Inegável

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Capítulo 6

Ainda era meio confuso pensar em como eu estava me sentindo naquele momento, mas eu não odiava a sensação, era bom, Nick ainda estava olhando para mim, a confusão era nítida em seu rosto.

— Do que você está falando Vause?

— Eu tenho uma queda pela Piper, e isso é bom e estranho ao mesmo tempo, Nick, o que eu faço? 

— Uou, isso sim é uma grande notícia, achei que iria demorar mais um tempo para assumir que gosta dela, mas olha só onde estamos.

— Não é hora de sarcasmo Nickols, eu realmente estou perdida, droga, eu nunca me interessei por mulher alguma, e agora não consigo tirar ela da minha cabeça. - Me joguei no sofá dela e suspirei frustrada.

— Não sei para que tanto drama garota, não tem nada demais, chama ela para sair, sei lá, leva ela para jantar, ou só dar uma volta. - Ela deu de ombros e se levantou parando em minha frente.

— Você acha que ela aceitaria sair comigo?

— Qual é Vause, eu aposto que ela vai aceitar na hora. - Me levantei em um salto e abracei ela.

— Você é a melhor Nickols.

— Sem essa Vause, você percebeu sozinha, eu só dei uma sugestão.

Me despedi de Nick e voltei a meu apartamento para pegar minha mochila e o celular, naquele momento eu precisava bolar um jeito sutil de chama-la para sair, passei na cafeteria e peguei uma boa dose de café puro, e no caminho para o hospital continuei pensando e me preparando, e devia ter perguntado a Nick se existia a remota possibilidade de Piper gostar de garotas, seria cômico tentar convida-la para um encontro e receber um grande “Não, eu sou hetero”. 

Passei o resto do dia pensando em como abordar o assunto e não conseguia pensar em nada, atendi algumas pessoas durante meu turno, mas nada demais, no fim do turno enquanto eu trocava de roupa escutei meu celular tocando, estava dentro de minha mochila, o procurei e quando o encontrei quase tive um ataque ao ver que Piper estava me ligando, fiquei um pouco agitada andando de um lado ao outro e percebi que não podia perder mais tempo.

— Alex? Oi, é uma hora ruim? - Respirei fundo e sorri.

— Não, não, eu só estava trocando de roupa para ir para casa, mas como passou de ontem?

— Passei bem, e você?

— Bem, mas a que devo a honra de sua ligação senhorita? - perguntei enquanto pegava minha mochila e caminhava para fora do vestiário.

— Nada demais, só queria falar com você. - Sorri meio abobada com sua resposta.

— O que me diz de me acompanhar em um jantar, assim consegue matar toda essa saudade. - Falei brincando e a escutei rir.

— Você não é nada modesta Alex.

— Lamento senhorita Chapman, mas o que me diz, vai querer jantar com essa humilde pessoa que vos fala?

— Me sinto lisonjeada, e quando seria esse ilustre evento? 

— Vai estar ocupada nesse sábado?

— Hm, deixa só eu conferir. - Escutei barulho de páginas sendo viradas. - É, estou totalmente livre no sábado doutora Vause, então me diga, onde iremos jantar?

—Hm, bem, eu estava pensando em um restaurante japonês em que eu como com frequência, mas se você não gostar, eu posso pensar em outro lugar.

O caminho até vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora