Clara

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Uma correria, como sempre. Tinha conseguido o voo de última hora, iria chegar quase em cima do horário, mas o importante é chegar!!!

 Assim que fomos liberadas do avião, fomos pegar as malas, milhares delas, tive até que pagar a mais. Coloquei todas no carrinho, e fui empurrando até a saída, Tatiana vinha atrás com sua mochila e mala de mão.

- Que saudades - corri pra abraçar o Cleiton
- Porra, até que enfim voltaram - ri e ele abraçou a Tati

Colocamos as malas no carro, Tatiana teve que vir na frente comigo. Pelo menos não pegamos nenhuma blitz no caminho.

Fiquei mais tempo que o esperado em São Paulo, mas foi pro bem, porém doeu ter que ficar tanto tempo longe da minha família. E eu falei que não iria conseguir voltar antes do ano novo, mas aqui estamos nós na véspera do Natal. Minha avó vai surtar quando nos vê.

Nesse tempo que fiquei lá, eu deixei minha casa alugada, não tinha o porque deixar ela parada sem gerar lucro. E com o dinheiro dela, consegui alugar outra aqui dentro, tem uns dois meses só, pedi pro Cleiton ir reformando pra mim, deixando do jeitinho que eu gosto. Mas foi tudo feito na encolha, pra ninguém ficar colocando o olho grande.

Eu ia deixar só pra conhecer nosso novo lar depois, porém tava ansiosa e me dei a desculpa de que seria necessário guardar as malas logo kkkk pedi pro Cleiton nos levar lá. Aproveitei pra dar uma olhada por cima e já estava amando.

- Bora Clara, quinze minutos - falou no portão, tranquei a casa e saímos
- Minha avó tá me ligando - vi meu celular tocar, deixei tocar, ela vai pirar

Entramos no carro de volta e seguimos pra casa dela. Cleiton deixou o carro estacionado e fomos subindo o beco andando. Tatiana já saiu correndo, nem pensou em nada.

- Eu não acredito! - Bruna gritou e veio me abraçando

Meus primos estavam do lado de fora como sempre, fui abraçando todos, que estavam chocados. O único que sabia que estávamos voltando era o Cleiton.

Quando entrei na casa da minha avó, a Tatiana já estava agarrada nela, ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas. Abracei a mesma, que começou a soluçar no meu ombro. E eu segurando pra não chorar junto.

Logo começou a regressiva, minha avó juntou todo mundo na cozinha, fez a oração e agradeceu por nós termos voltado. E eu já fui fazendo meu prato quando a mesa foi liberada, que saudades que eu estava dessa comida. Repeti, óbvio. Já tinham me dado um copo de cerveja, nem amo.

💬

Winx 🧚🏻

eu: Brota e convoca que eu tô de volta🤪(enviei uma foto)

Rebecca: MENTIRAAAAA, tô indo

Ingrid: Só pq eu tô na pistaaaaa

Ingrid: Viadaaaaaa

Ingrid: Vou voltar pra irmos pro baile, fodaseee

eu: Brota brota

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Pedi pra tirarem uma foto minha, postar que eu voltei né, fazer mídia.

@claraporto Tô de volta, hein 🥳 - em Rio de Janeiro

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@claraporto Tô de volta, hein 🥳 - em Rio de Janeiro.

- PUTA QUE PARIU! - Rebecca chegou me abraçando tão forte que quase caímos - Que mulher é essa, senhor - me fez dar uma voltinha
- E tu? Maravilhosa como sempre - nos abraçamos mais uma vez - Aí que saudades que eu tava
- Imagina eu - sorri

Fizemos aquela média de ficar fazendo sala pra família. Mas na verdade só estávamos esperando a Ingrid chegar. Nem precisei falar pra minha avó ficar com a Tatiana, ela não ia deixar eu tirar ela de perto nem tão cedo. O que seria ótimo pra eu reorganizar minha vida.

Descemos pra encontrar a Ingrid no começo do beco, foi uma agarração igual a Rebecca fez, estava com tanta saudade dessas garotas. Meus primos vieram com a gente também, mó tropão do jeito que eu gosto.

Assim que chegamos no campo, fomos direto comprar as bebidas, vários baldes de cerveja. Paramos num local perto do banheiro, falei que não queria ter que ficar andando um tempão pra chegar no banheiro e que eu não iria embora tão cedo.

Até do baile eu estava com saudades. Em São Paulo era muito difícil eu sair, nunca tinha ninguém pra ficar com a Tatiana, fora que eu não confiava em ninguém,né.

