Capítulo 10 - Cio

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Depois da passagem tempestuosa de Ruby, Regina decidiu em pouco tempo o que faria. Emma poderia estar precisando dela e, mesmo que não entendesse a razão (ou razões) da alpha não ter lhe dito nada sobre a chegada de sua rotina, a ômega precisava ajudá-la. Afinal, como oportunamente lembrado por Ruby, Regina era a ômega da alpha de Emma naquela circunstância.

Enquanto deixava a prefeitura, Mills ligou para o pai e pediu para que ele e Cora tomassem conta de Madison e Henry nos próximos dias. Certamente, o cio de Emma duraria até o domingo e ela não queria que os filhos ficassem sozinhos na mansão durante esse tempo, por mais que Madison já estivesse naquela fase de sentir-se independente e capaz de cuidar de si e do irmão mais novo.

Depois, a ômega correu na farmácia de Tom Clark para escolher itens que poderiam ser necessários durante o cio de Emma, recebendo do homem alguns olhares de soslaio, conforme ele registrava os produtos no caixa.

Contendo-se para não exigir que o beta fosse menos bisbilhoteiro e deixasse de lentidão, porque ela tinha pressa, Regina rolou os olhos para a expressão curiosa que ele fez enquanto observava mais demoradamente o último item.

— É apenas um vibrador, sr. Clark. — mencionou com impaciência.

Pela forma como a caixinha com o vibrador ficou escondida por trás dos géis lubrificantes, bem no fundo de uma prateleira, a prefeita concluiu que o Sr. Clark nem deveria lembrar que aquele produto estava à venda na farmácia dele.

— Des-desculpe, madam mayor — o homem ruborizou, antes de informar o valor total da compra.

Regina pagou e agradeceu sem esperar pelo troco, pegando a sacola no balcão e saindo apressadamente da farmácia.

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Estacionou o Mercedes próximo a calçada do Emma's, descendo do carro e contornando-o enquanto pisava decididamente sobre os saltos dos Manolos.

Abriu o portão de acesso à estreita escadaria que terminava na porta do único apartamento no segundo andar daquele prédio. Logo, suas narinas se dilataram, invadidas por um cheiro avassalador e refrescante. A pulsação sanguínea da ômega aumentou bruscamente.

Ela subiu a escada quase saltando degraus, totalmente inebriada pelo perfume magnético que lhe trazia uma sensação familiar, mesmo sendo a primeira vez que ela o sentia.

Ao chegar no topo, sua mão voou para bater ou para segurar na maçaneta da porta, absolutamente confusa sobre o que deveria fazer.

Porém, antes que decidisse, a porta foi escancarada de repente e Emma apareceu do outro lado, bombeando feromônios no ar de modo incontrolável. Seus olhos escurecidos vidraram em Regina, que permanecia parada quase na soleira da porta e com a respiração agitada.

Em resposta, os olhos da ômega percorreram a silhueta de Emma. A alpha vestia uma calça de flanela e uma regata mal ajustada no corpo, parecendo que vestira a última peça rapidamente.

O volume grosso escondido pela calça fez Regina engolir com força e ela sentiu um impulso quase incontrolável de se ajoelhar para chupar a alpha ali mesmo.

Por sua vez, Emma subiu os olhos famintos pelo corpo atraente da outra, analisando o vestido justo que a ômega usava por baixo do sobretudo, enquanto segurava uma sacola pendurada em uma das mãos.

O corpo de Emma estava prestes a entrar em combustão e quando ela firmou o olhar no rosto lindo, familiar e já tão apreciado da ômega, enquanto sentia gotas de suor quente rastejarem em suas costas e a ereção latejar presa embaixo do tecido grosso da calça, precisou de todo o autocontrole para não puxar Regina nos braços e afundar dentro dela até se esvaziar por completo naquele calor apertado.

When The Heat Comes [AboVerse | ShortFic ]Onde histórias criam vida. Descubra agora