O começo.

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"Does holy water make you pure?Submerged your vision's just obscured. You're a lot like me in up to our knees. In over your chest is way too deep".

Oiço o meu telemóvel despertar-me às sete da manhã em ponto para me levantar. Ao escutar o som o despertador acordo sobressaltada, o que me faz cair da cama abaixo e ao tentar levantar-me bato com a cabeça na mesinha de cabeceira. Hoje seria o meu primeiro dia de aulas e de certo que a melhor forma de o começar não seria com um galo enorme na cabeça e com dores corporais causadas por uma queda. Apressada, corro para a casa de banho que se encontra no meu quarto, dispo a minha camisa de dormir e a minha roupa interior e entro na box de banho ligando o chuveiro na pressão máxima. Enquanto sinto a água escorrer o meu corpo naturalmente hidratado sinto um arrepio, um arrepio idêntico ao que tive naquele domingo na igreja quando vi aquele rapaz. Depois de tomar banho saí da box, sequei-me e penteei-me, passei uns minutos na minha maquilhagem, lápis para as sobrancelhas, corretor de olheiras, risco nos olhos feito com o meu eyeliner em gel e por fim um batom fortemente avermelhado. No quarto visto a minha roupa interior, visto uma t-shirt branca e por cima umas jardineiras de ganga que ficam um pouco acima dos joelhos, por fim calço umas "Nike Air Force" brancas e desço as escadas um pouco à pressa.

Mãe: Wow, a minha menina está tão bonita, até admira estares tão "exposta".

Eu: Achas que estou muito exposta?- disse com um ar meio desconfortável.

Mãe: Querida, estás linda, às vezes temos de mudar um bocado. Vais ver que vão todos adorar.

Tomei o meu pequeno-almoço enquanto ouvia os conselhos habituais da minha mãe. Logo depois meti a minha louça na máquina de lavar, peguei na minha mochila preta feita com cabedal e desci as escadas do apartamento para aproveitar a boleia da minha mãe cuja passava na escola. Saí do carro e quando me virei para trás o pânico instalou-se em mim, milhares de adolescentes aos encontrões para entrar na escola, fui-me aproximando da entrada e ouvi alguém a chamar.


?: Pssst!

Eu: Eu?- perguntei com um ar desconfiado e sussurrando.

?: Sim, despacha-te.


Fui lentamente e meio desconfiada ao encontro do rapaz que me estava a chamar baixinho num canto. Ele era um bocadinho baixo, magro mas bem constituído, tinha cabelos castanhos e olhos claros, a cara dele parecia a de um peluche, sem dúvida tinha a cara mais adorável que tinha visto e parecia ser super simpático, o que me fez logo perder o receio com que estava à alguns segundos atrás.

Eu: Olá, sou a Angélique.

?: Olá, chamo-me Rodrigo, reparei que és nova na escola.

Eu: Prazer e sim, sou nova na escola.

Rodrigo: Bem, chamei-te para aqui para não seres esmagada por aquele montão de gente.

Eu: Aw, obrigada, mas como pretendes entrar?

Rodrigo: Assim. - Há um portão que pode ser apenas utilizado pelos professores, como ainda é cedo ainda não há professores a chegar, costumo saltar o portão para entrar sem ninguém a dar empurrões.

Eu: Não achas isso perigoso?

Rodrigo: Nem por isso, vens?

Eu: Não sei...

Rodrigo: Ou isso ou levares com montes de gente descontrolada em cima.

Eu: Pensando bem...


O Rodrigo levou-me ao tal portão, ficava um bocadinho abaixo da escola onde ninguém estava, ele exemplificou como saltar para o outro lado e à primeira vista até parecia bem fácil. Logo depois de o ver do outro lado segui os passos que ele me tinha mostrado. Passado uns minutos lá estava eu, dentro da escola.

Pure Sin - ❅ h.s ❅Onde histórias criam vida. Descubra agora