Haviam se passado algumas semanas desde o encontro de Janie com Splendorman, e consequentemente ambos ficaram muito, mas muito amigos. Isso irritava Offender: Sentir o cheiro de uma jovem garota mas não poder tocar nela. Ele havia sido obrigado a prometer para seu sobrinho que não iria tocar na garota ou em qualquer uma das crianças amigas dele.
Offender não aguentou e decidiu seguir seu sobrinho quando ele saiu para vê-la. Ele o seguiu cautelosamente sem ser visto e então, fica a espreita de uma árvore para ver.
— Splendy! — A garota vai até ele sorrindo e o abraça. Ela parecia bem mais feliz do que antes.
— Como foi sua aula? — Splendor pergunta, fazendo uma trancinha no cabelo dela.
— Não foi nada legal. Eu segui as suas dicas mas não consegui fazer amizade... Na verdade eles riram de mim. — Ela suspira tristemente.
— Ei, não fique assim! Se não te aceitaram eles não te merecem. — Splendy acaricia a bochecha dela, a fazendo sorrir.
— Você acha?
— Tenho certeza... Oh, aliás Janie, amanhã eu acho que não terei tempo de te ver. Vou visitar algumas crianças em um hospital!
— Sério?? Você realmente levou a ideia de palhaço a sério...
"Huh. Primeiro sai com uma mulher atraente a tratando como criança, agora virou palhaço? Bem, já deveria esperar isso desse idiota." Pensa Offender, enquanto os olhava atentamente.
— Sim! É um prazer fazer isso! Posso fingir que meu corpo seja uma fantasia de palhaço, assim poderei ficar mais tempo com as crianças e os adultos não ficarão com medo de mim!
— Isso é ótimo Splendy! Tô orgulhosa de você. — Ela sorri e o abraça novamente.
Nada muito interessante acontece no resto do dia. Basicamente o Offenderman ficou os seguindo enquanto iam a campos floridos pegar flores e conversar, mas algo mudou. Offenderman ganhou a certeza de que faria da jovem sua próxima vítima, digo, dama.
Logo a tarde chega.
— Oh, está na hora de eu ir... Se eu demorar mais meus pais vão desconfiar. Obrigado pelo penteado, Splendy! — Ela passa a mão no cabelo que estava trançado e repleto de lindas e coloridas flores.
— É uma pena... Mas vou voltar assim que possível e então eu vou te levar para conhecer meus proxys, o que acha?
— Uh... Não sei não... Essa ideia de proxy morto vivo ainda me é estranha... — Ela coça a cabeça, ainda confusa com as histórias malucas dos proxys do Slenderman.
— Ah, vamos! Eles são bonzinhos! Eu não abrigo assassinos em meu lar!
— Não parece má ideia... Bem, eu já vou indo. Tchau Splendy!
— Cuidado na volta, Janie! — Ele acena e a jovem vai correndo, até chegar a uma rua deserta.
A garota se sente um tanto nervosa por andar por ali. O único tipo de gente que aparece mais tarde na rua são bêbados, drogados ou bandidos. Ela começa a ouvir passos atrás de si, portanto ela se apressa. Um poste começa a piscar, aparentemente, queimado.
Ele pisca uma vez e por alguns segundos se apaga, e quando se ascende novamente um homem alto aparece. Ele tinha um imenso sorriso de dentes pontuados estampado no rosto de canto a canto. Ele era totalmente pálido e vestia um sobre tudo, com uma calça e botas altas. Ele não vestia nenhuma blusa por baixo, e isso deixava seu peitoral definido a mostra. Era tentador...
— Boa noite baby... — Ele diz com uma voz sedutora.
O homem levanta a cabeça, revelando que não havia nada mais que a boca em baixo de seu chapéu. Ele se aproxima dela com uma bela rosa na mão.
— Uh... Ah... Eu... Já tenho flores o bastante... — Ela tenta se afastar, mas Offenderman pega a cintura dela com um de seus tentáculos brancos. — Não toque em mim... Eu sei quem é você.
— Oh... Bem, você foi direto ao assunto então. — Seu sorriso fica maior e ele abaixa, ficando cara a cara com ela.
— O Splendy disse que não posso ficar perto de voc-
— Ah, e o que ele vai fazer?? Colar adesivos no meu chapéu? Me dar sorvete até eu engordar?? — Ele a interrompe — Você sabe que ele não pode fazer nada. Sabe o quão dócil ele é.
A jovem fica nervosa. Sabia que era verdade... Ela abaixa a cabeça em decepção. Offenderman se aproxima dela e fala em sua orelha.
— É uma pena, baby... Mas você não pode escapar de mim então... Aceite minha rosa... — Ele sorri, aproximando a rosa da moça.
"Seja o que for, nunca aceite a rosa..." ela se lembra do que Splendy lhe disse e dá um tapa na mão de Offender, e assim, sai correndo para casa.
— Você não pode fugir, baby! Eu vou te achar...
Continua...
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Meu Amigo Splendorman
TerrorEsta história não fala apenas de uma jovem solitária, mas tenta retratar o que realmente há dentro de Splendorman. Os mais persistentes sorrisos geralmente são os mais falsos... Capa:. Sue_Zm (Aka. A autora)