🏳️🌈
Acordei com a minha mãe me sacudindo de leve. Olhei pra ela que sorriu e me fez sentar na cama. Ela colocou uma bandeja com várias coisas de comer na minha frente e eu franzi a testa.
– Come tudo, a médica disse que já já vem aqui pra ver como você está e pra gente ir fazer os exames.
– Ah não mãe… eu não quero comer não.
– Nada disso, você não comeu nada ontem o dia todo. Vai comer sim, nem que seja só o mingau.
Olhei pro mingau, parecia uma gororoba esquisita em um pote. Sorri amarelo e ela empurrou o pote na minha direção.
– Pode comer, e sem fazer cara feia.
– Poxa mãe… eu vou vomitar com isso aqui.
– Então come a salada de frutas.
Ela pegou o outro pote onde tinha uma salada com várias frutas. Parecia bem mais apetitoso que o mingau.
– Come tudo, eu só vou no banheiro.
Ela entrou no banheiro e eu olhei pra salada de frutas com medo de comer e passar mal de novo, não aguento mais vomitar tudo. Comi devagar enquanto minha mãe estava teclando algo no celular.
Até que eu desisti de comer quando achei que fosse vomitar. Fiquei esperando a médica e ela entrou em alguns minutos. Ela usava um jaleco por cima de uma roupa azul escura de hospital, tinha o cabelo curto e um sorriso no rosto.
– Bom dia, você é a Alice Johnson?
Assenti e ela se aproximou. Cumprimentou minha mãe que ficou do meu lado.
– Eu sou Amélia Shepherd. Sou neurologista, é um prazer.
Ela me cumprimentou também e eu sorri.
– Está pronta para fazer uns exames? Já comeu algo pra não cair de fraqueza?
– Sim, mas eu não consegui comer muito não.
Fiz uma careta e ela riu fraco assentindo. Fiquei de pé com a ajuda da minha mãe e a gente andou até uma outra sala onde eu faria os exames.
Fiz uns exames como, exame de sangue e eletroencefalograma. Nem sei que isso, só sei que a médica pediu pra fazer isso. Voltei pro quarto e fiquei lá com a minha mãe um tempão.
Eu fiquei pensando nas aulas que eu estava perdendo, no meu celular que eu perdi, nas minhas amigas e eu sentia falta até de estudar.
– Tédio?
Minha mãe perguntou e eu assenti. Ela sorriu e abriu a porta, por ela passou meu pai com meu irmão no colo. Ele se aproximou e eu vi que meu irmão segurava uma sacola de papel de alguma loja.
Ele colocou meu irmão sentado na minha frente e beijou o topo da minha cabeça.
– Melhor?
– Sim, só ainda não consigo comer direito.
Ele sorriu e eu olhei pro meu irmão que ficou de pé apoiado no meu pai.
– Entrega o presente da Alice, filho. É dela, lembra.
– Lice, 'pesente. Abri, abri!
Ela me entregou a sacola e eu sorri puxando ele pra sentar no meu colo. Eu abri a sacola e me deparei com uma caixa de um celular novo. Não imaginava que eu ia ganhar um tão rápido assim.
– Nossa, obrigada pai. Eu já estava morrendo de abstinência aqui.
Sorri animada e meu irmão tentou pegar da minha mão mas eu desviei e abri a caixa. Era um iPhone 12, eu nunca fui muito fã de iPhone mas meu pai usava um então acho que ele gosta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙰𝚒𝚗𝚍𝚊 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚘 | ✓
RomanceSegunda parte de "A vida depois de você" Agora Alice está na faculdade, novos desafios e novas oportunidades de tudo dar errado. Agora que ela se sente mais confiante pode ser que tudo entre nos eixos. Mas quem garante que todas as suas insegurança...