•14•

24 4 0
                                    

Kim So Hyun

Fujo o mais rápido que minhas pernas conseguem, o coração quase saindo pela boca. O que diabos acaba de acontecer? Tenho certeza de que não acerto nenhuma questão da prova e o resto da manhã passa como um borrão inútil, mas não consigo sair dos últimos cinco minutos dentro do carro com meu patrão.

Estranho a falta de contato do meu irmão, a propósito.

Sabendo o que houve no restaurante e sobre eu ter dormido na casa de Dong Wook, Do Hyun deveria estar mandando a polícia atrás de mim, mas não há nada no meu celular. Nenhuma mensagem ou ligação perdida, nada. Não quero ir pra casa me estressar, mas finalmente minha roupa está chamando atenção: vejo as insuportáveis de design apontando pra mim sem discrição.

— Hya! – Pyo Go Eun senta do meu lado no banco externo da Universidade, terminando um sorvete de feijão. – Pode me contar tudo, eu vi você chegar com um bonitão. Quem é?

— Aish, você me assustou... – não estou precisando de muito para me sobressaltar. – Era o Dong Wook. – dou de ombros, sem querer aumentar o fato, mas Go Eun arregala os olhos pra mim. Não era segredo para ela a minha paixonite pelo amigo do meu irmão mais velho e Go Eun está tão surpresa quanto eu pela carona, até que repara em mim direito e guincha, entendendo tudo – errado, porém certo.

— Você se declarou?! – ela puxa a lapela do paletó. – Vocês dormiram juntos?

Claro que não, você ficou louca? – eu grito mais alto que ela, puxando as roupas de volta para mim. – Eu trabalho pra ele agora.

— Como assim "trabalha pra ele"? Ele te aceitou no Sea? Omo, omo, omo, eu preciso ir lá qualquer noite dessas pra ver você toda boiolinha pelo seu oppa. – reviro os olhos, rindo, sem saber como dizer que talvez eu não fique por muito tempo lá. As confusões em que me meti em apenas um dia de trabalho falam por si só. Finalmente o telefone toca com um dos meus irmãos na linha e acredito que ser Ji Hyun o primeiro a entrar em contato é pior, porque parcelo a bronca do mais velho em doses homeopáticas e não tudo de uma vez.

— Você já saiu? – ele pergunta antes mesmo de eu dizer 'alô'.

— Já. O que você quer? – a voz dele parece tensa e prendo a respiração sem perceber. Ji Hyun nunca é tenso ou preocupado, a vida é sempre um passeio escolar pra cabecinha oca do meu irmão do meio. Então sua voz estar preocupada significa encrenca, das grandes.

— É sobre você ter estado no bar do Dong Wook ontem, meu kakao está floodado de vídeos seus no meio de uma briga...

— Ah, isso... é uma longa história. Do Hyun não te contou que eu estou trabalhando lá? – ele estala a língua, chateado.

— Falou, mas não disse que você foi parar na delegacia e tudo!

— Isso tá na internet? – "Meu Deus." As caras decepcionadas do meu pai, minha mãe e meus irmãos pipocam na mente. é um pouco mais controlado que Ji Hyun me responde.

— Agora que to olhando melhor... reconheço você porque é minha irmã, mas só mostra você de costas, usando tae-kwon-do pra finalizar um merdinha. – solto o fôlego preso. – Mas venha logo pra casa, precisamos conversar antes que nossos pais saibam ou Do Hyun conte pra eles.

— Já estou voltando. – tenho um impulso esquisito de agradecer por ele ser o cabeça-oca mais adorável que conheço e me arrependo imediatamente: – Oppa, saranghae.

Ewww... não banque a esquisita com esse aegyo falso e traga alguma coisa gostosa da rua para o jantar. Eca...

The Sea of HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora