Perseguissão a luz da lua.

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Pov: Narrador

Noite fria, o inverno se aproximava e era bom ter um chá quente por perto. Noite fria, a lareira trazia a tona todo o calor que faltava em meu coração durante o triste outono. Uma triste noite fria...
Estava acostumado a viver com sua esposa em uma casinha simples no interior da Suíça, era sempre frio e o inverno era rigoroso, porém ele sempre teve a companhia de sua esposa... Sua bela esposa que partira no mês anterior.
Eles cuidavam de um rebanho, seu negócio era simples e eles viviam felizes com isso. Infelizmente, ele não pode mais se encontrar feliz... Estava esquentando o chá, a lareira estava acesa e as nuvens de inverno se aproximavam dia após dia. Ele não sabia como sobreviveria sem ela. Talvez ele não quisesse sobreviver sem ela...
Estava tudo pronto para uma noite confortante, já estava sentado em sua poltrona em quanto o retrato de sua amada se encontrava em cima de uma pequena mesinha.
Seu cachorro está latindo, as ovelhas fazem barulho, elas deveriam estar dentro do celeiro, marcy deveria estar aqui comigo. O barulho se intensificava, ele não queria ver o que estava acontecendo, odiava sair a fora em noites de fim de outono - era muito frio para um pobre velhinho.

- O que foi Marcy? - Perguntou o homem ao se cachorro. - Venha para a sala.

Os latidos de intensificavam...

- Marcy!? - gritou o homem. - O que está havendo com você?

O homem se levanta, ele caminha até o balcão onde sua espingarda está guardada e vai em direção à porta. Marcy rapidamente corre para dentro, algo a fora o assustou e o homem, infelizmente, gostaria de saber o que é.
Oh noite fria, aquela que não tem piedade nem daqueles que já estão frios...
O homem vai em direção às ovelhas, elas estão fora do celeiro, estão espalhadas pelo gramado, estão perto da mata de alfante, a mata que o homem nunca ousou chegar perto.
Ele às recolheu, as guardou, mas havia aquelas fujonas, aquelas atrevidas que gostariam de um gramado mais alto.

- Ei, ei, ei, ei. Mocinha, volte já aqui. - O homem se aproximava da ovelha, pequena maldita que estava faminta. A ovelha correu mata a dentro, o homem não poderia perder um membro de seu rebanho. Ele foi atrás da ovelha efêmera, ovelha atrevida.
Estava escuro, estava frio, péssima noite fria, péssimo momento para estar frio.
O lugar era úmido e o cheiro de carniça estava presente, não havia sinal algum da ovelha fujona e sons estranhos se propagavam no ar.
Rosnados e mais rosnados, talvez fosse um lobo, talvez fosse algo mais...
Cada vez mais perto, a cada respiração, a cada passo, "aquilo" estava cada vez mais perto.
O homem disparou a correr
O medo tomando conta de seu corpo
O terror lhe consumindo os ossos.
Seus pés estavam cansandos, vividos.
Mal viu as raízes saltadas de uma árvore.
Ele tropeçou, seu pé estava preso e sua mente estava desesperada.
O rosnado estava cada vez mais perto, mais perto, mais perto... Ele sentia seu hálito...

- Meu Deus, Marta... - O homem murmurou antes da criatura arrancar sua coluna vertebral com uma única mordida.

...

Seus olhos saltaram com o terror, ela estava suada e se coração estava acelerado.

- Meu Deus... - Sussurrou Powder após acordar de seu terrível pesadelo. Parecia tão real. - Meu Deus... O que qu...

O despertador tocava, eram 05:30 da manhã. Por sorte não acordou as 03:30 da manhã como era de costume.

- Tão cedo...

Powder se levanta a contra gosto e se espreguiça de uma forma desajeitada, agora a espera de seu dia fora do normal. Ela não estava mais matriculada em uma escola, pelo menos não em uma escola humana, tudo o que aconteceuno dia anterior não pareceu tão emocionante quanto viu nos livros; lá era tudo tão mágico, tudo tão... Magnífico. Mas para ela, a sua nova realidade parece um pouco entediante, parece menor, ela parece menor.
Alguém que não sabe que é, é uma pessoa perdida.
Ela sempre ouvia isso...
Ela estava perdida nessa realidade nova então? Ou ela somente não pertencia a ela?
Ela desce as escadas, seu corpo está cansado pois a noite foi completamente perdida com pesadelos, logo seus passos são pesados.
A primeira coisa que escuta é o som da televisão, é um noticiário dos bairros de Piltover.

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