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Dong Wook.

So Hyun socializa bem com meus funcionários de cara, o que me leva a perceber que os atritos são apenas entre nós dois. Implicância de quase irmãos que se conhecem a vida toda? Nosso santo que não bate? O devaneio cessa tão logo começa:

— Hwa, ele não vai tirar um pedaço dela, deixe de ser intrometido. – Tae Yul vistoria os copos e segue meu olhar até a garota, então noto que minha atenção está em Ha Jun cercando-a de perto.

Ha Jun, que flerta até com o próprio reflexo no espelho.

Ha Jun, que troca de namorada como quem troca de roupa.

Ha Jun, que está colocando o cabelo de So Hyun atrás da orelha, tendo apenas trinta minutos que a conhece.

— PARK HA JUN! – não sei de onde vem o ímpeto de gritar, eu só quero que ele se afaste imediatamente da garota ou Do Hyun vai comer meu fígado se souber.

"Quando souber." Minha cabeça me acusa e me arrependo de tudo naquele dia desastroso. De ter ido ao apartamento à contratação impulsiva de So Hyun, que está caída de cara na areia depois de se assustar com meu grito. Em dois segundos saio do balcão do Sea e chego ao lado dela para ajudá-la a levantar.

— Você está bem? Se machucou? – ela faz que não, limpando a areia da franja e dos joelhos e depois de fazê-la sentar em uma das cadeiras, me viro para Ha Jun – Não teste a sorte duas vezes, arasseo? So Hyun não está aqui pra ser mais uma das suas conquistas baratas, não vou avisar de novo.

— Desculpe, chefe, isso não vai se repetir. So Hyunie... desculpe. – a garota assente com a cabeça, mas parece querer o impossível para desconstruir o clima estranho e me olha com uma intensidade que nunca vi e faz meu rosto queimar.

— Wookah, vou processar você, ouviu?

— O quê?!

— Acidente de trabalho e funcionária comendo areia no primeiro dia, e não faz nem meia hora que comecei. – joga os resíduos de areia na minha camisa e pisca para Ha Jun, que agradece com o olhar. Ok, eu não precisava ter criado caso daquele jeito escandaloso, mas era a Hyunie. Do Hyun comeria minhas tripas se um tipo como Park Ha Jun se aproveitasse dela. Eu me daria um soco, se pudesse.

— Hya! Se for me criar problemas, pode deixar o avental aí mesmo. – esbravejo, irritado. Tae Yul se aproxima, colocando panos quentes na nossa situação:

— Oppa, já chega. Porque está tão irritado? – Porque era a So Hyun!

— Hoje não está sendo um bom dia. – levanto dali e saio espalhando areia com a sandália. Precisava me acalmar, eu sabia, precisava pelo menos entender o que tinha me dado, porém o clima estaria totalmente arruinado se eu ficasse. – Tome conta do bar pra mim hoje, Tae Yul e não deixe So Hyun ficar muito perdida no primeiro dia. – não olho para a cara de reprovação da garota, ela não se magoa facilmente, a pequena monstrinha.

Já distante do bar, um nome pisca em vermelho no painel do carro.

Do Hyun.

— Yeoboseyo.

Você sabe onde a Hyunie se meteu? Ji Hyun chegou em casa e ela não está em canto nenhum. – a voz preocupada me enche de culpa e vergonha.

— Então... tenho uma notícia pra vocês... Kim So Hyun pediu emprego no Sea. Está cobrindo uma vaga de garçonete que abriu.

Ela fez o que?!?!?!

"Aish. Minha paz acabou de vez, garota maldita."

The Sea of HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora