Sabor De Cereja - Chaennie

Capítulo 10 : Sabor do rosa

Antes de darmos início a fanfic, gostaria de agradecer a todos que leem, votam e comentam, vocês são incríveis e graças a vocês a fic ficou em primeiro lugar em chaennie. É bom saber que estão gostando, pois eu amo escrever sobre essas duas.

Boa leitura e um beijo estrelado 😚⭐️

●

Eu simplesmente amava o festival das flores de cerejeiras, mas o fato de Kai e Chanyeol estarem presentes, já não me fazem amar tanto assim. Chaeyoung, disse que seria só nós duas, mas os rapazes acabaram por se convidar. E agora tenho que assistir à cena da Park na frente da bicicleta, enquanto seu noivo a pedala e em seu gravador ela escuta Crush do Cigarretes After Sex.

Enquanto Kai, dispara ao falar ao meu lado, fico embasada em como os cabelos rosa de Chaeyoung mexem ao mesmo tempo que as árvores de cerejeiras, em como ela aprecia o ar, a vida e tudo ao seu redor.

Como Seol é o principal centro de atração para o festival e sempre fica cheio, principalmente de turistas, tivemos que nos deslocar para a Ilha de Jeju, já que aqui Kai tem a casa de praia da sua família.

— O que acham de descermos até a praia? — Chanyeol sugere e todos concordam, mas antes que eu voltasse a ver aquela cena que me embrulhava o estômago, falo algo que chama a atenção de todos:

— Chanyeol, agora eu levo a Chaeyoung na bicicleta — Ele hesita por alguns instantes com a mão no freio, mas finalmente o solta.

— Tá bom 

Quando sou eu que assumo o controle da bicicleta, Chaeyoung abaixa o som da música para somente eu e ela escutarmos, então tenho a confirmação de que aquela música era para mim.

Assim que chegamos a areia da praia, os garotos tiram suas camisas e exibem seus poucos músculos entrando na água. Finalmente nós livramos deles.

A praia estava vazia e silenciosa, os únicos sons eram das ondas fracas de um mar tranquilo e dos dois idiotas jogando água um no outro. E logo após o som da risada de Chaeyoung rindo dos garotos. Eu estava deitada e Park ao meu lado, pouco me importando com a areia que grudava no meu cabelo ou com o vento frio que vazia minha pele se arrepiar. 

— Jennie, eu amo o mar — Chaeyoung me confidencia em um sussurro, como se fosse um segredo. Nós rimos juntas, pois ela costumava dizer isso toda vez que vinhamos a praia escondidas dos nossos pais.

Eu nunca entendi porque esse lugar para ela se tornava especial, mas compreendi que ela amava a suavidade em que o vento batia em seu rosto, como um beijo e o cheiro doce de água salgada.

Chaeyoung, não amava as tempestades em alto mar e o desconhecido que habita nas profundezas. E eu sempre fui pesada demais para tocá-lá e medo de deixá-la ferida.

Eu me afogo nas dores que me puxam para baixo, corro para longe de quem tenta se aproximar... — não porque falta espaço em mim, eu também sei ser imensa—… embora, Park eu tenha deixado ficar.

Mas não é justo que alguém morra sem fôlego só porque não sabe nadar. Há muito navios atravessando minhas águas e não sou firme o bastante para que alguns deles desistam de zarpar e me ofereçam a âncora.

— Chaeyoungie, alguma vez você já quis parar de ser minha amiga? — A pergunta fez ela pausar a música e levantar-se, ficando de lado na areia, me olhando com as sobrancelhas arqueadas e lábios que escondiam a curvatura de um possível riso, que ela soltou por seguinte.

— Claro que não, Unnie. Não diga uma coisa dessas.

— Mas se algum dia, você quiser ir, você tem... — Não consigo dar continuidade, pois Chaeyoung segurava em meus ombros, me prensando para baixo e colocando cada perna ao lado da minha cintura.

