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O natal finalmente chegou. Jungkook odiava essa época do ano porque tinha que conversar com familiares que apenas fingiam se importar consigo e sua família, mas por trás destilavam ódio e fofocas, principalmente por parte da família de seu pai. Todavia, aquele ano era diferente, seus pais decidiram comemorar o natal em casa apenas com os seus filhos, era algo mais entre família e, pela insistência de sua Mãe, chamou Seokjin — e ficou extremamente feliz que sua Mãe dera a ideia.

Era a primeira festa de natal feita na casa e organizada pelos Jeon, uma confusão atrás da outra para organizar tudo, sua irmã não sabia como decorar a árvore de natal gigante que seu pai comprara, enquanto sua Mãe tentava a todo custo fazer o peru assar direito na cozinha. Jungkook e seu pai estavam organizando os presentes, seriam apenas cinco pessoas naquela casa, mas eram tantos presentes que ele se perguntava se viria mais gente. No final, tudo deu certo, Jihyo conseguiu decorar a árvore do jeito que dava e sua Mãe conseguiu preparar a ceia ou, pelo menos, parte dela.

Jungkook roía as unhas ansioso para a chegada de Seokjin, ele estava nervoso por conta de ser o primeiro evento que passariam juntos, ainda mais com sua família. A campainha tocou e Jungkook se desesperou, ele não conseguia atender de tão nervoso que estava, tinha medo que Seokjin achasse sua família ruim já que era a segunda vez que ele os via, pensava que seus pais iriam a qualquer momento começar a brigarem e, por algum motivo, desgostar de Seokjin, principalmente porque o Kim não teria tantas condições de dar presentes caros.

Seu medo era em vão, sua Mãe adorava Seokjin só pelo pouco que conhecia e seu pai o achava uma ótima influência, não tinha dinheiro que mudasse suas opiniões; sua irmã o suficiente sobre Seokjin por conta de Yoongi, ela, de todos, era quem estava mais feliz pelo namoro do irmão, não só por saber quem Seokjin era, mas também por ver seu irmão podendo se libertar das amarras do passado e viver o amor.

Jungkook deixou a ansiedade de lado e foi atender — passando um pouco agressivo por sua Mãe que já ia fazer isso. Ele teve uma quebra brusca de expectativa quando, ao abrir o portão, encontrou um rapaz desconhecido em vez de Seokjin. Ele logo reconheceu aqueles rosto que vira apenas uma vez e a lembrança de sua irmã comentando que estava namorando, mas Jungkook estava tão envolvido com seus próprios problemas que não deu muita atenção.

— Ah, oi — disse Jungkook, meio sem jeito.  — Você deve ser o namorado da Jihyo... — seu desânimo era notável.

Não podia deixar de sentir ciúmes e insegurança ao pensar que sua irmã estava namorando com alguém que ele não conhecia e, acima de tudo, sentia medo que ele poderia poderia ocupar o lugar que dele e sua irmã não dar-lhe mais tanta atenção. Apesar disso, tentou disfarçar a sua expressão, não queria parecer rude com o rapaz que estava ali para comemorar o Natal com a sua família.

— Sim, sou Kang Daniel. Prazer em conhecê-lo — respondeu o rapaz, estendendo a mão.

Jungkook apertou a mão dele, sem muita vontade, e os dois entraram na casa. Ele tentou disfarçar sua confusão, tentando entender porque Seokjin ainda não tinha chegado. Entretanto logo percebeu que sua irmã estava radiante ao lado do namorado, e isso o deixou um pouco mais confortável, mas ainda cheio de ciúmes.

As horas passavam, estava quase na hora da ceia e nenhum sinal de Seokjin. Seu pais conversavam animadamente com o namorado de Jihyo, conhecendo-o, enquanto Jungkook ficava apenas observando e preocupado com Seokjin. E se ele tivesse sofrido um acidente? E se ele simplesmente não quis mais ir e não avisou? E se seu pai o prendeu em casa? E se ele tivesse enjoado de Jungkook e aquilo era um prenúncio para o término? Sua cabeça estava a mil e Jihyo percebeu que o irmão estava aéreo — principalmente porque ele não estava pegando no pé de Daniel para constrangê-lo assim como fazia com Yoongi.

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