Falling - Thomas Shelby

trinta e cinco

Melinda

- Deixe eu entender minha deusa, demos um duro danado para fazer Thomas Shelby sofrer e agora você soltou o irmão dele da cadeia e está o ajudando.- Alfie diz nervoso mas tentando manter calma.

- Meu querido, tudo gira em torno de favores, vou ajuda-lo porque só ele pode retirar de nossos caminhos essa pedra que é...

- O Sabine.- ele completa e eu sorrio - Isso ainda não me convenceu, você ama o Thomas.

- O Thomas é passado, mas realmente vejo um potencial nos homens dele, com o tempo veremos se são leais a ele, eu tenho planos maiores.- ele assente sorrindo, finalmente entendendo.- Eu tenho mais algumas coisas pra resolver, nos vemos depois que tudo acabar.

Sai dos depósitos de Alfie e fui direto para casa, vazia novamente, completamente solitária. Deixei que Polly levasse Michael então a solidão me pegou novamente, ele era um garoto bom.

Tomei um banho demorado e coloquei meu melhor vestido, ao me sentar na penteadeira avistei a carta que Thomas havia me entregado, não era pra mim mas a curiosidade falou tão alto. Abri ela apressadamente e li cada palavra, então descobri que como qualquer mortal Thomas também tinha medo da morte. E um medo também se passou em minha mente, derrepente pensei em sua morte, eu tinha raiva pelo que Adam havia colocado na minha cabeça sobre Thomas mas nunca imaginei sobre uma possível morte dele. Eu o fiz sofrer e vê-lo destruído me doeu, de certa forma.

Suspirei fundo e me olhei no espelho, não acredito no que estava prestes a fazer. Terminei de me arrumar e pedi ao meu motorista pra me levar a corrida. Precisava ver Thomas.

Ao chegar, dei uma grande volta mas o achei quando ele estava prestes a subir a escada para o restaurante.

- Thomas.- chamei e ele me olhou assustado.

- O que faz aqui?- ele me pergunta e segura meu braço me levando ate abaixo da escada - Ninguém pode ve-la aqui hoje. - ele olha pros lados exasperado.

- Não sou eu quem vai matar alguém hoje, aliás eles nunca duvidariam de uma dama.- sorrio de seu desespero

- Isso não é brincadeira Melinda, você tem pessoas pra fazer isso pra você, mas quando tiver que fazer isso com as suas próprias mãos saberá o que estou sentindo...- ele diz exasperado.- Só preciso saber do que precisa.

- Preciso... preciso saber se passou em sua mente, como na do meu pai... se tornar dono da minha herança? - Thomas me olhava atônito.

- Eu soube da sua herança assim que se tornou minha mulher, eu nunca quis saber desse dinheiro, só não te disse sobre ela antes porque seu pai ainda estava vivo, ele precisava morrer para que você fosse completamente rico.- ele pega em meus ombros e me encara - Tenho origem pobre Melinda, mas nunca quis o que é dos outros, conquisto meu próprio espaço.

- Então porque sempre foi tão frio comigo? Ate quando nos beijamos você se afastou...

- Porque eu achei que seu desejo era viver livre, e sendo minha você não vai conseguir isso, eu vou te querer perto pro resto da vida, protegida...droga Melinda eu te amo, será que não vê?- ele diz já desgastado e eu sorrio, ele me puxa para um beijo ardiloso, cheio de saudade e paixão. Seguro sua nuca aprofundando nosso beijo, me sinto nas nuvens como no nosso primeiro beijo, ele me solta rápido voltando a si e ao seu plano. - Nos vemos depois que tudo acabar.

- Estarei te esperando.- ele assente e corre para o seu objetivo de novo.