II - Novo amigo

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Splendorman e Janie começaram a andar pela mata enquanto conversavam. A garota estava completamente nervosa e era complicado esconder o sentimento de medo ao andar ao lado de um demônio de 3 metros de altura.

— Então, me conte mais sobre você querida! — Ele nunca tirava o sorriso do rosto, parecia até uma máscara... Isso fez a garota se arrepiar toda.

— Ah... Bem, eu tenho 16 anos, sou solteira, solitária e... — Ela foi interrompida por Splendorman que pegou em suas bochechas e as apertou.

— Sem tanta negatividade, querida! Vamos, fale de coisas boas, do que gosta! O caminho para a felicidade é a positividade!

A jovem sente uma mistura de vergonha e medo, mas decide seguir o conselho do homem. Ela suspira e começa novamente.

— Eu... Tenho um gatinho chamado Tom. Eu gosto muito de filhotes de gatinhos e cachorrinhos... Eles me trazem felicidade... Como flores! Minha favorita é a Plumeria.

— Plumeria... É flor de cemitério, não? Tem alguma razão por gostar dela? — Ambos param por um momento. A jovem olha para ele levemente chocada.

— Eu... Eu sempre vou visitar minha irmã lá. Sempre tem velórios e... Eu gosto do cheiro da flor, também é muito bela... — Ela dá um sorrisinho para baixo e os olhos enchem de lágrimas.

Splendorman rapidamente decide mudar de assunto.

— Há... Ei! Você gosta de sorvete? Tem uma sorveteria aqui perto e posso te levar lá! — Ele sorri novamente e pega na mão dela, a puxando até o local. — De que sabor você gosta? Eu gosto de todos!! Principalmente se for tutti fruta!

"Que cara estranho... É irmão do próprio Slenderman e gosta de sorvete e se veste todo extravagante... Isso... É bem engraçado."

Ambos pegam casquinhas e conversam. Splendorman tagarelava enquanto a garota o encarava. Ela não aguentou, a cada momento mais e mais ela tinha vontade de rir dele. A situação era simplesmente absurda.

Logo, a garota não aguenta e começa a rir e rir, ficando até mesmo vermelha!

— Huh? — Splendor para de falar — Do que está rindo?? É minha face?? — Ele passa a mão no rosto, mas não havia nada. Ele fica admirado com aquilo. De fato Splendor amava ver essa expressão: a felicidade. A garota estava contente, e isso o deixou contente também.

— Ahah, ai ai... Splendy, eu adoro você! Você é um barato! — Ela encosta a cabeça no braço dele por estar ofegante de tanto rir. A jovem percebe o que sentia e se afasta rapidamente, ficando bem sem graça.

— Você tem uma risada muito linda e um belo sorriso! Você deveria o mostrar mais! — Ele dá uma leve cutucada no braço dela.

— Huh. É, você tem razão Splendy... Posso te... Encontrar mais vezes? — Ela diz a última parte bem baixinho.

— O que? Pode repitir?

— Quero sair com você mais vezes! Você é engraçado, falou? — Ela fica bem corada.

— Seria um imenso prazer, minha querida! — Ele sorri, e quando menos espera recebe um abraço. A jovem estava sorrindo...

— Me sinto muito melhor. Obrigada...

Algumas horas depois, Splendorman volta a sua casa saltitando. Offenderman lia um jornal, mas não pôde deixar de perceber a animação de seu irmão.

— O que é tudo isso? Arrumou mais um pirralho pra tomar conta?? — Ele provoca e dá uma risada, Splendorman se aproxima.

— Bem, sim, arranjei um amigo novo. Só isso!

Offenderman iria simplesmente ignorar, mas não pode deixar de sentir aquele perfume feminino, pois como sabem, o Offenderman é um grande sedutor e mulherengo que não deixa uma moça sequer passar.

— E... Esse amigo gosta de usar perfumes de mulheres? — Ele dá aquele sorriso enorme e malicioso.

— Escuta aqui, Offenderman, não ouse chegar perto de minhas crianças! — A expressão amável e gentil se desfez do rosto dele, se tornando uma mais sombria e ameaçadora.

— Criança, é? Tudo bem, tudo bem... Não vou mexer com isso, prometo. — Ele levanta as duas mãos e pega seu chapéu do cabideiro, indo em direção a porta. — Vou dar uma voltinha e pegar umas gatinhas... — Ele bate a porta.

— Não liga pra ele. Offenderman adora nos provocar. — Disse Slenderman que se aproximava com as mãos nas costas.

— É... Já estou acostumado de qualquer forma... — Splendorman solta seu punho, que estava bem apertado. Ele parecia preocupado e triste com a situação.

Continua....

Meu Amigo Splendorman Onde histórias criam vida. Descubra agora