•19•

6 1 0
                                    

Lee Dong Wook

Os dias começaram a voar na velocidade da luz enquanto eu entendia à velocidade de uma tartaruga perneta e manca o que significava assinar o contrato do programa de Kim Do Hyun. Reuniões intermináveis, ligações tediosas, páginas e páginas de contratos a serem lidas minuciosamente e assinadas apenas na presença de advogados, muitas orientações de confidencialidade e falatórios enjoados. Eu preferia beliscar meu saco com pinças de unha a sentar mais uma vez para conversar com algum figurão da indústria e Do Hyun já havia entendido isso.

— ... Então ficamos acertados assim, vou liberar você por hoje, Dong Wook, acredito que essa semana já começaremos a contatar os idols envolvidos no projeto.

— Faça o que você bem entender, Kim Do Hyun, só não me chame para mais nada, meu trabalho no bar está todo atrasado...

Arasseo, arasseo... não vou mais incomodar você. – levantamos da sessão de tortura e saímos da sala de reuniões da emissora de TV onde ele trabalhava, já trocando outro tipo de amenidades, quando trombamos em uma garota (?) coberta por um moletom e capuz, máscara descartável e óculos escuros, como se estivesse se escondendo de alguém.

— Desculpe... desculpe... – com uma pequena reverência a cada um de nós, a pessoa se afasta, rapidamente, não sem antes olhar para trás na nossa direção, várias vezes.

— Quanto você aposta? – Do Hyun tira uma nota de mil wones da carteira e me estende, me deixando confuso.

Bwo?

— Quanto você aposta em quem era aquela idol? – expiro, irritado, revirando os olhos. – Você devia me agradecer, é o mais perto que vai chegar de uma mulher que vale bilhões de wones na sua vida inteira!

Aish... – faço menção de bater nele, porque eu não posso me importar menos com quem seria a famosa escondida debaixo daquela armadura de proteção.

— Você é tão sem graça, às vezes... – o idiota ri, me aborrecendo ainda mais. – Hya... considere ter um agente que possa falar em seu nome, se está tão incomodado de vir resolver as questões do programa aqui. É o máximo que eu posso fazer por você, já que seu precioso bar não funciona sem você estar lá...

— Não sei quem seria tão otário de vir aqui no meu lugar... mas vou pensar nisso, não se preocupe. – chegamos no elevador e como se fosse um sinal, meu telefone toca e é a minha head bartender confirmando que sim, o Sea não funcionava sem mim. Ignoro a ligação porque logo estarei lá e tento cumprimentar Do Hyun antes do elevador chegar, mas ele está com o olhar perdido no corredor, sem me encarar e sua voz hesita em dizer algo.

— A Tae Yul é bem desenrolada nesses assuntos... poderia tentar falar com ela.

— Só nos seus sonhos mais desesperados. – a porta se abre e eu entro, já apertando freneticamente o botão de fechá-las. – Nem morto eu vou ceder meu bar e bancar o cupido ao mesmo tempo para o mesmo idiota. – as portas se fecham e não consigo prender o riso com a expressão indignada do meu amigo.

— Filho da puta! 

— Filho da puta! 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
The Sea of HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora