12. Réapprendre à contrôler

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Eu juro que um dia todos esses capítulos com "to be announced" vão receber um título... até lá se contentem com o capítulo...

⚠️ Não leiam no trabalho ou no ônibus com a pessoas bisbilhotando sua tela. Contém cenas explícitas.

Boa leitura!

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Narração Clarice:

- Antes de tudo você precisaria saber ser um dos dois. Existem regras e responsabilidades, não é oba-oba e brincadeira. Também não é como o livro 50 tons de cinza.

Eu não esperava que a minha namorada fosse responder com tanta sinceridade. Eu esperava que fosse dizer algo para me deixar constrangida e envergonhada, mas ela só foi sincera.

- E você vai me ensinar?

- O que acha de nós brincarmos um pouco e explorar aos poucos?

- Eu gosto de brincar, - respondi animada.

Val sorriu e tocou a ponta do meu nariz com o dedo. - Não é esse tipo de brincadeira. Esse não é assunto para pequenos, não vá regredir agora.

- Eu... uh... eu quase escorreguei, né? Eu estou aqui.

- É melhor ficar mesmo. A senhorita ainda precisa estudar para as provas que estão por vir. Não irá adiantar nada passar para faculdade se não se formar no colegial. E também tem o teste de proficiência de inglês. Você já brincou demais nos últimos dias, agora está na hora de estudar.

- Você é tão chata às vezes, - reclamei.

- E mesmo assim você me ama.

- Agora um pouco menos.

- Tudo bem, mais tarde eu faço você me amar como antes. Agora levanta e vá estudar que eu vou no Bruno rapidinho e já volto.

- Tá... tudo bem... espera, o que você disse?

- Eu disse para você ir estudar, - ela respondeu já saindo da cozinha.

- Não era... - ela me olhou sorrindo antes de sair e percebi que ela sabia exatamente o que estava perguntando, - ah esquece.

Eu odeio essa mulher.

O "rapidinho" da minha namorada demorou horas. Eu consegui estudar para a prova, estudar mais um pouco, estudar inglês, trabalhar numas comissões e a bonita ainda não tinha voltado. Não que eu me incomode com o tempo que ela passa na rua, minha namorada é livre para sair quando quiser, para onde quiser e com quem quiser..., mas já passou uma hora do horário que eu costumo mamar e não era como se ela estivesse longe para eu ter que preparar o leite que estava no congelador, mas também não estava aqui e eu já estava ficando irritada.

Eu já estava prestes a ir até lá quando a Val voltou com uma taça de vinho na mão como se não fosse sete da noite quando saiu às quatro dizendo que voltaria rapidinho. Será que esses dois não fazem outra coisa senão beber?

- Era esse o seu "rapidinho"? - Cruzei os braços na frente do corpo.

- Desculpa, meu amor. Eu não esperava que fossemos ter tanto assunto para colocar em dia.

- Tipo?

- Atualizações da vida alheia. E o que mais poderia ser? Eu acho que Bruno e eu não falamos de outra coisa.

- Às vezes eu sinto que namoro a idosa da rua que dá conta da vida de todo mundo.

Val me envolveu pelo ombro e apertou as minhas bochechas com a mão me forçando a fazer bico. - Eu deveria te mandar dormir no sofá só por ter me chamado de idosa.

Still Stuck With UOnde histórias criam vida. Descubra agora