III - Offenderman, o predador

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Haviam se passado algumas semanas desde o encontro de Janie com Splendorman, e consequentemente ambos ficaram muito, mas muito amigos. Isso irritava Offender: Sentir o cheiro de uma jovem garota mas não poder tocar nela. Ele havia sido obrigado a prometer para seu sobrinho que não iria tocar na garota ou em qualquer uma das crianças amigas dele.

Offender não aguentou e decidiu seguir seu sobrinho quando ele saiu para vê-la. Ele o seguiu cautelosamente sem ser visto e então, fica a espreita de uma árvore para ver.

— Splendy! — A garota vai até ele sorrindo e o abraça. Ela parecia bem mais feliz do que antes.

— Como foi sua aula? — Splendor pergunta, fazendo uma trancinha no cabelo dela.

— Não foi nada legal. Eu segui as suas dicas mas não consegui fazer amizade... Na verdade eles riram de mim. — Ela suspira tristemente.

— Ei, não fique assim! Se não te aceitaram eles não te merecem. — Splendy acaricia a bochecha dela, a fazendo sorrir.

— Você acha?

— Tenho certeza... Oh, aliás Janie, amanhã eu acho que não terei tempo de te ver. Vou visitar algumas crianças em um hospital!

— Sério?? Você realmente levou a ideia de palhaço a sério...

"Huh. Primeiro sai com uma mulher atraente a tratando como criança, agora virou palhaço? Bem, já deveria esperar isso desse idiota." Pensa Offender, enquanto os olhava atentamente.

— Sim! É um prazer fazer isso! Posso fingir que meu corpo seja uma fantasia de palhaço, assim poderei ficar mais tempo com as crianças e os adultos não ficarão com medo de mim!

— Isso é ótimo Splendy! Tô orgulhosa de você. — Ela sorri e o abraça novamente.

Nada muito interessante acontece no resto do dia. Basicamente o Offenderman ficou os seguindo enquanto iam a campos floridos pegar flores e conversar, mas algo mudou. Offenderman ganhou a certeza de que faria da jovem sua próxima vítima, digo, dama.

Logo a tarde chega.

— Oh, está na hora de eu ir... Se eu demorar mais meus pais vão desconfiar. Obrigado pelo penteado, Splendy! — Ela passa a mão no cabelo que estava trançado e repleto de lindas e coloridas flores.

— É uma pena... Mas vou voltar assim que possível e então eu vou te levar para conhecer meus proxys, o que acha?

— Uh... Não sei não... Essa ideia de proxy morto vivo ainda me é estranha... — Ela coça a cabeça, ainda confusa com as histórias malucas dos proxys do Slenderman.

— Ah, vamos! Eles são bonzinhos! Eu não abrigo assassinos em meu lar!

— Não parece má ideia... Bem, eu já vou indo. Tchau Splendy!

— Cuidado na volta, Janie! — Ele acena e a jovem vai correndo, até chegar a uma rua deserta.

A garota se sente um tanto nervosa por andar por ali. O único tipo de gente que aparece mais tarde na rua são bêbados, drogados ou bandidos. Ela começa a ouvir passos atrás de si, portanto ela se apressa. Um poste começa a piscar, aparentemente, queimado.

Ele pisca uma vez e por alguns segundos se apaga, e quando se ascende novamente um homem alto aparece. Ele tinha um imenso sorriso de dentes pontuados estampado no rosto de canto a canto. Ele era totalmente pálido e vestia um sobre tudo, com uma calça e botas altas. Ele não vestia nenhuma blusa por baixo, e isso deixava seu peitoral definido a mostra. Era tentador...

— Boa noite baby... — Ele diz com uma voz sedutora.

O homem levanta a cabeça, revelando que não havia nada mais que a boca em baixo de seu chapéu. Ele se aproxima dela com uma bela rosa na mão.

— Uh... Ah... Eu... Já tenho flores o bastante... — Ela tenta se afastar, mas Offenderman pega a cintura dela com um de seus tentáculos brancos. — Não toque em mim... Eu sei quem é você.

— Oh... Bem, você foi direto ao assunto então. — Seu sorriso fica maior e ele abaixa, ficando cara a cara com ela.

— O Splendy disse que não posso ficar perto de voc-

— Ah, e o que ele vai fazer?? Colar adesivos no meu chapéu? Me dar sorvete até eu engordar?? — Ele a interrompe — Você sabe que ele não pode fazer nada. Sabe o quão dócil ele é.

A jovem fica nervosa. Sabia que era verdade... Ela abaixa a cabeça em decepção. Offenderman se aproxima dela e fala em sua orelha.

— É uma pena, baby... Mas você não pode escapar de mim então... Aceite minha rosa... — Ele sorri, aproximando a rosa da moça.

"Seja o que for, nunca aceite a rosa..." ela se lembra do que Splendy lhe disse e dá um tapa na mão de Offender, e assim, sai correndo para casa.

— Você não pode fugir, baby! Eu vou te achar...

Continua...

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