Uma Amizade

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Presa do Crepúsculo

Início de Um Sonho

Masmorra

Tarraskorn, parte 2

[Zane]

Illana acabou caindo no mesmo lugar que eu, porém com uma pequena distância nos separando na queda e um tempo considerável separando nosso contato do chão. Com ela caindo primeiro, e usando um soco na Fúria para diminuir o dano e aproveitar para dar um chute na minha cara…

— Tá de onda com a minha cara, gnoma de jar… Illana! — O qual, além de amortecer a minha queda, acabou machucando a perna dela. Nem me preocupei em reclamar para ajudá-la o mais rápido possível — Por acaso tem fitas e um pedaço de madeira, ou algo parecido?

— Zane, não fica tão desesperado assim. Eu que fui idiota de usar a perna que eu quebrei nas vila dos vikings…

— É, você foi idiota mesmo e… Ai, me desculpa, é que eu… — Ainda bem que consegui me conter, até porque, não dá para fazer um procedimento desse tipo com raiva — Por que você fez isso? Você mesma sabia que devia ter cuidado com essa perna.

— Meu amigo maricas estava precisando de ajuda. Não podia ignorar esse fato.

— Amigo… ? Você realmente me considera seu amigo? — A resposta dela me pegou de um jeito, que eu só conseguia falar pela emoção a partir dali.

— Por favor, não diga que lá naquela ilha não existem "amigos". Porque o tempo que a gente se conhece...

— Não é isso… Digamos, que eu tenho um problema com confiança…

— Olha, eu confio em você pra cuidar dessa perna e, se possível, me ajudar a andar. Então confia em mim pra gente achar os outros e sair dessa joça!

Concordei com ela e, imediatamente após conseguir afirmar a perna dela de novo, a auxiliei para segurá-la nas minhas costas.

Mas eu quase caí, por conta de um rugido vindo de um Tarrasque fortis, mantendo o plano corporal de um lobo com cascos, mas os braços sendo mais robustos, como os de gorila, ou melhor, um Tarraskorn. Já que os músculos do braço estavam tão contraídos que pareciam ser feitos de pedra, além de possuir uma pelagem arroxeada em algumas partes. Tomei a decisão óbvia, depois de me virar para saber de onde veio o barulho… Corri como se minha vida dependesse disso, e dependia! Afinal ela quebrava as paredes em volta com apenas um soco, além da posição quadrúpede, não ajudava muita coisa na minha fuga.

Acabei ativando um feitiço de Armamento chamado de Caminhante das Nuvens, o qual me dava botas especiais que aumentavam minha velocidade. E elas me ajudaram a chegar na Sala do Tesouro, um local cheio de moedas de ouro, jóias, baús e outros objetos de valor espalhados. Porém, a atenção da Illana estava focada em um pilar gigante, o qual a mesma dizia que teria, no topo, o objetivo que continha o feitiço de Selamento do Tarraskorn.

— Vem cá, por que você acha que é um Selamento? Eles não evoluíram através de um feitiço… — Perguntei me lembrando da lenda que dizia que os Tarraskorn podiam fazer contratos com alguém, no qual o contratante ganharia a capacidade física correspondente ao tarrasque aprimorada e a criatura voltaria a ser um filhote e teria que ser cuidado por aquele que recebeu seu poder, mas perderia a capacidade de evoluir novamente.

— Como você acha que um bicho daquele tamanho conseguiu ficar tanto tempo sem comer? — Confesso que essa pergunta me fez calar a boca e, sinceramente, senti a minha pergunta anterior ser anulada — Por acaso tem algum feitiço que me ajude a subir, de preferência um que foque em alcance…

— Acho que eu posso usar o… — Aquele mesmo rugido ecoou naquela, porém mais alto que o primeiro. O que indicava uma proximidade maior dele, e o medo fez com que eu ativasse algo oposto ao desejo da Illana — Feitiço de Proteção de Vento - Tartaruga de Aquiles!

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