O caminho até você

Axioma.

Capítulo 13

Pov Piper

Senti uma certa dificuldade de respirar naquele momento, de todos os cenários que imaginei que pudessem acontecer quando eu batesse na porta dos Pinciott, ver o ex-namorado da minha namorada não era nem de longe uma opção, fiquei meio sem jeito, não sabia o que fazer nesse tipo de situação, quando ia abrir a boca para dizer alguma besteira, Alex apareceu na porta e pude ver seus olhos brilhando e de certa forma isso me confortou.

— Pipes! - Ela disse animada, e senti meu coração errar uma batida apenas por ouvir sua voz, eu sabia que sua ausência pesava, mas ficou nítido quando ela quase empurrou o cara da porta para me abraçar e me beijar. — Eu senti tanto a sua falta Pipes, achei que fosse enlouquecer, mas porque não me disse que estava vindo? Eu teria ido buscar você no aeroporto.

— Culpada, eu queria te surpreender, então liguei para o seu pai ontem e disse que talvez eu pudesse vir até aqui, Nova York não é a mesma coisa sem você. - A abracei novamente e só a soltei quando Bob veio todo animada me receber.

Por um segundo eu me esqueci do cara que nos observava, e todo aquele desconforto do início retornou, tentei não deixar perceptível, não queria abordar aquele assunto agora, mas queria saber por qual motivo ele estava ali, seria possível que Alex talvez ainda mantivesse sentimentos por ele? Era meio inevitável não pensar sobre isso.

Pov Alex

Eu estava completamente extasiada com a presença de Piper naquele momento, eu realmente não esperava que ela fosse vir até aqui, já que vivia dizendo que estava atolada de trabalho, me senti tão feliz naquele momento, só de poder tê-la em meus braços novamente, sentia meu coração vibrar, por um bom tempo eu esqueci que tínhamos companhia e só a mantive perto de mim, quando voltei a realidade, senti os olhos curiosos de Erik sobre mim, e não hesitei em momento algum apresenta-la como minha amada namorada.

— Formam, essa é a minha namorada, Piper Chapman. - Falei calmamente, sem desviar meus olhos de Piper. — Pipes, esse é o Erick, meu vizinho e amigo de infância.

Eu disse com tanto orgulho e felicidade, poderia sair pulando pelas ruas da cidade só por saber que ela estava ali comigo, mas enquanto olhava para ela pude sentir que alguma coisa poderia estar incomodando-a, mas achei que poderia ser pelo cansaço da viagem, então deixei de lado e a levei até meu pai que estava sentado no sofá, esperando seu momento de falar com Piper, Erick logo se despediu dizendo que voltaria mais tarde, revirei os olhos, ele era um grande imbecil, mas isso não era da minha conta, adoraria que ele estivesse longe, queria aproveitar esses dias de folga com minhas duas pessoas favoritas.

A presença de Piper mudava tudo, era como estar finalmente em casa, meu pai estava eufórico, e eu me senti meio culpada por não tê-la trazido antes, mas talvez esse fosse o momento certo e de qualquer forma eu estava feliz, meu pai estava melhorando e eu podia ter a mulher que eu amava ao lado, ainda estava estranhando o comportamento dela em alguns momentos, mas ainda não conseguia identificar o que lhe incomodava, naquela tarde a senhora Formam apareceu com Erick para levar um bolo para meu pai, e novamente apresentei Piper como minha namorada, estava adorando fazer aquilo, se pudesse gritaria para o mundo todo dizendo o quanto era sortuda por ela ter me aceitado. Estava empolgada para levara Piper para conhecer a cidade onde eu cresci, queria compartilhar mais dessa fase da minha vida com ela, pouco contei durante nossas conversar em casa, mas aquela era a hora, passamos uns dois passeando pela cidade, eu a levava a alguns pontos e contava sobre algumas coisas que tinham acontecido lá, a cidade era pequena, não tinha muito o que mostrar, mas eu fazia questão de mostrar os lugares importantes para mim, a levei até a loja do meu pai e me surpreendi com as mudanças do lugar, fazia realmente muito tempo que eu não ia até lá, a levei em um dos meus restaurantes favoritos de Point Place, estava sendo muito divertido, adorava passar todo quele tempo com ela, mas é claro que passávamos a maior parte do dia com meu pai, fazendo as coisas que ele gostava e tentando controlar a sua vontade de voltar a trabalhar, e nesse meio tempo Erick era uma presença constante, sempre com alguma desculpa, ora para saber como meu pai estava, ora para levar alguma coisa por sua mãe, ou saber se precisávamos de alguma coisa, era de certa forma irritante, estávamos naquela rotina a uma semana, e naquela tarde de sábado Erick apareceu novamente, dizendo que sua mãe faria um jantar naquela noite, e que queria a presença de nós três, não achei uma má ideia.