Pov Marília:
– o Murilo deve me odiar não é?.– Henrique diz, depois de um certo tempo e após conseguirmos ficar a sós, na verdade, ficar eu, ele e o Léo. Esse que estava distraído demais com o seu brinquedo para prestar a atenção em nós dois
Acabo deixando um pequeno sorriso escapar e nego logo em seguida…
– ele não te odeia.– digo e é a vez do Ricelly de rir e me olhar
– ah não? Cê jura…– desdenha e eu acabo rolando os olhos de forma divertida em sua direção
– é sério ou. Ele não vai muito com a sua cara masss, não te odeia. E qualé Ricelly, cê também não facilita muito né?!.– afirmo e ele dar de ombros.– tenha como exemplo hoje.
– uai, já disse que não fiz nada.– assim como imaginei, o barbudo nega mais uma vez em sua defesa pondo sua melhor cara de desentendido possível e eu acabo rindo novamente.
Pego-me pensando como conseguir ficar tanto tempo longe dele?
O riso com o Henrique sempre foi muito fácil, muito simples, e por Deus, desde que voltamos a ter novamente essa pouca intimidade que está sendo despertada novamente, as coisas parecem que nunca mudaram, ao mesmo tempo que dá a sensação de que muito foi mudado. Não sei explicar, pelo menos não por enquanto.
– sabemos que você nunca foi fã de nenhum namorado meu, com o Murilo não é diferente e nem adianta negar com a sua cara de pau.– volto a dizer depois de um tempo e acabamos rindo juntos desta vez, ele principalmente, pra minha surpresa.
Acho que já falei isso mas, eu realmente adoro o sorriso dele…
– você não pode me julgar, também nunca foi fã de nenhuma namorada minha ou qualquer pessoa que me relacionasse. Não lembra o tanto de ciúmes que cê tinha?
– lembro do tanto de ciúmes seu! Nossa senhora…impossível.– falo e acabo rindo minimamente com a lembrança, então vejo Henrique me acompanhar por um momento mas logo depois ir desmanchando aos poucos seu riso como se estivesse se dado por vencido
Não demora para o moreno se ajeitar no sofá e virar um pouco o seu corpo pra me olhar…
– ok, eu admito…eu tinha muito ciúmes sim e isso não mudou, tá? É mais forte do que eu.– confessa e assim que escuto suas palavras acabo sentindo meu coração se acelerar e eu segurar fortemente a vontade de querer rir bobo, também lhe olhando
– incrível que as coisas parecem ser como antes, não é?.– digo, dessa vez um pouco mais séria e acabo dando conta de que tínhamos iniciado uma conversa que irá parar no nosso passado sem nem ao menos darmos conta.
Deus, porque tudo tão rápido?
– é…também sinto a mesma sensação.– Henrique diz e acaba rindo um pouco e olha para o Léo, que ainda brincava com o mordedor dele.– Mas muita coisa mudou, por mais que a gente tente seguir em frente sabemos bem disso.
Depois que ouvir suas palavras acabo engolindo em seco e olho também para o meu filho, admirando o quanto ele era lindo e me trazia paz. Parando por um momento no tempo…
– talvez tenha razão.– murmuro de forma baixa e tento novamente manter meu foco só no meu pequeno porque sei que se eu o olhasse, acabaria falando o que não deveria falar
– Lila?.– chama e de forma falha, não consigo não lhe encarar. -- cê sabe que eu não vim aqui só por conta do leozin, não é?.– assim que o homem ao meu lado finaliza, novamente a vontade de engolir em seco veio e eu sinto minha respiração parar por involuntariamente ter feito isso propositalmente. Eu estava começando a sentir o que não deveria e tinha tanta coisa passando na minha mente agora que eu não sabia o que deveria dizer.
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DOIS COVARDES: Nossa Segunda Chance
FanfictionNOSSA segunda chance "Nós somos dois covardes, tentando ficar bem forçando uma amizade..." Uma segunda, terceira, quarta chance? Queremos ficar bem, mas isso será possível só com uma amizade? Bom, as vezes sim, mas entre duas pessoas que se amam v...