Capítulo 6 : Sabor da proteção

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Felicidade, é sorrir após um abraço sincero, é aquilo que encaixa perfeitamente no seu sorriso, é amar e ser amado. A felicidade é clandestina, então devemos aproveitar bem as visitas que ela faz em nossa vida.

Mas na minha, julgo dizer que ela nunca apareceu, ela nunca bateu na minha porta, ela nunca foi sincera, ela nunca se encaixou na minha alma, e eu jamais a aproveitei.

Solidão e imensidão, seriam duas palavras que eu usaria para descrever agora. Sentada no colo de um homem que tem idade para ser meu avô, mas que não aguentaria nada porque provavelmente seu coração deve está fraco, mesmo assim ele vem a esse lugar passar a mão em garotas frágeis.

— Você é muito linda, mocinha — O velho diz, resvalando as mãos grossas, firmes e nada suaves pela minha coxa. Sinto meus lábios ficando amargos, meu corpo parando, ficando frio e morto. Era como se eu fosse uma criança e tivessem-me jogado em um quarto escuro, apontado o dedo e dizendo " Não saía daí " Então me encolhi no canto mais escuro do cômodo. — Ops, minha chave caíu, pode pegar pro velho aqui? — O homem sorri sugestivo, mas eu sabia da sua intenção.

Eu não queria causar confusão nem tumulto como da última vez, para isso me submeti a sua vontade, porém, agachei-me de cócoras para pegar suas chaves.

— Assim não lindinha — O velho curvou os lábios em outro sorriso mal intencionado, então levantei mais a bunda e ele olhou para a minha mini-saia, descendo o olhar. Virando de costas, o velho bateu em suas coxas, para que eu senta-se novamente em seu colo. — Você tem cheiro de cereja — Revelou o homem, espetando o nariz no meu pescoço, enquanto sua barba me incomodava.

Aquilo foi um gatilho para eu lembrar de, Chaeyoung, e da noite no drive-in, como previsto, ela passou a me ignorar, e me evitar, depois boatos correram que ela estava "explorando" os locais da escola com, Chanyeol. Resumindo eles estavam transando por aí. Eu não acredito que ele a colocou nessa imagem, como se fosse uma puta sedenta.

Eu tinha a certeza que, Chanyeol era um bom partido para, Chaeyoung, mas estou começando a duvidar.

— Jennie, sua putinha de merda — Um homem alterado, entra pelo meu local de trabalho, com os olhos extremamente vermelhos e fungando o nariz, pelo susto, salto do colo do velho em que eu estava sentada, e ele não fica nada feliz. — Achou que ia me separar da sua mãe e ía ficar livre de mim?

Não, não, ele não.

— Então aqui é seu lugar de trabalho? — Ele sorri irônico. — Eu sempre soube que você ía virar uma promíscua.

— Ei, eu paguei por ela por hoje. Se quiser ela volte amanhã — O velho se pronuncia, irritado.

— Cala boca, velhote — Meu ex-padrasto o da um soco, fazendo o homem não ter sustentação e cair para trás. Outros clientes do local vem ao seu socorro, entro em desespero e puxo o homem que me desferia palavras ofensivas para um beco.

— O que você quer, Lee? — Pergunto, amedrontada, segurando o choro. Só então percebo o homem sacar um canivete e apontar na direção da minha barriga. Suas pupilas estavam dilatadas, estava claro que ele estava sob a base de drogas.

— Dinheiro, mas se não puder me pagar, eu aceito outra forma de pagamento — Instila, levando meus braços acima da minha cabeça, agarrando meus pulsos com força. — Agora que você é praticamente uma prostituta, não vai ter problema em me dá. — Eu não era uma prostituta, apenas deixavam homens passar a mão em mim por dinheiro, nunca me relacionei com nenhum deles.

Esse foi o estrago que você fez na minha vida, Lee.

Só quando ele separou minhas pernas e foi desabotoando minha blusa, que eu voltei a realidade, estando ciente do que aconteceria. Se eu gritasse, alguém viria ao meu socorro? Se eu o olhasse com apelo, ele pararia? Teria dó de mim?

Sabor De Cereja - Chaennie Onde histórias criam vida. Descubra agora