▪︎ Capítulo 1 ▪︎

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Natasha estava com a risada engasgada quando acordou naquela manhã. Um corpo pesado e desleixado a empurrava para fora da cama. Nada muito fora do comum.

Como de costume, se levantou estrategicamente e conseguiu sair da cama sem acordar o homem. Depois de tanto tempo se esquivando e escapando de corpos em sua cama pela manhã, se ganha experiência e acaba ficando cada vez mais fácil.

Soltando um bocejo e pondo a mão na frente, ela foi até o banheiro de seu apartamento. Encheu uma concha de água com suas mãos e lavou o rosto, tirando remelas e umedecendo a boca seca. Escovou os dentes e penteou os cabelos ruivos, certificando que não estaria parecendo um ninho como estava antes. Finalizou espalhando um pingo de base na cara e hidratante labial na boca.

Sentou-se na cama e sorriu, derrubando o celular no chão de propósito para acordar seu último parceiro sexual. Ele se remexeu entre as cobertas e virou para encarar Natasha.

— Você consegue ser linda até de manhã — ele sorriu sonolento. 

— Obrigada! — ela fez questão de sorrir o bastante para que ele visse os dentes brancos e sentisse o hálito de menta — Acabei de acordar, mas pensei que seria uma boa tomar café da manhã comigo.

— Eu tenho que estar no escritório às cinco — avisou... Como era o nome dele mesmo? Ela havia esquecido completamente.

— Vou fazer waffles! 

Aquela fala o convenceu.Natasha sorriu e o deixou na cama enquanto ia para a cozinha, saltitante e esperançosa que seu plano fosse dar certo. Durante todo o tempo que bagunçava sua pia com louças e quase se queimava no fogão para fritar as panquecas, ouviu os sons do sujeito que não lembrava o nome se arrumando em seu quarto, provavelmente vestindo a roupa e recolhendo seus pertences.

Quando ele apareceu na cozinha, a mesa já estava com uma pilha de panquecas e uma garrafa com café. Ela tinha se dedicado em colocar frutas e calda de chocolate, para agradar ainda mais. 

— Está cheirando muito bom, baby — ele elogiou.

— Veja se o sabor está tão bom quanto — ela incentivou com um sorriso, enchendo uma xícara de café para... Puta merda, como era o nome dele?

— Hum... — mastigou a massa macia e acenou com a cabeça, aprovando o que comia — Delicioso.

— Que bom — Natasha tossiu forçadamente — Então, eu estava pensando... 

— Pode me passar a calda? — pediu, a interrompendo. Por Deus, qual era o nome?!

— Como eu ia dizendo... está pensando se você não poderia ser meu par no casamento da minha irmã — assim que ela disse isso, o rapaz a encarou enquanto mastigava mais devagar — Eu juro que vai ter panquecas lá também.

— Baby, eu não acho uma boa ideia — a velocidade que ele negou a fez desmanchar um pouco o sorriso — Não foi isso que combinamos. Está ficando muito sério.

— Está me dizendo que você me comendo de lado na noite passada não foi sério? — ela tinha que apelar para o ponto sexual, sempre quebrava os homens.

— Ok, seus pais vão estar lá? 

— Você está mesmo me perguntando isso? É o casamento da filha preferida.

— Desculpe, baby. Não posso fazer isso — ele se levantou da cadeira, olhando para o prato agora vazio — Mas se quiser me encontrar para algo mais parecido como o da noite passada ou das duas últimas semanas, estou dentro. Quero distância de compromissos, mas gostaria de comer suas panquecas novamente, são boas.

O cara que ela ainda não fazia ideia de qual era o nome, saiu pela sua porta carregando uma bolsa nas costas. Ela acompanhou a saída dele e suspirou.

— Qual é a merda do seu nome?! — exclamou para que ele escutasse enquanto descia as escadas.

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