Clara está de volta ao RJ e luta para se adaptar à sua nova vida de jovem adulta. À medida que o mundo de Clara continua a evoluir, ela enfrenta desafios como equilibrar suas crescentes amizades e sua vida amorosa com a responsabilidade de criar sua...
Acordei com o sol filtrando através das cortinas, tingindo o quarto com um tom suave de dourado. O dia anterior ainda estava fresco na minha mente, uma mistura de momentos intensos e decisões confusas. Levantei-me devagar, tentando processar o que tinha acontecido e o que ainda estava por vir. Lembrei-me claramente de como nossos momentos juntos haviam sido cheios de uma tensão que eu não sabia como lidar. As carícias e os beijos haviam sido intensos, mas também carregados de incerteza. Eu sabia que precisava enfrentar as consequências das minhas escolhas e lidar com o turbilhão de sentimentos que isso havia gerado.
Eu decidi começar o dia com calma. Fui para a cozinha, preparei um café forte e me sentei à mesa para tentar organizar meus pensamentos. As imagens de Luiz e o que aconteceu na noite passada me faziam sorrir e negar com a cabeça. Enquanto bebia o café, meu celular começou a vibrar com mensagens. Era a minha avó, avisando que ia sair com a Tati. Respondi com uma mensagem rápida, tentando manter a conversa leve. Depois vieram mensagens de amigas, primos e até do Luiz, perguntando como tinha sido a noite e se eu estava bem.
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Eu: To toda dolorida
Tu tava com tesão ou com ódio de mim?
kkkkkkkkkkkkkkk
Bom dia (10:20h)
Luiz: KKKKKKKKKKKKKKKKK
foi mal, vou com carinho na próxima (10:45h)
💬
Ler essas mensagens só fez com que eu refletisse mais sobre o que estava acontecendo. Eu sabia que estava em um lugar complicado, com sentimentos divididos entre Luiz e Rato. E agora, com tudo o que tinha acontecido, a confusão só aumentava.
Depois de algum tempo, aproveitei esse tempo da Tati com a minha vó para arrumar a casa e organizar a agenda da semana. O trabalho e os compromissos pareciam me chamar de volta à realidade, mas a mente ainda estava inquieta com os eventos da noite anterior. O dia passou rapidamente, e o sol estava começando a se pôr quando eu saí de casa pra ir buscar a Tati.
Domingou e hoje estava um dia ensolarado, perfeito para arrumar o quintal! Chamei a Tati pra me ajudar e pra deixar mais divertido, eu peguei a mangueira e mirei nela que soltou um gritinho animado e saiu correndo tentando fugir. Ela olhou para mim, com aquela carinha travessa, e quando eu distrai soltando a mangueira, foi a vez dela pegar e me molhar inteira. Foi o começo de uma verdadeira batalha aquática!
Não demorou muito para que o quintal inteiro estivesse molhado e completamente fora de controle. Eu e Tati ríamos como duas crianças, nos divertindo enquanto a sujeira parecia ser a menos importante das nossas preocupações. Então, de repente, ouvi a voz do Luiz vinda do portão e eu fui abrir. Eu estava completamente encharcada, e ele começou a rir.
— Oi, Luiz!
Ele me olhou de cima a baixo e sorriu negando com a cabeça.
— Que isso, ta chovendo ai? — Ele zoou e eu eu ri.
— Você perdeu! Não chegou a tempo de se divertir. — Ele se aproximou mais, parecendo um pouco mais sério.
— Posso participar da próxima rodada? — Eu sorri, segurando o olhar dele, enquanto Tati aparecia atrás de mim, toda animada.
— O que vocês estão fazendo ai? — perguntou, com um sorriso curioso.
— Nada, apenas planejando a próxima operação de limpeza! — eu disse, rindo. Mas, no fundo, sabendo bem das segundas intenções do Luiz.
Ele ficou comigo para me ajudar, já que a Tati havia aproveitado a chance de ir brincar na rua quando a chamaram. À medida que conversávamos, a conexão entre nós se tornava mais intensa, e eu percebi que havia uma química ali, uma faísca que ainda não havia se apagado.
À medida que o dia avançava, trocávamos sorrisos e olhares significativos, e nossa conversa fluiu como água. A tarde era descontraída seguida por risadas e carícias. Às vezes, ele tocava na minha perna ou nuca de forma casual, mas carregada de significado. Era como se aquela tarde estivesse nos dando uma nova chance, um espaço para redescobrir algo que tínhamos deixado escapar antes.
A leveza daquele momento me fez querer que o tempo parasse, pois ali, em meio a risadas e afeto, sentia que estávamos, lentamente, fechando as feridas de um passado não tão distante.
A noite já havia se instalado, cobrindo o céu com um manto estrelado, enquanto eu, me sentia cheia de expectativa. Luiz me convidou para um bar no mirante, e eu sabia que estávamos indo rápido demais, até porque, ele tem uma namorada... mas o que eu posso fazer? Sou carente. O coração batia acelerado só de pensar na noite que poderíamos ter.
Avisei no grupo com as meninas sobre a novidade. E a Rebeca foi a primeira a responder
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Vou sair com o Luiz... apro ou repro? 🤪😘
Ai! Clara, nada a ver você e o Luiz, né? Mas, fazer oq kkkkkkk
Respondi com um áudio gargalhando. Às vezes, as pessoas não entendem que a vida é feita de momentos, né? E eu estava pronta para aproveitar o meu 😂
Quando Luiz chegou, estava um gato, como sempre. A energia dele era contagiante e, antes de seguirmos para o bar, nossos lábios se encontraram em um beijo suave. Eu me sentia flutuar. Com a Tati bem cuidada e a noite à nossa frente, tudo parecia perfeito.
— Pronta? — Luiz perguntou, seus olhos brilhando e baixinho, certamente tava fumado. Eu apenas sorri e assenti, com um friozinho na barriga — Linda pra caralho. — Me deu um selinho —