Capítulo 2 : Sabor impróprio

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Oi,oi Darlings, passando para postar mais um capítulo para vocês esse sábado e também desejar feliz dia das crianças (meio atrasado) para nossas crianças internas mesmo que tenhamos crescido.

Uma boa leitura e curtam o final se semana!

Já faz cerca de alguns minutos que estamos paradas, Chaeyoung, totalmente sem reação e com as bochechas complemente vermelhas, ela gagueja várias vezes antes de iniciar alguma conversa, então desiste e bufa frustrada.

O banheiro, bem ventilado, começa a ficar calor, e não é pelas nossas temperaturas corporais ou porque Chaeyoung está com vergonha e eu muito mais de ter feito a pergunta na impulsividade, não, não é nada disso.

É simplesmente pelo calor que está lá fora e que faz nós duas tirar o blazer ao mesmo tempo.

— Por que pergunta isso? — Interroga, com os cantos dos olhos franzidos.

Penso em sair pela aquela porta, voltar a sala de karaokê, e sentar-me a cadeira, fingindo que essa pergunta tornou-se imaginária, que foi apenas uma ilusão de nossas cabeças.

Chaeyoung, aparenta querer um retorno, todavia, ela bate seus pés sobre o chão e coloca as mãos sobre a cintura. Isso fica excitante, e me pego olhando suas pernas, mas quando noto, trato de agitar a cabeça.

— É só uma curiosidade, eu nunca beijei meninas, gostaria de saber como é. — Tropeço sobre minhas próprias palavras, no entanto, Chaeyoung, suaviza sua expressão.

— Você pode beijar o espelho, vai tá beijando você mesma e você é uma garota — Ela diz simplista, como se fosse algo lógico, porém beijar o espelho não é o mesmo de sentir a textura e gosto do beijo de alguém.

Suspiro pesado, e já não sei o que fazer ou como agir, á princípio, Chaeyoung, tem as sobrancelhas franzidas, esfregando suas bochechas.

Eu não quero sentir o beijo de qualquer garota, e sim de Chaeyoung, ela parece não entender, nem entendo essa vontade absurda, nesse exato momento eu deveria estar beijando Kai, mas estou fazendo uma ridícula pergunta para quem não vai me ajudar em nada.

Tenho ódio de mim por está ansiando por um beijo da minha melhor amiga, isso não é normal.

É apenas uma curiosidade, Jennie, passará.

— Você quer que eu te beije? — O som da sua voz oscilante e interrogativa, passa como um projetor dentro do meu cérebro, e já não sei distinguir se faz parte da realidade ou se estou sonhando acordada.

Minha visão até fica escura, porém logo recobro os sentidos com medo que ela mude de ideia.

— Pra valer? Com direito a tudo? — Chaeyoung, fica mais vermelha ainda, igual uma cereja, com um tom escarlate e aposto que ela quer cavar um buraco ali mesmo no chão do banheiro e enterrar-se.

Será necessário apenas um beijo para que todo esse tesão passe, para que eu volte a olhar, Chaeyoung, com os mesmos olhos inocentes e genuínos que eu olhava, como a garotinha que me convidou para brincar com ela quando ninguém mais quis.

— Sim, Jennie, pra valer, mas você não pode contar isso pra ninguém 

Eu jamais contaria, as pessoas olham para nós, como garotas intocáveis, com um futuro alcançável, Chaeyoung até é, mas eu estou simplesmente escondida atrás dos passos dela, e como é dessa maneira, as pessoas da escola me englobam a Chaeyoung.

Mal sabem que estou escondida por meio de uma máscara.

Chaeyoung dá um passo a frente, e acabo assustando-me dando um passo para trás, contudo, ela me agarra pela mangá da camisa, para que eu não fuja e nem seria agora que eu faria isso.

Ela parece ter o mapa do meu corpo, pelo jeito certo de onde leva as suas mãos, tem até experiência, embora, Chaeyoung, tenha beijado só garotos.

— O que tenho que fazer? — Questiono e ela sorri, como fosse uma pergunta boba.

— Simples, só me beija como você beija o Kai — Chaeyoung, não dá tempo para que eu tenha qualquer conduta, por conseguinte seus lábios alcançam os meus, e uma explosão acontece dentro do meu coração, arde tão quente que eu diria que é o sol que habita ali dentro, mas é apenas o efeito dos seus lábios quentes.

Antes que o beijo acabe e eu não tenha desfrutado de nada, seguro em seu pescoço, e tudo em, Chaeyoung, cheira cereija e tem formato de cereija, desde do perfume que impregna em sua pele e não sai mais, até os seus cabelos vermelhos, que não são só idênticos a cor da cereija como tem cheiro.

Sem contar sua boca, com o formato e o gosto doce da cereja, que derrete na boca como o simples líquido vermelho.

Algo chega a borbulha dentro de mim, e estouram como balões. Meu peito chega a estufar quando seu beijo ardoso e libidinoso rende todo o meu corpo a sua boca.

Todas as sensações e sentimentos flutuam para o espaço quando, Chaeyoung, desencosta sua boca da minha. 

— Seus lábios… — Fala, passando o polegar sobre eles, que agora devem estar vermelhos, só não estão manchados porque não estamos de batom, caso contrário levantaríamos suspeitas. — São macios.

— Os seus têm gosto de cereja — Revelo, e ela ergue os lábios. — Você disse que o beijo valia tudo, mas não me beijou de língua. — Falo, e arrependo-me, pois Chaeyoung deve saber das minhas intenções.

Espero que ela leve isso como uma mera curiosidade, como estou levando.

— Que um segundo beijo? — Concordo, então tudo que havia ido embora, volta novamente com sua língua sobre a minha, e sem malícia sua mão escorrega pela minha saia, apertando por cima do tecido..... Tá bom, talvez tenha sido com malícia.

Xingo a mim mesma por está usando, Chaeyoung, para satisfazer um fetiche meu, mas sinto que não sou a única que está sendo usada.

— Você beija muito bem, Jennie. — Expõe, voltando a normalidade, e ela age como se nada tivesse acontecido.

Conforme, estamos voltando pelo corredor, com eu com o maior sentimento de pudor, entendo o como isso foi errado e que jamais acontecerá novamente.

É… Parece que voltei a ser a, Jennie, de antes.

Sabor De Cereja - Chaennie Onde histórias criam vida. Descubra agora