As meninas foram me atualizando das novidades. Ingrid e Dudu estavam num namoro firme, isso eu já tinha visto pelas fotos dos dois apaixonados. Rebecca com vários contatinhos como sempre.

- Brenda virou fiel do Rato - Rebecca falou e Ingrid só concordou, senti um leve desconforto não vou negar, mas depois que fui embora, nunca mais nos falamos, eu tive vontade, porém deixei pra lá
- Eles já estavam juntos, né - falei - Só oficializaram - forcei um sorriso - Mas vamos beber porra, comemorar que eu tô de volta - elas deram uns gritinhos e brindamos

Baile de natal, óbvio que teria atração, Poze do Rodo, ele só iria cantar no amanhecer, porém já estava lotado e iria encher mais. Do nada a Brenda chamou a Ingrid pro camarote, falou que tinha um vazio pra gente. Meus primos não quiseram ir, eles estavam com uns contatinhos, então só íamos as meninas, arrastei minhas primas também pra elas não ficarem dependendo deles.

Fomos andando até a subida do camarote, cada uma segurando duas long neck, não deixaríamos pra trás, dinheiro ainda não dá em árvore. Estava uma fila, segurança batendo neurose com um grupo, mas a Brenda estava esperando a gente, então subimos com vários olhares de ódio.

- E aí, gata - Brenda falou, cumprimentei a mesma
- Tudo bom? - forçou um sorriso, fiz o mesmo

Seguimos ela, que entrou num camarote vazio. Ela falou que viriam trazer cerveja pra gente, pra só curtirmos. Bem mulher de envolvido mesmo. Um camarote só de mulher e o Dudu, mas ele e Ingrid estavam agarrados.

Estava um calor, e eu bebendo cerveja como se fosse água. Mas estava bem gelada né, não tem jeito. E que falta estava me fazendo esse calor do Rio. Coloquei o casaco na cintura, ia ter que parar com o outfit. Dançava com as meninas, sem nem ligar pra nada.

- Olha esse macho com o Rato, pego firme tá - Rebecca falou no meu ouvido, estávamos na grade e olhei pra trás na hora que ele estava me olhando, nem olhei o amigo, mantive o olhar nele que deu um sorriso de lado bem xoxo e eu virei pra frente
- Vai que é tua - riu negando
- Eu tento sair dessa vida, amiga - dei um gole na bebida e olhei de volta pra trás, Brenda estava na frente dele, que estava com a mão na sua cintura, virei a cerveja que ainda tinha e deixei de canto

Já estava com vontade de ir no banheiro, mas estava me segurando, então fui logo saindo indo pro mesmo. Quando eu passei, ele me encarou firme, mas fiz a kátia cega. 

A fila como sempre estava cheia, nada novo. Mas logo foi minha vez. 

Estava voltando pro camarote, desviando das pessoas, quando do nada puxaram meu braço. Olhei e era o Rato, estava de cantinho, me puxou pra ficar de frente pra ele pra eu sair do meio do corredor.

- Fala mais comigo não? - sorri fraco - Virou patricinha agora, né?!
- Sempre fui, né? - negou, o olho dele estava baixinho - Como tu tá?
- Tô mec, po - balancei a cabeça - Mas depois a gente para pra conversar
- Conversar o que? - franzi a sobrancelha e cruzei os braços, ele ficava olhando pros lados - Ninguém sabe o que aconteceu, pode ficar tranquilo - forcei um sorriso, dei dois tapinhas no ombro dele e dei as costas, mas ele segurou meu braço de novo
- Qual foi? Voltou mais mandada que antes?
- Tu tá aí todo preocupado se tem alguém vendo a gente, melhor a gente nem se falar - arqueou a sobrancelha
- Tá ficando maluca?
- Tchau, Kauã - saí rápido antes dele fazer algo

Quando eu estava voltando pro camarote a Brenda estava indo atrás dele, imagino eu. Peguei uma long neck e dei um bom gole voltando pra grade.

O Poze começou a cantar e eu já estava morta de cansada, de tanto dançar na intenção do Rato, não sei porque eu estava me submetendo a isso. Mas acho que é culpa do álcool. Só pode ser.

Antes mesmo do Poze acabar de cantar, eu e as meninas decidimos ir embora. Ingrid e Dudu iriam pra casa dela, minhas primas pegaram moto táxi pra casa e eu obriguei a Rebecca ir comigo pra minha.

Depois que eu te vi [PAUSADA!]Onde histórias criam vida. Descubra agora