que me fez rir enquanto admirava a sua respiração leve e Seu rosto amassado contra o meu peito.

já estava assim por bons minutos apenas admirando seu rosto sereno e cada detalhe dele fixamente.– podendo sentir a felicidade de estar finalmente completo me Consumir.– era surreal a forma que a Marília me fazia sentir cada vez mais apaixonado.

Poderia ficar assim por horas, apenas lhe admirando mas sabia que tínhamos muito o que resolver e que teríamos que ser forçados a sair do nosso mundo particular.– e como se soubesse disso, a Mendonça se remexeu na cama e esfregou os olhos antes de acordar finalmente, o que me fez rir mais Uma vez pela sua carinha toda amassada de sono e mesmo assim continuar linda é simplesmente perfeita.

– bom dia senhorita Mendonça...dormiu bem?.– pergunto de forma baixa, beijando sua testa e sinto ela rir ainda contra a minha pele, o que me causou alguns arrepios. Eu adorava essa sensação...

– bom dia rique...que horas são?.– pergunta desnorteada e eu me ajeito na cama para poder lhe olhar melhor

– são 09:00 da manhã minha flor. Está tudo bem, ainda não batemos o recorde de preguiçosos...– digo e isso acaba fazendo a gente rir e ela me olhar com os olhos brilhando

– ótimo então, assim posso curtir você mais um pouquinho.– fala e deixa um selinho em meus lábios, tiro o cabelo do seu rosto e me viro na cama por cima dela, deixando meu rosto enterrado em seu pescoço enquanto arrancava mais uma vez uma risada da mesma

– estava com saudades de acordar e sentir seu cheiro maravilhoso.– falo com a voz abafada e Marília acaba alisando meu cabelo.– assim você me mata Lila..

– não antes de você me matar de amor Ricelly Henrique .– responde e eu lhe olho

Estava me sentindo novamente um bobo apaixonado.

– como que cê tá? Tá melhor?

– Só tô um pouco exausta, mas, estou melhor sim.– diz e eu acabo sorrindo de leve enquanto fazia um carinho em sua bochecha. -- E você, conseguiu dormir bem?

– nessas 5h de sono que tivemos, conseguir dormir perfeitamente bem.– falo e ela sorri também, acabando por negar e ficar com as bochechas levemente vermelhas ao entender perfeitamente do que me referir, o que me fez rir.

– acha que conseguimos enfrentar o que temos que enfrentar ainda?.– no momento que Marília pergunta, vejo seu rostinho ficar um pouco mais sério e também preocupado...

ainda tínhamos que explicar tudo o que tinha acontecido para nossas famílias pois nessa altura do campeonato, sei que meus pais estavam doidos por uma explicação, teria que enfrentar meus ex sogros e a Marília teria que conversar com a tia Ruth e o João Gustavo, sem falar que teremos que encarar a mídia mais cedo ou mais tarde, além dos nossos amigos que também estão lá em baixo, mesmo eu achando que essa última parte seria a mais fácil.– acabo negando enquanto suspirava um pouco e também fiquei um pouco mais sério só pra poder lhe passar a devida confiança...