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Se passou mais duas horas até chegarmos em Orlands, a cidade parecia linda a noite, ela brilhava como uma estrela em meio a montanha

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Se passou mais duas horas até chegarmos em Orlands, a cidade parecia linda a noite, ela brilhava como uma estrela em meio a montanha. Era reluzente, as montanhas a cercavao como uma fortaleza. Era o tipo de lugar que faria seus olhos brilharem só de olhar, é o tipo de cidade que James vai morar. Ele vai se mudar pra cá no começo do outro ano e eu nunca vou poder falar o que realmente sinto em relação a nós.

Ou talvez eu simplesmente não sinta nada.

Damian ainda está roubando minha comida, sempre me cutucando para pegar mais.

O braço está quebrado, não me admira, ele vive se metendo com coisas erradas.

- Ei, eu quero chocolate! - Me cutucou de novo, era a décima vez. Eu poderia considerar me jogar do carro.

O tablete de chocolate é tomado da minha mão, levou tudo. Todo o meu chocolate, ele está procurando algum tipo de briga?

- Não! - Me viro no banco, para encara-lo na parte de trás do carro. - Me dá meu chocolate Damian.

Ele enfiou metade na boca, era enorme, na verdade tudo dele era muito grande. Braços, mãos, pernas. Todos malhados e eu comecei a odia-lo por ter força o suficiente para agarrar minha mão e fazer tudo doer.

- Você já comeu um. - Ele reclama, amassando o papel já vazio. - Isso é egoísmo docinho.

- James!

- Chega vocês dois! - Me viro para me acomodar no banco novamente, não tinha percebido, mas James estava suando demais. E o tempo estava frio demais. Está nervoso. - Vou te deixar em um hotel Katherine.

Encaro ele. Hotel? Não tenho certeza para o que papai me mandou ser trazida aqui, mas ficar um hotel não pareceu estar nas minhas melhores suposições.

- Você sabe o que tem que fazer. - Damian surgiu entre os vãos dos bancos, também estava escutando James, por isso ele apareceu do nada, era como monitora-lo. - Você acha que estou aqui atoa, merda? Faça o que tem que fazer agora James!

Deixei de olha-los, encarei as ruas, não estávamos mais no centro, estamos nos movendo para a área de má iluminação. Estávamos indo para fora da segurança de Orlands.

- O que está acontecendo?

Encarei ele e Damian, nenhum dos dois foram capazes de me ouvir ou de se quer me olhar, estavam concentrados no caminho. Em certo momento, Damian agarra um saco preto, remexendo dentro dele.

Os rostos deles estavam travados em algo desconhecido, não consegui entender completamente o que estava acontecendo. Mas estava raciocinando lentamente, chegando a uma conclusão óbvia. Estavam a mando do meu pai. A bile se espalhou na minha garganta, se movendo para o meu estômago. Iriam... Me matar? Não é possível, James nunca faria isso. Ele era,eu amigo?

Paramos em frente a uma casa velha, pareceu estar abandonada. Na mão de Damian apareceu uma arma, o cano de aço brilhava, ele entregou ao ruivo. Eles se encaram, os olhos verdes do garoto se arregalando a cada instante.

SILÊNCIO PERFEITO | ABADDON #1Onde histórias criam vida. Descubra agora