14. Se battre pour le contrôle

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Narração Valkyrie:

- E então, como foi a entrevista?

Perguntei ao notar Clarice vindo em minha direção com uma expressão exausta. Pelo tempo que ficou no escritório conversando com aquele pessoal eu não duvido que esteja cansada. Eu também ficaria se fosse entrevistada por quase uma hora, já estava até começando a me preocupar.

- Sinto que sugaram toda a minha energia e preciso recarregar a minha bateria, - ela me abraçou e afundou o rosto contra o meu peito, - eu senti tanto a sua falta. Sabe que eu te amo muito, né?

- Eu também te...

- Vocês dois são os amores da minha vida, - ela apalpou meus seios e logo percebi que não estava falando comigo. – Eu não imagino mais a minha vida sem vocês, - ela novamente afundou o rosto contra o meu peito e eu quis dar um cascudo em sua cabeça.

- Já chega Clarice, sai.

Dei um tapa na mão dela para sair de cima de mim e Clara se afastou fazendo careta.

- Ai, Valquíria. O que deu em você? Isso doeu, sua má.

Revirei os olhos. – Me conta, como foi a entrevista? Por que demorou tanto?

- Eu estava desenhando enquanto conversávamos. Fiz uns esboços de como imaginava a personagem que me descreveram e eles pareceram gostar da ideia. Eu estou bem confiante, por incrível que pareça.

- Isso é ótimo, meu amor. Estou orgulhosa de você – a abracei forte e a enchi de beijinhos pelo rosto. – Eles com certeza já devem ter visto o quão talentosa você é e vão te contratar para o projeto.

- A história parece ser bem legal, eu vou gostar de fazer a arte dela... e você, como está indo seja lá o que você tanto anda fazendo nesse laptop?

Ela perguntou se referindo ao laptop em cima do balcão da ilha da cozinha. Eu decidi trabalhar em locais aleatórios pela casa para não sentir como um trabalho formal e de todos os locais a cozinha é de longe o meu local favorito. Ficar aqui me dá inspiração para o que vou cozinhar na próxima refeição. Em outras palavras, eu devo passar mais parte do meu dia por aqui que qualquer outro lugar da casa.

- Se tudo der certo, as obras irão começar nos próximos dias.

Clara se empolgou. – E quando eu vou começar a pintar a parede?

- Hmm, eu não sei... acho melhor perguntar ao Theo. Fora a parte burocrática e orçamentária, eu não sou a pessoa ideal para te ajudar e também não pretendo acompanhar de perto da obra. Todo aquele barulho e sujeira... não, não, nem pensar!

- O Theo vai estar lá, né? Eu vou poder ir lá também?!

- Contanto que o Bruno ou Theo esteja por lá acho que não há problema nenhum ir lá. Só não espere que eu vá junto.

- Eu vou perguntar ao Theo quando ele vai estar lá. Eu quero muito ver meus cachinhos de chocolate trabalhando!

Sorri com a empolgação da minha namorada. Ela é tão linda, eu morro de amores por ela.

- Você está com fome, bebê?

- Depende, o que tem para comer? Se for o seu leite eu topo.

- Não, não tem leite aqui. Quer que eu faça um bolo para o lanche?

Clara enfiou a mão por de baixo da minha camisa até alcançar o meu seio. – Eu não acredito que não tenha nadinha de nada aqui. E mesmo assim eu não me importo, eu só quero ficar no seu colo, coladinha em você e sentindo o seu carinho. Eu falei sério quando disse que precisava recarregar as energias... eu preciso de você.

Still Stuck With UOnde histórias criam vida. Descubra agora