𝙰𝚒𝚗𝚍𝚊 𝚝𝚎 𝚊𝚖𝚘 | ✓

C̾a̾p̾i̾t̾u̾l̾o̾ 21

🏳️‍🌈

Parei atrás dela que levantou a cabeça quando percebeu minha presença. Eu sentei a sua frente e toquei suas mãos, estavam geladas. Ela estava com um shorts e a parte de cima do biquíni, somente.

– O que aconteceu?

– Me dá um abraço?

Eu sorri e assenti. Ela me puxou pra um abraço e eu abracei sua cintura. Ficamos no abraço um tempo até ela me soltar e eu sentar do seu lado. Ela começou a brincar com a areia enquanto olhava pra baixo.

– Meu pai… ele está aqui, lembra que eu te disse que ele queria me ver?

Assenti e ela suspirou.

– Lembra do meu sonho? Que eu sonhei que ele estava muito doente?

Assenti de novo e ela me olhou com os olhos marejados.

– Meu pai veio pra cá justamente pra me contar que está muito doente, ele tem câncer.

Ela disse com a voz embargada e eu abri a minha boca levemente chocada. Ela secou um lágrima fujona e olhou pra cima.

– Ele disse que não queria passar esse tempo longe de mim, por que ele não sabe o que pode acontecer. Ele é um péssimo pai, mas eu ainda sim amo ele e eu não quero que nada aconteça.

Ela me olhou de novo e eu suspirei.

– Eu nem sei o que dizer, sinto muito.

– Não quer dizer que ele vai morrer, mas é câncer né… essa chance existe.

– Infelizmente sim.

Ela olhou pra frente e abaixou a cabeça de novo.

– Eu saí de lá correndo, nem disse nada. Acabei vindo de moto, mesmo ela com óleo vazando, eu podia ter sofrido um acidente.

Ela riu fraco e eu arregalei os olhos.

– Cê é doida? Por que fez isso?

– Eu só queria sair dali, estava me sentindo sufocada com o bombardeio de informações que ele me falava.

– Mas você não podia ter feito isso.

Ela deu de ombros e eu segurei seu rosto fazendo ela me olhar.

– Você vai embora comigo, não vou te deixar dirigir assim.

– Eu vou pedir pra minha mãe mandar alguém buscar a moto.

Assenti e ela sorriu pela primeira vez me empurrando pra deitar na areia e sentou no meu colo. Eu ri e ela se aproximou me beijando, coloquei minhas mãos na sua cintura e ela continuou me beijando.

Ela cortou o beijo ofegante e me deu uns selinhos antes de sentar corretamente. Eu olhei pra ela que sorriu, eu amo tanto esse sorriso dela, eu amo que ela me atraí só de olhar pra mim.

Sentei também e abracei sua cintura com meu queixo no seu peito olhando pra ela com um sorriso. Ela segurou minha nuca e abaixou a cabeça devagar.

– Obrigada… você me animou.

– Nem fiz nada.

– Só de você ter vindo já me deixa feliz.

Ela me roubou um selinho e sorriu mais.

– Eu amo seu sorriso, quero que você sorria mais vezes.

Disse e ela acariciou meus cabelos.

– Você é linda, tão linda. Eu tenho uma puta sorte, meu Deus! Obrigada Deus!