Deixando um selinho nos meus lábios que se tornou um beijo que a contra vontade cedi, e em pouco tempo eu queria tocar aquela pele macia e tê-la perto de mim, mas eu não podia e tinha que lembrar Chaeyoung disso também.

— Chaeyoung, o que tá fazendo? Eles poderiam ter visto — A repreendo quando a giro na areia.

— Essa era a única maneira de você não falar besteiras. Eu nunca vou te deixar. — Eu iria responder aquilo, se não fosse por uma figura alta, nós fazendo sombra e com uma câmera fotográfica em mãos.

— Parece que te achei até fora da escola, que bom, porque da última vez você fugiu de mim — A voz feminina diz e eu levanto pálida, quase cambaleando na areia.

— Me perseguindo?

— Eu chamaria isso de coincidência. A propósito sou, Lisa — Me cumprimenta se curvando e faço o mesmo, tentando ser gentil.

— Jennie. E essa é Park Chaeyoung, minha melhor amiga — Apresento, Chaeyoung que até então está com as sobrancelhas franzidas. — Lisa é aluna estrangeira — A explico.

— Sim, tô no segundo ano

— E como conheceu ela? — Park, interroga semi-cerrando os olhos.

— É uma longa história — Sou rápida em dizer. No entanto, o clima é cortado por Kai e Chanyeol que saem da água tremendo com os corpos gelados e estranham a presença de uma terceira figura feminina.

— Quem é essa? — Kai, sussurra para Chanyeol que está ao seu lado, como se não estivéssemos escutados.

— Deve ser a aluna estrangeira do segundo ano.

— Olá, eu sou Kai, namorado da Jennie — Eu odeio esse título que alto se rótula.

— E eu sou Chanyeol, namorado da Chaeyoung.

— É um prazer conhecer vocês — Lisa, sorri.

— Você veio de onde? — Chaeyoung, arqueia a sobrancelha, e levanta da areia para ficar em pé igual a todos.

— Tailândia.

— Aí, Lisa, você pode tirar uma foto de nós quatro? — Chanyeol a grita de longe já que agora ele está perto da borda do mar é a água bate em seus calcanhares. Lisa, apenas afirma com a cabeça.

Nós juntamos perto ao mar, enquanto as ondas aumentavam pelo vento e debatiam-se contra as rochas, então depois de alguns "clicks" Lisa tirou duas fotos nossas que saíram em Polaroid.

— Lisa, pode tirar uma foto minha e da Jennie? — Lisa, acena que sim, então, Chaeyoung me puxa pelo braço e me faz colocar a mão em sua cintura, deixando nossos corpos lado a lado. 

Outra Polaroid é imprimida da câmera, e Lisa me entrega, não consigo conter em sorrir para aquela foto.

— Você gosta dela não, é? — Lisa, pergunta em um tom de voz considerável, já que os garotos estão fazendo "lutinha" em outro canto na areia.

— Claro, ela é minha melhor amiga — Expresso como o óbvio.

— Não dessa forma, você gosta dela como namorada. E eu sei que pra você possa ser difícil admitir porque afinal de contas ela é sua melhor amiga.

— Crescemos juntas, temos namorados e além do mais a Coreia é um país conservador, e eu tenho certeza que os pais dela não permitiriam, não criaram ela pra isso, eu os conheço.

— Então, você vai deixar as coisas assim?

— Sim, Lisa. Tentar algo é dá muro em ponta de faca.

— Tá bom — Lisa, não insiste e solta um suspiro derrotada. — Eu vou indo, se despeça deles por mim — Diz, mas antes de ir, ela tira uma fotografia do bolso e é de momentos depois após Park ter me beijado e falado que não iria me deixar. — Eu só queria dizer que o modo que ela olha pra você, não é o mesmo olhar que ela olha o namorado dela. — Declara e sai caminhando pela areia após me deixar com aquela imagem.