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              Eu sentia a dor atravessar meu peito e ir parar para fora, como se eu estivesse cuspindo sangue, eu o sentia metálico dentro da minha garganta

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              Eu sentia a dor atravessar meu peito e ir parar para fora, como se eu estivesse cuspindo sangue, eu o sentia metálico dentro da minha garganta. Escorrendo pela minha boca, mas poderia ser só imaginação, era apenas algo retórico.

Todas as pessoas aqui, presentes no corredor da escola, vivendo suas vidas como se realmente houvessem bolhas que as separavam do resto do mundo. Eram apenas elas, vivendo felizes, sorrindo verdadeiramente e não tendo a dor infernal corroendo seus ossos até a morte. Por um momento eu senti medo ou, quase isso.

Por um momento eu senti que não deveria estar aqui, porque meu corpo dói e minha mente me derruba. Eu não quero estar aqui. Eu não quero sentir todo o vazio do meu peito me pressionando a cada instante. Eu queria ser como eles, queria estar feliz como eles, queria poder estar brincando no meio do corredor, sorrindo como as líderes de torcida, sendo amados como os jogadores de futebol e invejados como os jogadores de basquete.

Queria poder ter a astúcia das garotas da natação, o talento de alguém do teatro ou a inteligência e saber do clube de xadrez. Queria ter uma mente aberta para viajar por outro países e lugares fantásticos, queria poder ler e não me indentificar com a dor. Queria ser como o pequeno pássaro na vidraça do corredor, azul e preto, brilhando pelo verão e se sentindo alegre, pois ele estava cantando.

SILÊNCIO PERFEITO | ABADDON #1Onde histórias criam vida. Descubra agora